segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Ford usou tecnologia de ponta e experiências de humanização da engenharia para refinar a dirigibilidade do Mustang 2018

A Ford prepara o lançamento oficial do Mustang 2018 no Brasil e no mundo, revelando até detalhes do desenvolvimento do esportivo mais desejado do momento. A chamada humanização da engenharia, ou seja, a criatividade presente em produtos tecnologicamente avançados e de última geração, pode ser vista na prática no trabalho feito para refinar a dirigibilidade do veículo. Esse desenvolvimento mostra que, mesmo num mundo dominado pela tecnologia digital e massas de dados, nada substitui o toque humano no ajuste final de um carro como o Mustang. Uma das histórias curiosas é narrada pela dupla de engenheiros Mike Del Zio e Jonathan Gesek. Profissionais experientes, de sensibilidade e ouvidos bem treinados, eles conseguiram refinar o desempenho aerodinâmico do veículo em curvas usando uma prosáica fita adesiva na grade dianteira. A solução encontrada dessa forma, combinando fatores objetivos e subjetivos de avaliação, acabou gerando mudanças que depois foram incorporadas no modelo de produção.

Sensibilidade humana

Ao dirigir um protótipo do Mustang em alta velocidade no campo de provas da Ford em Michigan, EUA, Mike Del Zio, engenheiro de dinâmica veicular, observou que, apesar dos números do túnel de vento indicarem o contrário, a resposta do carro em curvas não estava totalmente satisfatória. Diante disso, Jonathan Greek, engenheiro de aerodinâmica, teve uma solução criativa. Ele usou um pedaço de fita adesiva para cobrir a abertura inferior da grade dianteira e reduzir o efeito conhecido como elevação frontal. Então, testou novamente o carro e comprovou o ganho nas curvas em alta velocidade, o que levou à modificação da grade.

“Aquele pequeno pedaço de fita fez toda a diferença”, diz Del Zio. “A chave na avaliação subjetiva é a confiança. No final de uma reta, que confiança você tem de poder frear e fazer um retorno? As coisas começam a passar rápido quando você acelera a 250 km/h.”

Nos últimos anos Gesek e Del Zio passaram centenas de horas melhorando o desempenho aerodinâmico do novo Mustang, o que ajudou a reduzir o consumo de combustível em até 5,6% na média em relação à versão anterior.

Criando soluções aerodinâmicas

Outras mudanças introduzidas na carroceria do Mustang 2018 tornam suas linhas ainda mais arrojadas e favorecem o desempenho aerodinâmico. O nariz rebaixado e um divisor dianteiro aumentam a força descendente para manter a frente plantada no chão e uma cobertura inferior melhora o fluxo de ar sob o carro. A grade dianteira com controle ativo de entrada e fechamento da passagem do ar é outro recurso importante. No Mustang 2018, as aletas são completamente vedadas em velocidades altas para reduzir o arrasto aerodinâmico, desviando o ar para cima e ao redor do carro em vez de direcioná-lo para o compartimento do motor.

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