domingo, 8 de julho de 2018

Anfavea revisa projeções da indústria automobilística para 2018

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, divulgou na sexta-feira, 6, em São Paulo, suas novas expectativas de vendas, produção e exportação de autoveículos e máquinas agrícolas e rodoviárias para o encerramento de 2018. As previsões para o licenciamento de autoveículos não foram alteradas e permanecem com alta de 11,7%, o que significa encerrar o ano com 2,50 milhões de unidades comercializadas. O volume para exportação foi revisto e, ao invés de crescer os 4,5% projetados inicialmente, deve ficar estável com 766 mil unidades enviadas para outros países. Para a produção, a nova expectativa aponta um aumento de 11,9%, chegando a 3,02 milhões de unidades fabricadas este ano – a previsão inicial era acréscimo de 13,2%. No segmento de máquinas agrícolas e rodoviárias a nova projeção é de alta de 7% nas vendas, com 45,4 mil unidades – a análise inicial indicava aumento de 3,7%. As exportações, antes com crescimento de 9,9%, também terão aumento de 7%, ou seja, as empresas exportarão 15,0 mil unidades. E a produção passa de 12,1% para 14%, alcançando 60,4 mil unidades.

Para Antonio Megale, presidente da Anfavea, as novas expectativas da entidade levaram em consideração movimentos importantes:

“O ritmo de vendas dos primeiros quatro meses estava um pouco acima da nossa expectativa inicial, mas a greve dos caminhoneiros trouxe impactos negativos. Nas exportações, a situação econômica de Argentina e México, nossos principais parceiros comerciais, foi a razão de alterarmos a previsão”.

No segmento de máquinas, Megale lembra que existem fatores que podem influenciar o desempenho para cima e para baixo: “De um lado, devemos ter este ano a segunda melhor safra da história e condições estáveis no Plano Safra. De outro, temos ainda um impacto da confiança pelas paralisações e eleições”.

O licenciamento de autoveículos em junho foi praticamente igual ao registrado em maio, com apenas 85 unidades a mais, mas cresceu 3,6% frente as 195,0 mil do mesmo mês do ano passado. No semestre, a comercialização atingiu 1,16 milhão de unidades, crescimento de 14,4% quando comparado com as 1,01 milhão de 2017.

Antonio Megale, aponta dois fatores que impactaram o licenciamento em junho: “O primeiro é um abalo da confiança, em razão das paralisações do fim de maio. O segundo é que a Copa do Mundo acaba por mudar um pouco o foco das pessoas e as visitas às concessionárias diminuem, especialmente em dias de jogos do Brasil. Mesmo assim, é importante lembrar que mais uma vez crescemos contra o mesmo mês do ano anterior, que não teve jogos da Copa”.

Já as exportações registraram aumento de 6,8% no comparativo com maio: 64,9 mil unidades em junho e 60,8 mil no mês anterior. Quando analisado com as 67,9 mil enviadas para fora da fronteira em junho do ano passado, a queda é de 4,4%. No acumulado do ano, as 379,0 mil unidades deixam o balanço positivo em 0,5% – no ano passado foram exportados 377,0 mil veículos.

Na produção, o sexto mês do ano apontou 256,3 mil unidades produzidas, expansão de 20,7% frente as 212,3 mil de maio e de 21,1% sobre as 211,6 mil de junho do ano passado. No semestre a fabricação foi de 1,43 milhão de unidades, elevação de 13,6% ante as 1,26 milhão do ano passado.

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