Projeto desenhado nos mínimos detalhes, ele abriu a GTA - Global Travel Assistance no mesmo ano, com o objetivo de mudar o comportamento das próprias agências de viagem, que não tinham o hábito de oferecer o seguro no pacote turístico. “Desde o primeiro dia, nossa proposta era comercializar o seguro via agente de viagem, nunca diretamente para o consumidor final”, reforça o empresário.
Sem internet e trabalhando apenas com fax na troca de informações, Guelfi tinha nos office-boys seus grandes aliados. Eram eles que iam às agências, pegavam a papelada e o pagamento, na época em dólar e em espécie, e voltavam para a sede da GTA para emitir os vouchers. “Para facilitar a vida das agências e diminuir o risco de as maletas serem furtadas no caminho, em 1991 passei a deixar alguns vouchers com as próprias agências”, afirma o empresário. “Eles faziam as vendas, preenchiam a papelada e eu faturava no fim do mês. Podemos dizer que essa foi a primeira inovação da GTA no setor”, acrescenta. Mais adiante, a empresa foi pioneira no uso de disquetes para intermediar as transações. “Quando a internet chegou ao Brasil, nós já estávamos prontos para adotá-la”.
Para diminuir o custo do produto e, assim, atrair mais usuários, a GTA firmou parceria com seguradoras e propôs a redução dos valores pagos para coberturas de sinistros entre US$ 6 mil e US$ 8 mil, capazes de cobrir 85% das demandas. Foi o pulo do gato. A receita vingou. Hoje, a empresa, que por duas décadas foi a única 100% nacional a operar no mercado, oferece produtos com coberturas de até US$ 300 mil. “Os benefícios são os mesmos, o que muda são as coberturas”, afirma o empresário, salientando que outro diferencial é a segmentação dos seguros. Há ofertas personalizadas para viagens de lazer, corporativas, para estudantes, cruzeiros, esportistas radicais, para quem vai esquiar e até para o segmento pet.
“Quando começamos, apenas 7% dos viajantes contratavam algum tipo de cobertura. Hoje, esse número aumentou para 35%. Registramos cerca de 72 mil passageiros assegurados por dia, resultado do trabalho insistente em 7.500 agências de viagens, 22 representantes atuando em vários cantos do Brasil e 100 profissionais de vendas que realizam visitas diariamente. As expectativas são de um crescimento contínuo”, declara Guelfi. Segundo ele, a tarefa para 2020 é otimizar ainda mais cada um dos canais de venda e continuar investindo na qualificação de agentes de viagem.
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