domingo, 13 de junho de 2021

Jatobá ou Jutaí? Six Senses Botanique oferece experiência diferenciada ao hóspede.


Em um triângulo de montanhas pouco habitadas e cravado em uma área privada de 1,2 milhões de m2, está o Six Senses Botanique, esta jóia da Mantiqueira, em Campos do Jordão. Ocupando 80 mil m2, dos quais 7 mil m2 construídos, é rodeado de mata nativa secundária, com onças, jaguatiricas, lobos-guará e 163 espécies de aves endêmicas. A estrada e platôs foram modificados, de forma a preservar 135 araucárias centenárias e onde 29.100 árvores nativas foram plantadas. Com tanta riqueza de flora a mostrar, o hotel criou um Tour Sustentável oferecido aos hóspedes e que inclui um passeio pelo entorno para que apreciem e conheçam árvores, temperos, plantações de legumes e frutos, entre outros ingredientes que a natureza nos dá.

Conduzido pelo âncora Fernando Brugnera, o tour ajuda a identificar e reconhecer árvores, caso do jatobá, entre outras, e revela curiosidades como o fato de que pode-se extrair dessa árvore majestosa a farinha para o preparo do beiju, alimento consumido pelos povos indígenas e servido com peixe assado. Durante o percurso, aprende-se muito sobre o poder dos temperos e sua aplicação medicinal, a exemplo do Coentro, conhecido pelas propriedades de combate à insônia, pressão alta e ajuda na digestão, apenas citando algumas. Passeia-se pelas centenas de hortas das quais são colhidos muitos dos ingredientes servidos nas refeições, para atender aos requisitos de sustentabilidade da Six Senses e ao conceito do “foraging” – a cozinha do campo para a mesa.

Não raro, as expressões dos hóspedes revelam surpresa e encantamento, principalmente quando se observam cores e aromas das mais diversas matizes. Lavandas, manjericão, alecrim, hortelã, camomila e outras ervas aromáticas estão graciosamente espalhadas de forma assimétrica resultando em um conjunto espetacular – uma festa para todos os sentidos. Uma planta em especial, da categoria das PANCs – plantas alimentícias não convencionais - chama a atenção: é o “peixinho da horta”, que se transforma em iguaria pelas mãos habilidosas do chef Gabriel Broide, e compõe um dos pratos de um exclusivo jantar em 7 tempos servido na Adega do hotel, regado à vinhos brasileiros da carta. Além de saborosas, suas folhas infusionadas atuam no organismo nas afecções dos pulmões. A espécie é uma boa alternativa de chá para quem está gripado ou resfriado, sendo indicada na literatura como um antigripal, anticefaléico e antipirético.

Toda essa riqueza de alimentos, insumos e ingredientes não se perde, mas se transforma. Tudo ali é aproveitado: como alimento, como ingrediente para cremes e scrubs corporais, e para reciclagem, como lixo orgânico, através da compostagem. O passeio termina com a visita às cabras-mascote do hotel e as galinhas criadas de forma livre, sem confinamento, uma atração à parte.

"Nesse programa, as estrelas são os jardins e a horta de orgânicos que fornecem à cozinha ervas frescas, vegetais e frutas, bem como uma variedade de ingredientes para o spa e os produtos para as atividades do Alchemy Bar. As galinhas produzem ovos frescos em suas gaiolas confortáveis, as abelhas polinizam a área e produzem mel orgânico fresco, e as cabras também participam dos esforços de compostagem. A mensagem-chave é: “venha sujar as mãos em busca de comida limpa!", conta o gerente-geral Dominic Scoles.

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