domingo, 8 de outubro de 2023

Descobrindo Santo Domingo, na República Dominicana

 


Em recente visita à República Dominicana, pude circular pela Zona Colonial de Santo Domingo, a parte mais histórica da capital dominicana e que remete à época do descobrimento da América por Cristóvão Colombo, em 1492.

Não por acaso é considerada Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco, dado o conjunto de obras preservadas e protegidas, por sua importância incontestável na formação inicial deste país do novo continente.

A dica é se perder pelas ruas ladeadas de antigas e históricas construções, parte delas ainda limitada pela muralha que se destaca visualmente, já que, fundada em 1498, foi uma cidade fortificada, ratificando o poder espanhol na região. Ela delimita esta região tão atraente quanto importante, tanto do ponto de vista histórico quanto turístico e cultural.

Ao longo de caminhadas há que se perder no tempo, pois a cada rua, cada esquina, cada praça, há algo para se deter e admirar, mirando os contrastes entre presenças herdadas do século XV e restaurantes charmosos que habitam este mesmo espaço recheado de histórias, lendas e mistérios.

Impérios coloniais; exploradores e claro, piratas, passaram a cobiçar as riquezas potenciais que o Novo Mundo prometia, em meio às águas quentes e cristalinas do Caribe.

Estudar; descobrir ou simplesmente “turistar” por suas vias propicia surpresas e, sem dúvida, encanta todo aquele que permite que este lugar tão especial revele o qual encantador é, não somente na primeira visita, mas que convida a retornar e explorá-lo mais profundamente e se deixar seduzir por sua geografia; arquitetura e claro, sua gente.



                                       Preservação de um patrimônio em meio à modernidade





                        Construções de várias épocas contando uma história ao visitante


                                                    A cada ângulo uma nova perspectiva


Construções diversas com materiais e técnicas de outrora





                                 Estátua de Cristóvão Colombo em uma das inúmeras praças


                                                     Espaços amplos de convívio e lazer





           Prédios antigos com novos usos transmitem a preocupação com a preservação responsável





                                                Parte da muralha da cidade fortificada



                          Construções seculares que contam a história desde o descobrimento





                                    Aqui morou Cristóvão Colombo durante certo período



                                        À noite a Cidade Colonial ganha novos contornos


                                      Luzes e cores dão uma nova dimensão aos espaços



Chamo a atenção para duas atrações importantes desta parte da cidade:


MAR – Museo Naval de las Atarazanas Reales



O MAR – Museu Naval dos Estaleiros Reais é uma das principais atrações da Cidade Colonial. Fica junto a uma parte da muralha e seu acervo fica justamente onde eram os antigos estaleiros.

A coleção de itens é enorme, retratando, através de mapas; guias; maquetes e incontáveis objetos preservados; recuperados e obtidos do fundo do mar, a riquíssima história que cerca a Isla Hispaniola, berço do descobrimento de Colombo.

Artefatos navais e marítimos, bem com pinturas, fornecem ao visitante informações valiosíssimas sobre a trajetória de iniciativas; investimentos e por que não dizer, também de aventuras, numa terra ainda a ser desvendada e que propiciou o primeiro encontro entre europeus e os nativos americanos.

O museu não é apenas um local de exposição. Mais do que isto, é um centro de pesquisa e restauração de arqueologia do patrimônio subaquático das águas da República Dominicana.

Palestras; exposições; eventos educativos e excursões fazem parte das atividades de um órgão que estuda e divulga a história de forma dinâmica!



            Tudo muito bem exposto e explicado num lugar onde o visitante viaja no tempo 


          Jóias de valor incalculável, não só pelo seu peso em metal, mas pelo significado histórico







              Armas, instrumentos e objetos diversos que retratam a tecnologia de épocas passadas



                                        Um acervo riquíssimo de arqueologia marinha



                            Um conjunto inestimável de informações e fontes de pesquisa





Catedral Primada de América



Seu nome: Basílica Catedral Nuestra Señora de la Encarnación o Anunciación, Primada de América

Referência histórica e religiosa, este templo foi erigido pela primeira vez em 1512 e, desde então, foi sendo trabalhado e incrementado com mais obras e ornamentos, além de ser a primeira igreja gótica das Américas!

Com três entradas, sendo a principal voltada à Plaza Mayor, ostenta três naves com abóbadas cruzadas do período gótico tardio. Quatorze capelas estão nas laterais; há uma capela-mor e dois altares

Com uma visita mais detalhada pode-se se ter uma ampla noção dos inúmeros simbolismos, alguns explícitos, outros nem tanto, implícitos entre colunas e demais relevos do templo.

Chegou a abrigar os restos mortais de Cristóvão Colombo, os quais foram posteriormente transferidos, em 1992, quando do quinto centenário do descobrimento, para outro local em Santo Domingo. Entretanto, alguns de seus familiares ainda permanecem numa cripta subterrânea.


                                  Detalhes denotam a importância do templo como referência 





                            Uma Arquitetura primorosa, harmonizando técnica e estética


Ambientes bem definidos de acordo com seus fins


 A cada mirada uma nova informação


A obra como repositório da história


 










A entrada para a cripta da família Colombo













Santo Domingo revela-se aos poucos, mostrando inúmeras facetas de uma cidade grande, capital de um país, cuja história remete ao início do continente americano. É um destino que merece um olhar atento, com o cuidado de explorar seus encantos, admirando a harmonia entre o antigo e o novo. 

(Este conteúdo contou com o apoio da Arajet, que voa de São Paulo a Santo Domingo)

(Texto e fotos: João Tilki)

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