terça-feira, 29 de junho de 2010

Experiência de voo: TACA TA137 GRU-LIM



Embarcar durante a madrugada pode parecer uma má idéia, entretanto, se tratando de São Paulo o deslocamento até Guarulhos durante a madrugada é uma ótima alternativa.
Além de um menor trânsito, evita-se as constantes filas no já saturado terminal de passageiros do aeroporto internacional.

Chegamos no Terminal 2 às 3h 30min da manhã, encontramos um saguão vazio, uma visão atípica quando se pensa em Guarulhos. O check-in da TACA estava sem qualquer fila, o que proporcionou um atendimento rápido e satisfatório.

Embora fosse madrugada, existia uma pequena fila na verificação rotineira de passaportes e bagagens.
Devido ao horário, a ala internacional tinha suas poucas lanchonetes fechadas, além disso, ainda não existem cadeiras suficientes próximas ao portão de embarque, e as poucas existentes são desconfortáveis. Isso frustra passageiros em qualquer aeroporto do mundo.



A aeronave que cumpriria a etapa para Lima, um Airbus A320, estava sendo preparado pelas equipes de comissaria para a jornada através dos Andes.
Estávamos na Classe Econômica, nas poltronas 7A e 7C, posicionadas pouco à frente da asa, o que permitia observar sem obstáculos a paisagem externa.

O voo partiu lotado e ainda assim o processo de embarque foi relativamente rápido. Partimos exatamente no horário previsto, com pouco tráfego em GRU, o taxi foi rápido e logo o Airbus ganhava os céus. Em exatos 14 minutos atingíamos nosso nível inicial de cruzeiro, sendo que o tempo estimado de voo era de 5 horas.



Até o momento, a TACA não dispõe de sistemas individuais de entretenimento, nem mesmo na classe executiva, tornando a programação de bordo um tanto limitada. O que embora seja um padrão em voos sul-americanos, com a chegada de novas empresas com sistema on demand, a TACA provavelmente deverá investir em novos sistemas.
Assim que atingimos nossa altitude de cruzeiro, o café da manhã foi servido, sendo composto por frutas, muffin, e bebidas, estando todos saborosos.

Dado o horário do voo, a falta de opções de entretenimento não é um problema grave, pois o melhor foi tentar dormir. Especialmente considerando o horário que acordamos e a rotina que teríamos em Lima logo após o pouso. Aliás, este é justamente o horário que permite ao passageiro que ao passageiro que embarca em São Paulo ter o dia livre em Lima, para suas atividades de lazer ou de negócios.

Ao acordar, já sobrevoávamos o famoso Lago Titicaca, situado a 3821m acima do nível do mar e com 8.300 km² de extensão. A vista é realmente impressionante. O azul das águas e os tons areia do deserto formam um contraste de rara beleza, unindo de maneira única a paisagem árida e estéril com a riqueza do lago.



Os 25 rios que deságuam no Titicaca formam belas imagens quando vistos do alto. Talvez a beleza e a importância do Titicaca para a região ajude a explicar a lenda andina, que diz que foi nas águas do Titicaca que nasceu a civilização inca.



A lenda diz que Deus Sol mandou seus filhos, Manco Capac e Mama Ocllo,  procurarem um local ideal para seu povo. Eles teriam chegado então a Isla del Sol, que se tornou o berço da civilização Inca.

Sobrevoando o lago é possível observar as diversas ilhas e povoados do lago. Enquanto os uros, descendentes dos incas, iniciavam sua singela rotina, nosso Airbus cruzava os céus e se aproximava de Lima.

Uma opção aos passageiros é ir até a última fileira, que geralmente não é vendida, e tirar algumas fotos sem as asas ou motor na frente. Só não vale ficar lá e esquecer que outros passageiros também querem contemplar a paisagem.



O segundo café da manhã foi simples, composto por saquinho de uma espécie de batata doce frita. Digamos, um snack diferente para o paladar brasileiro. Ainda assim, saboroso.
Momentos depois iniciávamos a descida para Lima, que infelizmente estava encoberta por uma densa camada de nuvens. Algo característico de Lima nesta época do ano.

Pousamos em Lima 15 minutos antes do previsto, às 9h 25 min. Os procedimentos de desembaque foram ágeis e como não despachamos malas, não enfrentamos qualquer problema na esteira de bagagem, que estava livre quando chegamos.



Por fim, a imigração foi exemplar.

Vale ressaltar que durante o voo não nos identificamos como jornalistas, justamente para poder observar o serviço de forma natural.

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