segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Santuário do Caraça guarda em sua história a passagem de personalidades marcantes

O Santuário do Caraça (Estrada do Caraça, Km 9 - entre os municípios de Catas Altas e Santa Bárbara, em Minas Gerais), tem consigo belezas únicas, cercado por muito verde, cachoeiras e piscinas naturais para refrescar à vontade, além da típica gastronomia mineira. O complexo ainda guarda histórias marcantes desde a sua fundação, já que pelo local, que funcionava como colégio, passaram nomes importantes do país. Prova disso está nos registros localizados em sua biblioteca, que tem a marca de ex-alunos renomados.

Entre os ilustres estudantes, estão os Presidentes da República, Afonso Pena e Arthur Bernardes, e os Governadores de Minas Gerais, Antônio Augusto de Lima, Quintiliano Silva, Olegário Maciel, Melo Viana e Levindo Lopes. Mas, além destes nomes, outras personalidades visitaram o Caraça, como, o imperador Dom Pedro I, na companhia da Imperatriz D. Amélia e também, Dom Pedro II, ao lado da Imperatriz, Teresa Cristina.

O gerente geral do Santuário do Caraça, Márcio Mol, destaca que o visitante faz uma verdadeira imersão na história ao conhecer o local. “Quando falamos da história do Caraça, é impossível não viajar no tempo e rememorar os fatos que marcaram o local. Saber que nomes de destaque foram alunos do seminário, como, Afonso Pena e Arthur Bernardes, e os Governadores de Minas Gerais, Antônio Augusto de Lima, Quintiliano Silva, Olegário Maciel, Melo Viana e Levindo Lopes, reforça a importância do Colégio do Caraça para o nosso país”, diz.

Segundo Márcio Mol, outro ponto importante a se destacar na história do Santuário do Caraça, está nas visitas, também ilustres, que o local já recebeu desde a sua construção. “No ano de 1831, o imperador Dom Pedro I, na companhia da Imperatriz D. Amélia, passou 24 horas no local, se aconselhando com os Padres e interagindo com os alunos. Já no ano de 1881, foi a vez de Dom Pedro II se encantar com as nossas belezas. Ao lado da Imperatriz, Teresa Cristina, o monarca passou dois dias visitando todos os cantos do Santuário. Desta forma, conhecendo tudo o que podia durante toda a sua estadia”, pontua.

Registro histórico

De acordo com registros históricos, Dom Pedro II se encantou com o que viu Caraça e fez questão de detalhar tudo em seu diário: 'Não posso descrever tamanha beleza!... Admirei as montanhas por detrás da casa, entre as quais a chamada Carapuça... Entrei na capela cuja arquitetura agradou-me. Vi muito bem feitos capitéis... Estive na biblioteca, onde encontrei bons livros e edições antigas... Estou satisfeitíssimo com o Caraça. Só o Caraça paga toda a viagem a Minas', descreveu. Com isso, ficou claro que a visita agradou o Imperador, tanto que ele ordenou que fosse encomendado da França um belíssimo vitral e o presenteou à Igreja de Nossa Senhora Mãe dos Homens, cuja construção estava terminando.

Um momento que marcou a visita de Dom Pedro II ao Caraça foi um tombo que ele sofreu na ladeira das Sampaias, em 1881. O Imperador escorregou e caiu de costas sobre uma pedra. O local foi imortalizado com uma gravação na pedra, onde se lê a data do fato, embaixo da Coroa Real.

Para o turista sentir o clima histórico, móveis e objetos, como a cama em que Dom Pedro II e dona Teresa Cristina dormiram, durante a visita ao Caraça, ou o penico imperial estão em exposição no museu, além de artefatos antigos datados da época da construção do Santuário.

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