“Desde o início, nosso desejo era construir um espaço que dialogasse com a natureza, não que a dominasse”, explica Luiza Aquino, fundadora da Vila do Junco. “Queríamos provar que é possível oferecer conforto e estética sem abrir mão do respeito ao meio ambiente e à comunidade local.”
Com arquitetura autoral e integrada ao bioma, a pousada foi construída com materiais da região, como a palha de carnaúba que reveste os tetos. Uma escolha que reduz os impactos da extração e o transporte de insumos de fora. Nenhuma árvore foi derrubada durante a obra, e cada bangalô foi projetado para favorecer a ventilação cruzada, aproveitando os ventos naturais e eliminando a necessidade de ar-condicionado.
Um dos principais diferenciais da Vila do Junco é o sistema de tratamento ecológico de esgoto por bananeiras, também conhecido como BET (bacia de evapotranspiração). A tecnologia limpa 100% dos resíduos dos vasos sanitários, sem contaminar o solo ou as águas do entorno.
A pousada também adota práticas de gestão de resíduos que evitam ao máximo a geração de lixo. Tudo o que não pode ser eliminado é separado para reciclagem, reaproveitamento ou compostagem. “Estamos encostados em um parque nacional, em um dos biomas mais frágeis e valiosos do país. Isso exige de nós responsabilidade, mas também criatividade”, completa Luiza.
Com poucos quartos e passeios com curadoria própria incluídos nas diárias, a Vila do Junco oferece uma experiência autoral que alia sofisticação descomplicada e profundo respeito ao território. Cada detalhe foi pensado para preservar o entorno e, ao mesmo tempo, encantar o hóspede: do paisagismo ao atendimento multilíngue.
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