Mostrando postagens com marcador Alentejo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Alentejo. Mostrar todas as postagens

sábado, 12 de abril de 2025

Tradições de Páscoa no Alentejo, em Portugal

A Páscoa no Alentejo é um momento de profunda conexão entre fé, cultura e comunidade, no qual as tradições se perpetuam com entusiasmo e autenticidade. Em cada vila e cidade da região, os festejos misturam manifestações religiosas, rituais seculares e rica gastronomia, tornando esta celebração uma experiência única.


Em Castelo de Vide, as festividades pascais ganham destaque com a "Chocalhada", tradição em que os moradores percorrem as ruas com chocalhos após a Vigília Pascal, em um vibrante anúncio da ressurreição de Cristo. Ainda na cidade, a “Bênção dos Borregos”, realizada desde o século 16, reúne pastores e seus rebanhos na Igreja Matriz para uma cerimônia simbólica de prosperidade e proteção.


A devoção também se manifesta em Campo Maior, onde a “Romaria de Nossa Senhora da Enxara” atrai fiéis para um período de orações e procissões que se estende até a Segunda-Feira de Páscoa. Já em Borba, a Serra d’Ossa é palco das “Festas de São Gregório e Santa Bárbara”, em que os festejos mesclam religiosidade e animação popular, com música e confraternização.

A gastronomia alentejana durante a Páscoa é um reflexo da abundância e dos sabores típicos da região. O borrego, assado ou em ensopados aromáticos, é o protagonista das mesas, acompanhado por ervas locais e azeite de alta qualidade. Os doces tradicionais, como o folar da Páscoa e os "bolos fintos" de Elvas, adicionam um toque especial às celebrações, com seus aromas de canela e erva-doce.

Na Segunda-Feira de Páscoa, a tradição dos piqueniques leva famílias e amigos ao campo, onde compartilham refeições típicas e celebram a chegada da primavera. Esta prática reforça os laços comunitários e evidencia a forte relação do povo alentejano com a natureza e suas raízes culturais.

A Páscoa no Alentejo é mais do que uma celebração religiosa, é um mergulho na identidade regional, na qual história, espiritualidade e hospitalidade se encontram para criar momentos inesquecíveis. Participar dessas tradições é vivenciar a essência do Alentejo em toda a sua autenticidade.

quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Três patrimônios do turismo industrial para conhecer no Alentejo

Uma forma interessante de conhecer mais sobre a cultura e a história de um destino é visitando lugares relacionados às suas atividades econômicas, por meio de experiências autênticas e tradicionais do local. Esse tipo de atividade é conhecido como turismo industrial e o Alentejo tem muito a oferecer nesse quesito.

A maior região de Portugal é um importante destino desse segmento e possui uma variada oferta de propriedades que recebem grupos de pessoas interessadas em seus produtos, sua produção, sua história etc. Muitas dessas empresas possuem museus para visitação e até lojas de souvenirs.

Veja abaixo três opções do turismo industrial para conhecer no Alentejo:

Museu da Farinha


Localizado no município de Santiago do Cacém, o Museu da Farinha foi inaugurado em 2014 a partir da reabilitação e valorização de uma antiga fábrica de moagem, construída em 1925. Todo o equipamento do local foi restaurado e está exposto para visitação, com o objetivo de preservar e divulgar um importante elemento do patrimônio rural e industrial da região. Espaços de convívio e de conhecimento oferecem atividades de caráter didático-cultural. Mais informações: museudafarinha.pt.

Fundação Serrão Martins


A Fundação Serrão Martins é uma instituição sem fins lucrativos que tem por objetivo conservar e divulgar os valores patrimoniais da Mina de São Domingos e do seu complexo mineiro, em Mértola. No local, é possível visitar o Centro de Documentação onde estão arquivos (fotográfico, documental e material) dos 150 anos de história do complexo industrial da Mina de São Domingos; e a Casa do Mineiro, com objetos que mostram como era a vivência de uma família mineira naquela época. Mais informações: fundacaoserraomartins.pt.

Museu da Tapeçaria de Portalegre Guy Fino


É um museu dedicado à apresentação, conservação e estudo de uma parcela fundamental do patrimônio artístico nacional representado pelas Tapeçarias de Portalegre. O museu dispõe de áreas de exposição permanente, uma galeria de exposições temporárias, um auditório com capacidade para 150 pessoas, além de cafetaria, foyer e jardim. Entre as obras que podem ser vistas estão uma grande variedade de autores nacionais e estrangeiros. Mais informações: cm-portalegre.pt.

domingo, 26 de junho de 2022

4 experiências dignas de realeza no Alentejo

O Alentejo, maior e mais autêntica região de Portugal, é um destino turístico de excelência, que oferece uma variedade de atrações e atividades, além de belas paisagens e excelentes hotéis e restaurantes. Mas há algumas experiências que estão intrinsecamente ligadas à realeza portuguesa e são imperdíveis para quem visita os destinos alentejanos. Veja abaixo algumas dessas opções.

Visitar uma antiga residência real


O Paço Ducal, um palácio do século 16, está entre os monumentos mais emblemáticos de Vila Viçosa e já serviu de residência da família real portuguesa. Com uma fachada em estilo maneirista de 110 metros de comprimento e totalmente revestida de mármore da região, o local é considerado um exemplar único da arquitetura civil portuguesa e, atualmente, funciona como um museu.

Conhecer a criação de cavalos da raça puro-sangue Lusitano


A Coudelaria de Alter é visita obrigatória para os admiradores de cavalos puro-sangue Lusitano. Fundada em 1748 na cidade de Alter do Chão, esta antiga coudelaria tinha como objetivo preparar os cavalos para a Picaria Real, academia equestre da corte portuguesa. No local, é possível fazer um passeio de atrelagem e ter aulas de equitação.

Caminhar por jardins reais


O Jardim Público de Évora foi construído entre os anos de 1863 e 1867, no terreno que um dia abrigou a horta real do Palácio de D. Manuel e do Convento de São Francisco. São três hectares de terreno com vegetação exótica e colorida, lagos, um caminho ladeado de bancos, um coreto e uma estátua de Vasco da Gama logo na entrada. No local ainda é possível ver os vestígios de uma muralha medieval do século 14 e as Ruínas Fingidas do século 19.

Dormir em um castelo medieval


O Alentejo possui muitos castelos espalhados por seu território e alguns deles foram transformados em confortáveis hospedagens, como é o caso do Castelo de Estremoz. Esta edificação do século 13, construída para a Rainha Santa Isabel, fica em um dos pontos mais altos de Estremoz, tem vista panorâmica para a charmosa cidade e para a vasta planície alentejana que a rodeia.

sábado, 16 de abril de 2022

Alentejo une sofisticação e tradição em roteiros turísticos exclusivos

A Rota dos Vinhos do Alentejo, um espaço único de enoturismo em Portugal, está de portas abertas aos turistas brasileiros que desembarcam na charmosa e histórica Évora. O espaço retomou 100% suas atividades e já registra aumento de visitantes do Brasil nesta importante retomada do setor no pós-pandemia.

História, cultura e inovação se mesclam nos roteiros das vinícolas alentejanas, expressando a união do rústico e da sofisticação que tão bem representa a essência do local. A alta gastronomia alentejana, degustações, almoços e jantares ao ar livre, as novas práticas sustentáveis e as novas tecnologias estão em contraponto com a preservação e o resgate histórico dos vinhos em ânfora, casa de talhas e visita à icônica Capela dos Ossos. Em algumas das vinícolas, é possível se hospedar.

“Os visitantes que passam pela Rota dos Vinhos do Alentejo iniciam seus roteiros já familiarizados com nossos vinhos, nossa história e as particularidades da região. O espaço é pensado para proporcionar uma síntese do que de mais especial o Alentejo oferece, e reunir informações sobre a programação dos principais produtores alentejanos, facilitando a experiência do turista”, explica Francisco Mateus, presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA).

Além de ter acesso a informações e à programação das 73 vinícolas associadas à CVRA, no espaço é possível degustar 4 vinhos do Alentejo pelo valor de 5€ por pessoa (cerca de R$ 25,36), com duração de aproximadamente 50 minutos.

História: vinhos de ânfora, casa de talhas

Um dos destaques da Rota Vinhos do Alentejo são as viagens à história! Uma delas é acontece na Adega Cartuxa, que promove degustações de vinhos de ânfora: na vinícola existem exemplares devidamente conservados das ânforas argelinas para a fermentação de vinhos tintos.

Na Adega Cooperativa Vidigueira, Cuba e Alvito, é possível conhecer a Casa das Talhas, espaço que cultua os milenares costumes e técnicas do autêntico Vinho de Talha. A vinícola é a guardiã dos ancestrais rituais do Alentejo e de um modo de vida de outros tempos.

A Herdade do Mouchão, considerada uma das vinícolas mais emblemáticas de Portugal, continua em posse da mesma família há mais de 150 anos. Ali, podem ser degustados vinhos elaborados com uvas tintas vindimadas manualmente, pisadas a pé e prensadas nas 4 prensas manuais centenárias.

Em Évora um dos destaques históricos e a Capela dos Ossos, um dos mais conhecidos monumentos portugueses. Situada na Igreja de São Francisco, foi construída no século XVII por iniciativa de três monges franciscanos e transmite a mensagem da transitoriedade da vida, estampada no aviso existente na entrada: "Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos".

Sustentabilidade

Os turistas que buscam vinhos e experiências marcadas pela sustentabilidade, vão conhecer a vocação do Alentejo para a prática. A região conta com o Programa de Sustentabilidade Vinhos do Alentejo – único em Portugal –, com vinícolas associadas comprometidas com uma atuação sustentável.

A Herdade do Grous possui um programa especial para degustação de rótulos de produção sustentável. A marca foi a primeira a alcançar os objetivos propostos pelo PSVA e seus vinhos são elaborados por Luís Duarte, eleito três vezes “Enólogo do Ano” em Portugal.

Na Herdade de Coelheiros o turista se encantará com o quadro clássico da paisagem alentejana existente no local, que preserva as culturas tradicionais da região e o equilíbrio do ecossistema. Dos seus 800 hectares, 40 são dedicados a um pomar de nogueiras e a uma vasta área de montado onde pastam livremente ovelhas, veados e gamos.

A riqueza de sua biodiversidade inclui, ainda, uma parte de olival, barragem e outros animais como patos, lebres e coelhos. Seus vinhos são elaborados com mínima intervenção humana, garantindo a expressão mais natural do potencial das castas e refletindo o perfil distinto do terroir.

Para saber mais sobre as vinícolas que integram o programa acesse o site http://sustentabilidade.vinhosdoalentejo.pt.

Gastronomia autêntica

Na Herdade do Rocim, que integra a Rota Vinhos do Alentejo, do café da manhã ao almoço regional no wine bar da adega, passando pela possibilidade de experimentar a divertida pisa das uvas, cabe a cada um escolher o seu programa preferido para mergulhar nos sabores alentejanos.

Na Quinta do Quetzal as provas de vinhos são acompanhadas por petiscos alentejanos, depois de uma imperdível visita à adega. A degustação de vinhos na Casa Santa Vitória também é acompanhada por petiscos regionais.

quarta-feira, 19 de maio de 2021

Alentejo, em Portugal, se prepara com otimismo para a alta temporada

Enquanto alguns países ainda sofrem com as questões da pandemia de Covid-19, a região do Alentejo, em Portugal, já se prepara com otimismo para a alta temporada na metade de 2021. Com o desconfinamento do país a todo vapor, após longo período de lockdown e com o avanço da vacinação contra a doença – 30% da população portuguesa já recebeu ao menos a primeira dose da vacina – , o destino turístico retoma aos poucos e com segurança a sua atividade turística, uma das principais para a economia local.

Reconhecida como uma das mais autênticas regiões portuguesas, o Alentejo tem uma excelente oferta turística, que vai desde belas praias intocadas até charmosas vilas e cidades repletas de patrimônios históricos, além de uma infinidade de vinícolas com vinhos premiados mundialmente e saborosa gastronomia.

De olho na época alta durante o verão, o Alentejo se prepara para receber os turistas nacionais e do restante da Europa com a flexibilização das medidas impostas no início deste ano. Os serviços e estabelecimentos turísticos ainda seguirão protocolos de segurança, como o uso de máscaras em lugares fechados, respeito ao distanciamento social, entre outros.

De acordo com Vítor Silva, presidente da Associação Regional de Promoção Turística do Alentejo, a região tem boas expectativas, tanto para as viagens domésticas quanto para o turismo internacional de determinados mercados, já que conta com opções de destinos praticamente intocados, que permitem um maior contato com a natureza e facilitam o isolamento social entre os viajantes. “Estamos muito longe do turismo de massas, e essa característica é uma tendência para as viagens nos dias atuais. Isso possibilita um melhor distanciamento social entre os turistas, além dos hotéis de menor porte e exclusivos, que também contribuem para isso”, explica.

Além disso, o presidente já comemora os pequenos passos para a recuperação de turistas. “No mês de março deste ano, a demanda pelo mercado nacional já registou um aumento de 4,9% comparado ao mesmo mês em 2020, sendo que a pandemia só chegou no meio desse mesmo mês no ano passado”, afirma.

Com essa atmosfera de esperança e de renovação, a Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo aproveita para lançar uma nova estratégia de comunicação para os mercados, que ressalta as características mais distintas da região, visando posicioná-la como uma das principais escolhas dos viajantes que visitam Portugal. Com o slogan “Alentejo. É claro!”, para o mercado brasileiro, a campanha enfatiza sua luz natural da maior região de Portugal.

“Seja durante o dia com o dourado e os tons quentes, ou à noite, com um céu noturno único e sem poluição luminosa, essa é uma característica ímpar da nossa região”, afirma Silva. A campanha ainda reforça outros diferenciais como o afeto genuíno e a excelente receptividade e hospitalidade dos alentejanos.

Atualmente, o governo Portugal autorizou a volta dos voos comerciais com o Brasil para as viagens essenciais. No entanto, os viajantes continuam sujeitos à quarentena de 14 dias no destino, além da necessidade de apresentar um exame de RT-PCR com resultado negativo realizado até 72 horas antes do desembarque.

domingo, 14 de março de 2021

Natureza do Alentejo, em Portugal, é tão fascinante quanto seu patrimônio histórico

O Alentejo, maior região de Portugal, é muito conhecido por seu impressionante patrimônio histórico, que inclui imponentes castelos medievais, vestígios das ocupações romana e árabe, construções megalíticas com milhares de anos, charmosas vilas centenárias e uma infinidade de igrejas belíssimas. No entanto, os viajantes que se aventuram pelos destinos alentejanos se encantam com outra atração local: a natureza.



O patrimônio natural do Alentejo é riquíssimo, e os turistas podem não só observá-lo, como também curtir experiências inesquecíveis por entre suas paisagens. Listamos abaixo alguns cenários de natureza do destino e as atividades que podem ser realizadas neles.

Vastos campos


Com um território amplo, o Alentejo conta com muitos espaços rurais entre suas pequenas vilas e povoados. São campos intermináveis, que sobem e descem com o solo e ondulam com o vento. Podem ser avistados em viagens de carro entre um destino e outro. Durante a primavera, ficam coloridos com as diferentes flores que ali crescem; já no verão, são dominados por uma coloração dourada encantadora. São ótimos locais para piqueniques com iguarias e vinhos alentejanos, passeios de bicicleta ou caminhadas.

Vinícolas sem fim


A região do Alentejo é uma grande produtora de vinhos. Por isso, seus campos são recortados por extensas vinícolas das mais variadas castas de uvas tintas e brancas. Além de oferecer um visual incrível, as vinícolas garantem um bom lugar para atividades do enoturismo, que vão desde passeios para conhecer todas as etapas da produção de vinho até degustações completas, refeições harmonizadas e piqueniques ao ar livre.

Lagos tranquilos



Diversos lagos estão espalhados pelo território alentejano, rodeados pelo verde e refúgios de serenidade. O mais famoso deles é o Alqueva, o maior lago artificial da Europa, que fica próximo à fronteira com a Espanha, mas há muitos outros. Além da possibilidade de viver dias sossegados à beira deles ou em passeios de barco, é possível se aventurar em canoa, caiaque, stand-up paddle, esqui aquático e muito mais.

Praias de areia dourada



Se a pedida for água salgada, também não faltam opções. De fato, o Alentejo tem praias que vão desde as mais urbanas até as secretas. Ao norte de Sines, há uma única praia de areia dourada, que se estende por 50 km. Ao sul, pequenas praias escondem-se entre falésias e oferecem paisagens inesquecíveis. Só colocar o pé na areia e aproveitar o sol e o mar já é bom para estar em contato com a natureza. Mas os viajantes podem ir além: em Troia, passeios de barco levam os turistas para observar os brincalhões golfinhos que vivem no Estuário do Sado; em Comporta, as ondas convidam surfistas iniciantes e experientes; já em Melides, a melhor pedida é o kitesurfe. Para quem prefere se aventurar em terra firme, não há nada como fazer uma trilha pelo litoral, como o Trilho dos Pescadores da Rota Vicentina, que liga Porto Covo a Odeceixe.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Por que o Alentejo é o destino de vinhos ideal para a sua próxima viagem

A tradição vinícola de Portugal é centenária, mas continua crescendo. Nos últimos anos, o país viu aumentar não só o interesse mundial por seus vinhos, como também pelas experiências oferecidas aos viajantes dentro das vinícolas e adegas locais. Neste cenário, a maior região portuguesa ganha destaque: o Alentejo conta com inúmeros produtores de altíssima qualidade, de onde vêm alguns dos melhores vinhos do mundo.

Confira os motivos que tornam o Alentejo o destino de vinhos ideal para a sua próxima viagem!

Custo-benefício

Os vinhos alentejanos esbanjam qualidade sem exagerar no preço. Isso significa que as refeições durante uma viagem pelo Alentejo podem ser sempre acompanhadas de um ótimo rótulo local, e você ainda poderá voltar com muitas garrafas para casa pagando um bom preço!

Castas singulares

Cabernet Sauvignon, Pinot Noir, Merlot? É possível encontrar essas castas de uvas nas vinícolas alentejanas, mas os melhores vinhos produzidos por lá utilizam espécies de uva nativas, como Aragonez, Alfrocheiro, Antão Vaz e Arinto – e se você ainda não as conhece, com certeza vai gostar de prová-las.

Harmonizações sublimes

Os vinhos alentejanos são o que chamamos de food-friendly, o que significa que caem muito bem com os pratos deliciosos da gastronomia do Alentejo. De fato, muitos deles ficam ainda melhores quando harmonizados com uma boa refeição.

Experiências enoturísticas

Degustar os deliciosos vinhos alentejanos é apenas uma parte de uma viagem pela região. Na verdade, as vinícolas locais oferecem diferentes tipos de experiências que vão desde visitas guiadas para conhecer a produção até degustações acompanhadas de enólogos, piqueniques com iguarias locais em meio a cenários inesquecíveis e o desenvolvimento de um vinho próprio.

Sustentabilidade

As vinícolas do Alentejo também se destacam no quesito sustentabilidade. A maioria dos empreendimentos locais tem iniciativas para melhorar o relacionamento da produção com o meio ambiente, e muitos também investem em práticas orgânicas e biodinâmicas, aproveitando tudo que a natureza oferece para garantir vinhos mais naturais e ímpares.

Tradição milenar

A produção de vinho na região do Alentejo é uma cultura milenar, um dos vestígios deixados pelo Império Romano. Mesmo com a modernização dos processos, ainda existe uma tradição vitivinícola intrínseca entre os alentejanos, além de conhecimentos que foram desenvolvidos ao longo de diversas gerações. Há até mesmo métodos antigos que ainda são utilizados para a produção, como o vinho de talha, por exemplo, e algumas vinhas que já completam centenas de anos. E não é preciso dizer que essas são heranças que geram vinhos mais que especiais.


sábado, 9 de janeiro de 2021

Hotéis para amantes de vinho no Alentejo

Portugal é um grande produtor de vinhos e o Alentejo, maior região do país, é destaque nesta produção. Por isso, os roteiros de viagem por este destino português sempre incluem uma parada em alguma das maravilhosas vinícolas da região, para ver como os vinhos são produzidos e degustar alguns deles.

Melhor que um passeio pelas vinícolas, no entanto, é aproveitar a viagem pelo Alentejo para fazer uma verdadeira imersão no mundo do vinho. Isso é possível em propriedades que são especiais para os amantes da bebida e combinam dois negócios: hospedagens incríveis e produção de vinho.

Veja abaixo alguns desses maravilhosos hotéis para amantes de vinho:

A Serenada







Situada nas proximidades do litoral alentejano, A Serenada é o hotel ideal para relaxar e se conectar com a natureza. Não só conta com paisagens de tirar o fôlego que incluem vinhas, olivais, sobreiros, campos e mar, como também oferece atividades como passeios a cavalo, caminhadas, piqueniques, tours de bicicleta e mais. A propriedade conta com uma vinha centenária e uma nova que, com influência das brisas atlânticas, criam vinhos únicos.

Cabeças do Reguengo


Um hotel pequeno e deslumbrante, a poucos quilômetros de Portalegre, o Cabeças do Reguengo conta com 11 acomodações extremamente confortáveis, todas com varandas com vistas panorâmicas para o entorno. Basta trocar algumas palavras com os proprietários para entender que a paixão deles é o vinho. A produção da propriedade tenta resgatar os métodos tradicionais e naturais.

Herdade da Malhadinha Nova


Se você ama vinho, já deve ter ouvido falar dos rótulos desta propriedade, cujos vinhos são muito prestigiados no mundo todo. Sua produção e seu hotel unem modernidade e tradição de uma forma singular. Quem se hospeda na Malhadinha Nova não apenas se aproxima dos vinhos alentejanos, mas mergulha de corpo e alma no estilo de vida local, realizando workshops de cozinha, jantares temáticos, piqueniques gourmet, tratamentos de spa e muito mais.

Herdade do Sobroso


Vinhos intensos e elegantes são a marca da Herdade do Sobroso, que também comercializa azeite, mel e geleias deliciosas produzidas por eles. Situada em meio a uma paisagem ímpar, próxima ao lago Alqueva, esta propriedade transmite toda a serenidade do Alentejo com sua decoração rústica com toques exóticos. Entre as opções de hospedagem, há quartos ou apartamentos completos, e é possível alugar bicicletas, passear de balão ou fazer safáris fotográficos.

Herdade do Vau


Esta propriedade situada às margens do rio Guadiana produz o vinho Riso, intenso e com bom volume e acidez, feito com colheita e seleção manual das uvas. Posicionado entre três destinos históricos do Alentejo – Beja, Serpa e Mértola –, o hotel investe no conceito biochic, unindo simplicidade elegante com sustentabilidade e equilíbrio ambiental.

São Lourenço do Barrocal


Os vinhos produzidos pela herdade de São Lourenço do Barrocal são de primeira categoria, feitos com uvas colhidas à mão. A hospedagem por lá também é de primeira, com um serviço impecável e muito charme. Situada na região da vila de Monsaraz, oferece quartos e até casas inteiras, com amplas áreas de estar e cozinhas equipadas.

Torre de Palma Wine Hotel








Este produtor de vinho fica nos arredores de Monforte e tem diversas experiências vínicas disponíveis: visita à adega, prova de vinhos, degustação de vinhos e tapas e até prova de vinhos na torre do hotel. O hotel supera as expectativas de qualquer hóspede, com quartos elegantemente decorados, spa, piscina e um excelente restaurante de gastronomia regional.








Vila Galé Clube de Campo


Quem se hospeda no Vila Galé Clube de Campo pode explorar a Adega Santa Vitória, desde as vinícolas até as caves onde o vinho passa pelo estágio da maturação, além de degustar seus excelentes rótulos. O hotel tem uma estrutura completa que garante não apenas conforto, mas muitas atividades de lazer, que vão desde dias na piscina até safári de jipe, tiro aos pratos, passeios de bicicleta, paintball, canoagem e muito mais.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Sete pequenos destinos do Alentejo que são cheios de charme

O Alentejo tem se mostrado o destino perfeito para uma viagem após a pandemia de Covid-19. Embora seja a maior região de Portugal, possui uma população de cerca de 500 mil habitantes, o mesmo número de pessoas que vivem na cidade de Lisboa. Isso significa que a densidade populacional do Alentejo é muito baixa, sinal de que os viajantes estarão tão livres de aglomerações quanto de trânsito e preocupações.

Para completar, a região alentejana conta com diversas opções de hospedagem isoladas em meio a belíssimos campos, onde os turistas podem curtir a natureza e muita tranquilidade.

Além de aproveitar o que a natureza oferece, uma boa pedida é visitar as pequenas vilas e vilarejos do Alentejo, onde é possível passear a pé e ver de perto construções históricas incríveis, além de apreciar cenários de tirar o fôlego. Listamos alguns desses locais abaixo!

Marvão


Situado no ponto mais alto da Serra de São Mamede, Marvão conta com cerca de 500 habitantes e tem um castelo medieval magnífico. Como fica em uma altitude elevada, a vista dos arredores é simplesmente deslumbrante. Mas o cenário do próprio vilarejo também é encantador, com ruazinhas de pedra e construções que fazem parecer que o tempo parou por ali há centenas de anos.

Évora Monte


Pouco maior que Marvão, Évora Monte fica a apenas 30 km de Évora, o principal destino alentejano. A vila reúne paisagens impressionantes e construções militares que remetem aos tempos da Idade Média. A principal atração é o Paço Ducal de Évora Monte, um castelo com quatro torreões dispostos em formato quadrangular e um interior belíssimo, com tetos abobadados.

Monsaraz


Este vilarejo tem mais moradores que os dois anteriores, mas não vence por muito – o número é de, aproximadamente, 800 habitantes. Monsaraz fica sobre uma colina, protegido por muralhas e encimado por um castelo. Seu cenário de ruas de pedra ladeadas por casinhas brancas com janelas floridas é simplesmente encantador. Do topo do castelo, é possível curtir a vista espetacular do grandioso lago Alqueva, o maior lago artificial da Europa.

Mértola


Situada mais ao sul do Alentejo, em meio ao Vale do Guadiana, Mértola reúne cerca de 2 mil habitantes em uma vila cheia de personalidade e história para contar. Ela se difere de outros destinos alentejanos pois, no passado, foi uma cidade romana e, tempos depois, tornou-se a capital de um reino árabe. Essa mistura cultural está presente em diversos vestígios históricos, como a Igreja de Nossa Senhora da Anunciação, que foi uma mesquita e hoje funciona como uma igreja cristã. De fato, a herança islâmica marca esta vila como nenhuma outra em Portugal, podendo ser observada na arquitetura local até hoje.

Castelo de Vide


Bem próximo a Marvão está Castelo de Vide, com uma população que gira em torno de 2,3 mil pessoas. É um dos mais belos vilarejos portugueses, com ruas estreitas de pedra e casas brancas. Também oferece uma bela vista dos arredores, e em dias claros, é possível ver até mesmo o começo do território espanhol! Neste destino, o que chama a atenção é a herança judaica, muito presente em locais como o bairro da Judiaria e a Sinagoga medieval.

Arraiolos


O patrimônio de Arraiolos, que conta com apenas 3,3 mil habitantes, vai além das construções históricas, embora o Castelo de Arraiolos seja fascinante, e um dos poucos do mundo com uma arquitetura circular. Esta vila alentejana é responsável pela produção dos famosos tapetes de Arraiolos, verdadeiras obras-primas bordadas à mão com um ponto criado há séculos.

Vila Nova de Milfontes








Este é o destino com a maior população nesta lista, mas ainda assim mal ultrapassa os 5 mil habitantes. Vila Nova de Milfontes não poderia ficar de fora pois é o único que mencionamos que fica no litoral, próximo às mais belas praias da Costa Vicentina. O simpático povoado tem um adorável centro histórico que, além dos tradicionais castelo e igreja, conta também com um farol.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

O azeite alentejano e o olivoturismo

Muitas pessoas sabem que o azeite de oliva português está entre os melhores do mundo. Mas vale destacar que o Alentejo, maior região de Portugal, é responsável por grande parte da produção. Na verdade, 90% do azeite português é produzido em território alentejano.

Justamente por isso, o azeite é um ingrediente essencial na culinária local, e todos os viajantes acabam provando-o nas refeições. Frutado e suave, complexo e harmonioso, o azeite alentejano tem todas as qualidades que o posicionam entre os melhores.

No entanto, muito além de provar as iguarias alentejanas preparadas com azeite ou ver as paisagens marcadas pelos olivais, o destino tem também diversas atrações e atividades relacionadas a esta deliciosa iguaria, que são englobadas pelo chamado olivoturismo.

É o caso das visitas às herdades, em que os viajantes são acompanhados por um guia por todas as fases de produção desde o plantio e a colheita até o lagar, onde a azeitona é espremida. Vale também participar de degustações da iguaria, em que é possível aprender as suaves diferenças entre os variados azeites.

Assim como a produção de vinhos, que têm a temporada das vindimas, os olivais têm a temporada da apanha das azeitonas, que começa no outono. Neste momento, em que o inverno se aproxima em Portugal, as últimas azeitonas estão sendo colhidas no Alentejo. Em algumas herdades, é possível acompanhar esta atividade!

Para quem quer conhecer ainda mais profundamente o azeite alentejano, há spas da região que o utilizam em tratamentos exclusivos, uma vez que é uma substância com alto teor de ômegas, vitamina A e E. Um bom exemplo é o spa do Convento do Espinheiro, em Évora, que utiliza o azeite em seus tratamentos de assinatura.


Outra atração imperdível é o Lagar Museu Melara Picado Nunes, que fica na Aldeia de Galegos, em Marvão. O espaço permite uma verdadeira viagem pelas raízes do saber alentejano, com uma visita guiada que conta a história de uma família produtora e do azeite de Marvão, com direito a visita a um olival, a um lagar antigo e a um lagar em funcionamento.

terça-feira, 10 de novembro de 2020

O milenar vinho de talha do Alentejo

Quem viaja ao Alentejo, a maior região de Portugal, situada ao sul de Lisboa, pode ver de perto inúmeros vestígios da época em que o Império Romano ocupou a área. É o caso do imponente e icônico Templo Romano, situado em Évora, ou da bela ponte de Vila Formosa. Mas este povo também deixou suas marcas na cultura e tradição locais, e prova disso é o vinho de talha.

Conhecido por seu paladar encorpado e intenso, o vinho de talha é uma bebida produzida seguindo conhecimentos milenares, passados de geração em geração sem sofrer quase nenhuma modificação com o tempo.


Há várias maneiras de produzir o vinho de talha, mas o elemento mais importante e que é comum a todas elas é o uso da talha, grande vaso de barro que pode chegar a dois metros de altura, como recipiente para a fermentação. Além disso, em geral os vinhos tintos e brancos são produzidos da mesma maneira – há até mesmo um tipo de vinho de talha que mistura uvas brancas e tintas, conhecido como “petroleiro”.

Todo o processo de produção é o mais natural possível. As uvas são colhidas, separadas dos galhos e amassadas, e então são colocadas diretamente nas talhas. Dentro do recipiente, a fermentação começa de maneira espontânea, enquanto outro movimento acontece: a separação das películas das uvas, que sobem naturalmente para a superfície do líquido.

Para intensificar a cor, o aroma e o sabor do vinho, estas películas, que formam uma cobertura firme, são quebradas e afundadas novamente no líquido, até que, enfim, depositem-se no fundo da talha. Este é o sinal que os produtores do Alentejo esperam, que mostra que a fermentação chegou ao fim.

A retirada do vinho de dentro da talha também é parte importante do método: uma torneira posicionada na parte de baixo do recipiente permite não apenas que o líquido seja passado para as garrafas, mas que ele seja filtrado pelo bagaço que estava no fundo, formado pelas películas, sementes e outras partes sólidas da uva.

O resultado é um vinho cheio de personalidade, com sabor que pode variar de acordo com as castas de uvas utilizadas e outras técnicas da vinícola, embora seja possível dizer que a bebida será sempre única e inesquecível.

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Rota Vicentina, no Alentejo, tem filme de turismo indicado para melhor do mundo no Festival CIFFT

O Alentejo possui belezas naturais incomparáveis, com lugares ainda intocados e que passam longe do turismo de massa. Todo esse encanto é registrado pelo filme de turismo “Histórias de Mountain Bike”, produzido para promoção da Rota Vicentina, e que concorre ao prêmio de ‘Melhor Filme de Turismo’ no People's Choice Award. Promovida pelo Festival CIFFT (Comitê Internacional de Festivais de Filmes de Turismo, da sigla em inglês), a competição internacional reúne os melhores filmes que participam no Circuito Mundial de Festivais de Filmes de Turismo.

“Essa é uma região que tem muito a oferecer aqueles viajantes que priorizam o contato com a natureza e o distanciamento social, já que estamos em pleno Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, com experiências completas ao ar livre, como as excelentes trilhas para caminhada e para a prática de mountain bike. E vemos que esta é uma tendência para o momento que vivemos”, explica Vítor Silva, presidente da Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo.

O filme aborda as paisagens da região da Costa Alentejana, com seus cenários de praias e vegetação, com depoimentos de ciclistas e praticantes de mountain bike que utilizam as variadas trilhas disponíveis neste local, e reforça os motivos para conhecer o lugar de bicicleta. Esse é o único vídeo participante do festival que trata sobre o universo cycling, sendo uma importante ferramenta para a promoção internacional deste esporte em Portugal.

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Vinhos do Alentejo lançam certificação inédita de produção sustentável

“Até ao lavar do cesto, é vindima”. O ditado popular português traduz a paixão e a dedicação dos portugueses ao tratar a colheita das uvas. E quem lá conhece, cai de amores por seus vinhos.

O fim do verão no Hemisfério Norte é a época da vindima. É hora de colher as uvas e começar a trabalhar os vinhos. A região do Alentejo mesmo com todos os percalços devido à pandemia e de alguns ataques de míldio (fungo que afeta as folhas), prevê aumento de produção.

“As vinhas estão sãs e boas e este ano a área de vinha no Alentejo vai superar, pela primeira vez, os 23 mil hectares, graças a zonas de vinha nova que foram plantadas”, diz Francisco Mateus, presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), organismo de direito privado e utilidade pública que certifica, controla e protege os vinhos DOC Alentejo e os vinhos Regional Alentejano.

O porta voz ressalta que para prevenção e contenção da covid-19, os produtores elaboraram e acionaram um Plano de Contingência reforçando a higienização dos espaços nas adegas.

A produção de vinhos da região espera aumentar cerca de 5% (em 2019 foi de 98,3 milhões de litros). “Podemos chegar aos 104 milhões de litros de vinho, uma ótima notícia”, diz Francisco Mateus. Com um consumo importantíssimo no mercado brasileiro, essa é uma excelente notícia, afinal teremos vinhos cada vez melhores e de mais variedades.

A grande maioria dos produtores alentejanos já estão a terminar a campanha de vindimas. As castas brancas foram as primeiras a ser vindimadas, tendo arrancado a das tintas só a partir da 4.ª semana de agosto. Iniciando do sul para o norte, estreando nas zonas de Vidigueira e Beja, depois para Reguengos de Monsaraz, em Évora e em seguida Borba e vai subindo o território.

Sustentabilidade

O Alentejo é um dos pioneiros na viticultura a priorizar programas de sustentabilidade, tanto que mantém o Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo (PSVA) desenvolvido pela Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) e lançou recentemente um novo selo de atribuição de certificados de produção sustentável, inédito no setor.

A singularidade dos Vinhos do Alentejo começa na natureza. A região é, simultaneamente, um dos ambientes de maior biodiversidade na Europa e cenário da forte atividade econômica de vinhas e adegas. Há séculos no Alentejo, essa relação entre produção e equilíbrio do ecossistema tem se tornado um ponto-chave para a continuidade da viticultura local, além de uma prioridade para os produtores. Pioneiro em Portugal, o Plano de Sustentabilidade indica ferramentas para aumentar a sustentabilidade nas vinícolas.

Nos vinhedos, onde o uso de água, solo saudável e o controle de pragas são essenciais, as melhorias significam garantir que essas condições vão continuar disponíveis no Alentejo nos próximos anos. E com o enrelvamento nas entrelinhas, uso de grades de contenção na terra, o plano é controlar a qualidade do solo, o que significa retenção de água, resistência à erosão e captação de organismos auxiliares da vinha. Isso, claro, vem acompanhado de análises físico-químicas regulares tanto das plantas como do solo. Além das avaliações, a utilização de água e energia é monitorada, com o objetivo de reduzir o consumo. Para diminuir a quantidade de pesticidas químicos nas vinhas, o Plano de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo sugere substituir essas substâncias por insetos auxiliares da vinha, ou animais predadores de pragas, como aves de rapina, ou morcegos. 

Terroir único

Um dos grandes diferenciais do Alentejo, em relação a outras regiões é a diversidade de climas que variam de acordo com o lugar onde as vinhas estão plantadas e de solos, já que no Alentejo encontramos, entre outros, granito, diferentes tipos de xisto, mármore, argila, calcário, areia, e muitas vezes estes solos estão misturados em um só terreno. A topografia também favorece esta diversidade, já que na região temos uma combinação de serras e planícies que permitem trabalhar com diferentes altitudes, exposições e níveis de maturação diferentes.

Vinhos de Talha

O Alentejo é ainda o lar dos Vinhos de Talha, tradição com mais de 2.000 anos generalizada pelos romanos nos seus territórios e que só o Alentejo conservou de forma initerrupta. “Apesar da longa tradição em fazer vinhos, o Alentejo tem-se reinventado, combinando muito naturalmente a tradição, práticas sustentáveis de agricultura mas também a modernidade que o consumidor exige.”, diz um dos porta vozes da CVRA. A região engloba oito DO’s (Denominações de Origem), regiões definidas pelas condições específicas de clima, solo e relevo, que emprestam algumas características típicas a cada uma delas.

terça-feira, 6 de outubro de 2020

Évora, no Alentejo, será sede de evento global voltado à recuperação do turismo

De 5 a 6 de novembro, a cidade de Évora, localizada na região do Alentejo, em Portugal, recebe os principais líderes mundiais da indústria turística durante o ‘A World For Travel’, primeira edição do evento internacional que irá debater a recuperação e o desenvolvimento das atividades do setor de turismo e viagens. O fórum será realizado na Universidade de Évora, edifício histórico da cidade, e busca criar modelos e métodos, promovendo as melhores práticas e colocando turistas e residentes no centro da transformação.

A confirmação do Fórum de Évora foi anunciada em maio deste ano, durante um encontro entre Vítor Silva, presidente da Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo, Luís Araújo, presidente do Visit Portugal, e António Ceia da Silva, presidente do Turismo do Alentejo.

“Ficamos muito contentes em receber na cidade de Évora este evento de suma importância para o futuro do turismo. Nossa região tem um enorme potencial como destino e é um exemplo de como lidar com as questões de sustentabilidade e evitar o turismo de massa e as aglomerações. Com o fórum, será possível desenvolver iniciativas e ainda compartilhar as boas práticas, fomentando o crescimento coordenado desta atividade”, celebra Vítor Silva.

Idealizado antes da crise causada pela pandemia de coronavírus - durante uma reunião promovida em 2019 entre Frédéric Vanhoutte, presidente do Eventiz Media Group, e Rita Marques, secretária de turismo de Portugal - o evento contava com o objetivo de discutir a transformação sustentável do segmento, pois os excessos já colocavam em risco as atividades humanas, a natureza e o planeta. Agora, o fórum se mostrou ainda mais necessário para apresentar as fragilidades e danos colaterais, e tornar imprescindível a obrigação de se reinventar.

De acordo com Rita Marques, esta estratégia valoriza todos os territórios, dinamiza a economia, potencializa o conhecimento e gera conectividade entre várias geografias. “Criar parcerias dentro e fora da indústria de viagens seria fundamental para o futuro do setor. Acredito que o Fórum de Évora será um grande sucesso e também uma oportunidade real de think tank para convidar todos os líderes globais para discutir o turismo de amanhã”, revela.

O fórum terá sessões plenárias e ainda serão organizadas 20 comissões com especialistas, players da indústria do turismo, instituições, associações e residentes. Além do apoio do Turismo do Alentejo, o evento ‘A World For Travel’ tem o suporte da Comissão Europeia de Viagens, Conselho Global de Resiliência de Viagens, Conselho Mundial de Viagens e Turismo, Visit Portugal, entre outras entidades.

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Vinhos do Alentejo lançam certificação inédita de produção sustentável

A região do Alentejo, em Portugal, acaba de anunciar uma novidade: atribuição de certificados de produção sustentável, um selo inédito no setor, que será atribuído aos produtores que cumpram com requisitos de gestão de solos, água e rega, diminuição de produção de resíduos ou monitorização da fertilização, entre muitos outros critérios para uma prática de produção sustentável e de benefício ambiental.

Segundo dados da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), organismo de direito privado e utilidade pública que certifica, controla e protege os vinhos DOC e os vinhos Regional Alentejano, o Brasil ocupa o primeiríssimo lugar das exportações. Já, em termos de volume, o Brasil lidera o ranking das exportações (numa lista de 75 países), sendo Brasil o primeiro, seguido de Suíça, Angola, Estados Unidos e Polônia.

Representada no Brasil pela CVRA, há um grande trabalho de formações para profissionais e apoio com os importadores. O Alentejo é a maior região de vinhos de Portugal e a que mais vende, tanto dentro quanto fora do país.

Melhores práticas na adega

A produção de vinho tem um impacto bastante relevante no consumo de recursos, nomeadamente ao nível de água, energia e materiais, sendo absolutamente necessária uma monitoração do consumo desses recursos e uma otimização dos processos. Sendo assim, a conquista deste selo traz outras vantagens aos produtores que apostam numa viticultura mais sustentável.

Em primeiro lugar, a CVRA estima que este selo aumente as vendas dos Vinhos do Alentejo na ordem dos 5 a 10%. Algo importante, já que a maioria dos consumidores levam em consideração na hora da compra, se a marca em questão está relacionada a causas ambientais.

Em segundo lugar, a implementação de planos de monitorização de água e luz permite uma redução de custos de cerca de 20% e de 30%, respetivamente.

Esta certificação surge após cinco anos, desde a criação do Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo (PSVA), pioneiro em Portugal e revolucionário do setor, que conta já com 422 membros associados, representando mais de 40% da área de vinha do Alentejo. Recentemente, o PSVA foi distinguido com o título de Embaixador Europeu de Inovação Rural pelo projeto LIAISON, uma Parceria Europeia de Inovação para a Produtividade Agrícola e Sustentabilidade lançada em 2012, pela Comissão Europeia, que promove os melhores projetos europeus ao nível da inovação na agricultura e silvicultura em áreas rurais.

“Produções vitivinícolas mais sustentáveis do ponto de vista ambiental, através da redução do uso de pesticidas, do gasto de água e eletricidade ou da proteção da biodiversidade são, sem dúvida, produções mais viáveis economicamente, uma vez que tornam todo o processo, desde a uva até à garrafa mais eficaz e eficiente”, explica João Barroso, coordenador do PSVA.

Boas práticas

O PSVA promove no campo, a boa gestão dos solos, a utilização de organismos auxiliares, a preservação dos ecossistemas, a conservação e restauro das linhas de água, ou recurso ao modo de produção integrada e modo de produção biológica. Na adega, a eficiência energética e o uso racional da de água são prioritários, mas também o é a redução na produção de resíduos.

A reciclagem e desmaterialização de processos, bem como o uso de produtos mais verdes, como o uso de rolhas, barricas e outros materiais de florestas certificadas, são igualmente incentivados. “Ao longo dos últimos anos, tem-se verificado uma maior sensibilização e atuação por parte dos produtores alentejanos em relação à gestão de água, eficiência energética e à importância da conservação da biodiversidade, mas, com esta certificação, será possível dar o salto para uma produção ainda mais amiga do ambiente e que, sendo pioneira, destaca o espírito de inovação do Alentejo no mercado interno, mas, também, internacionalmente”, explica Francisco Mateus, presidente da direção da CVRA.

Sobre a CVRA - Comissão Vitivinícola Regional Alentejana

A Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) foi criada em 1989 e é um organismo de direito privado e utilidade pública que certifica, controla e protege os vinhos DOC Alentejo e os vinhos Regional Alentejano.

É também responsável pela promoção dos Vinhos do Alentejo, no mercado português e em mercados-alvo internacionais. Sua atividade é financiada através da venda dos selos de garantia que integram os contrarrótulos dos Vinhos do Alentejo.

sexta-feira, 29 de maio de 2020

Comporta, no Alentejo, é a segunda praia mais segura da Europa


Com praia de areias brancas, mar azul cristalino e muito sol, Comporta se tornou um dos destinos mais badalados do litoral do Alentejo, a maior região de Portugal. Agora, a praia passou a ser a segunda mais segura da Europa com relação ao Covid-19. A seleção European Safest Beaches 2020, que conta com outras duas praias portuguesas, foi desenvolvida pelo portal European Best Destinations, que promove os destinos europeus em parceria com seus escritórios de turismo.

Entre os diversos critérios utilizados para essa lista estão o baixo número de casos de pessoas infectadas com o novo coronavírus, o comprometimento com a higiene e segurança sanitária dos hotéis e o respeito ao distanciamento social. A região do Alentejo contou com 600 vezes menos infectados que outras regiões da Europa e, por não receber multidões de turistas e possuir longas faixas de areia, Comporta tem ambiente ideal que facilita o distanciamento social.
O local está no radar das celebridades e ficou famoso por receber figuras como as cantoras Madonna e Shakira, além de ser o destino de férias do ator Harrison Ford e onde o estilista de sapatos Christian Louboutin possui diversas propriedades. Comporta ainda conta com hotéis charmosos e premiados, que agradam aos mais exigentes viajantes.

sexta-feira, 15 de maio de 2020

Quinta da Comporta, em Portugal, está entre os melhores hotéis do ano da Condé Nast Traveler

A Quinta da Comporta, hospedagem totalmente focada em bem-estar e no contato com a natureza no Alentejo, em Portugal, figura na Hot List 2020, tradicional lista elaborada pela Condé Nast Traveler com os melhores empreendimentos hoteleiros do ano. A distinção é uma das mais cobiçadas no mundo da hotelaria.

Entre os mais de 400 candidatos, foram selecionados 76 hotéis por todo o mundo. A Quinta da Comporta representou a região alentejana entre os três empreendimentos portugueses selecionados.

O ponto alto destacado pela publicação é o clima tranquilo típico de Comporta, onde fica localizado, que o arquiteto e proprietário Miguel Câncio Martins conseguiu preservar na hospedagem.

A responsável pela avaliação do hotel para a revista, Emma Love, escreveu que o check-in é realizado em um local que lembra uma cabana tradicional de pescador; o spa e o restaurante foram instalados em construções de madeira recuperadas que lembram grandes celeiros; e os quartos são de uma simplicidade revigorante, com paredes brancas, piso de concreto, tapetes de sisal e poltronas de vime.

O boutique resort inspirou-se na harmonia e frugalidade do Alentejo, garantindo uma experiência autêntica em uma propriedade rodeada por uma reserva natural e paisagens de campos de arroz, pinheiros e sobreiros (árvore que produz a cortiça), tudo isso a apenas 120 quilômetros de Lisboa.
Os 73 quartos de diversos perfis esbanjam conforto com uma decoração rústica, cores neutras e ambientes que fazem alusão a uma cabana de praia, refletindo uma herança da tradição portuguesa, mas com um toque contemporâneo.
A estrutura da Quinta da Comporta inclui piscina infinita temperada, lounge com cinema, boutique de chocolate e café, restaurante e bar, spa, bicicletas para alugar e transfer para a Praia do Carvalhal, que fica a apenas cinco minutos do hotel.

A Quinta da Comporta segue todas as medidas de higienização e cuidados com a saúde. O empreendimento foi certificado com o selo Clean & Safe, desenvolvido pelo Turismo de Portugal para distinguir as atividades turísticas que asseguram o cumprimento de requisitos de higiene e limpeza para prevenção e controle da Covid-19 e de outras eventuais infecções.

A Hot List deste ano contou com uma introdução consoante com o momento atual. Segundo o texto, o time de editores e colaboradores da publicação passou os últimos 12 meses visitando diferentes empreendimentos para a elaboração da lista, sem sequer imaginar que este seria o contexto quando ela fosse divulgada. No entanto, o tom foi de esperança e orgulho pela seleção especial, além de encorajamento para que, uma vez que seja possível, as pessoas visitem e conheçam os hotéis da lista.