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sábado, 14 de outubro de 2023

O divertido e econômico Citroën 2CV faz 75 anos


A Citroën, marca de origem francesa e uma das integrantes do grupo Stellantis, comemora 75 anos do lançamento do pequeno, econômico e simpático modelo 2CV (em francês, deux chevaux ou dois cavalos). O modelo ajudou os franceses a ter seu próprio veículo para vencer as estradas sem calçamento como transporte pessoal e também para distribuir os bens que produziam em suas propriedades.



Fabricado entre 1948 e 1990, foi um dos modelos mais populares do mundo, alcançando a marca de 5 milhões, 114 mil e 869 unidades produzidas, sendo 3 milhões, 868 mil e 634 veículos da versão sedã e 1 milhão, 246 mil e 235 modelos comerciais.

Poucas unidades chegaram ao Brasil, mas o 2CV foi fabricado na Argentina, entre 1960 e 1979, ano em que a Citroën encerrou as atividades.

Esse divertido carrinho fez na França o mesmo que o Fusca provocou no Brasil, liderando as vendas por longos anos e estabelecendo recordes de produção e de comercialização, e facilitou o acesso à posse de um veículo.

O 2 CV foi um carrinho idealizado pelo engenheiro Pierre Jules Boulanger com estilo de André Lefevbreve e do italiano Flamínio Bertone, e projetado para ter baixo preço de venda e com mecânica simples e robusta, em um momento em que a posse de um automóvel era item de luxo.

Chamado inicialmente de TPV (Toute Petite Voiture, ou carro bem pequeno), ganhou também o apelido de guarda-chuva de quatro rodas por ter teto parcialmente coberto por um tipo de lona e espaço interno para 4 pessoas, além da capacidade para 50 quilos de carga e um sistema de suspensão confortável e resistente para vencer as primitivas estradas da época.

Com motor de 2 cilindros contrapostos, apenas 375 cm3 de cilindrada e 36 hp, tinha velocidade máxima de 65 quilômetros por hora e nível de consumo de combustível de aproximadamente 30 quilômetros por litro de gasolina.

Em 1939, quando a Citroën se preparava para apresentar o carrinho no Salão de Paris, teve início a Segunda Guerra Mundial e a empresa, já com mais de 200 carros produzidos, adiou seus planos pelo cancelamento do evento.

Com o início da guerra, os primeiros carros produzidos e o projeto do TPV haviam sido escondidos dos alemães e só foram encontrados em 1944, em um celeiro, e devidamente restaurados. Hoje, são conhecidas apenas 5 das primeiras unidades produzidas que existem no mundo.

Em 1944, o motor refrigerado a água foi substituído por um a ar, com dois cilindros e os mesmos 375 centímetros cúbicos de cilindrada e o câmbio de 3 marchas foi substituído por um de 4 velocidades, permitindo um melhor escalonamento, sem expressivo aumento de custos.

No Salão de Paris, em 7 de outubro de 1948, finalmente o 2CV foi lançado pela Citroën e as vendas começaram no ano seguinte. Com o pequeno motor, o carrinho tinha tração nas rodas dianteiras, um sistema inovador para a época. Como detalhe, o nível de combustível só podia ser medido com o uso de uma vareta.

O lançamento do Citroën 2CV teve sucesso imediato, gerando filas de espera ao longo de 3 anos e, pela primeira vez, na indústria automobilística ocorreu o fenômeno de mercado de um carro usado ter maior valor de revenda que os modelos novos.

Em 1949 foram produzidas apenas 876 unidades e, no ano seguinte, as vendas atingiram 6.196. Dois anos depois, a Citroën lançou uma versão de furgão. A produção do 2CV na França durou até 1988, mas continuou em Portugal por mais dois anos.

No Brasil, o Citroën 2 CV não teve programa forte de vendas, mas foi importado pela Argentina que conseguiu da Société Anonyme André Citroën, a licença de fabricação que fez nascer a Citroën Argentina.

O motor do Citroën 2 CV argentino teve sua capacidade cubica ampliada para 425 centímetros e sistema de refrigeração a ar.

A suspensão era independente nas quatro rodas com braços oscilantes conectados entre a dianteira e a traseira por um cilindro de interação longitudinal, além de amortecedores embutidos nos braços de suspensão.

A caixa de câmbio tinha quatro marchas à frente, todas sincronizadas, e marcha-à-ré. A alavanca de câmbio era posicionada na área central do painel e a primeira marcha era acionada para trás e do lado do motorista.



Pela simplicidade do carrinho, quem teve a oportunidade de conduzir o 2 CV se surpreendeu com poltronas espartanas, produzidas com um tecido semelhante a lona e apoiado por elásticos sob o estofamento que permitiam ser retirados e utilizados fora do carro. Entre as novidades, sob o painel de instrumentos foi instalado um regulador de altura dos fachos de luz para não ofuscar a visão dos motoristas que circulavam em sentido oposto.

É evidente que o Citroën não teve na Argentina o mesmo sucesso da França, apesar de ser bem vendido em função do preço e da sua simpatia. O jornalista argentino Carlos Angio, especializado no segmento automotivo, foi proprietário de uma unidade que o charme e simpatia do automóvel fizeram-no ser desejado.

Em uma viagem a Buenos Aires no final da década de 1960 para acompanhar as corridas de uma temporada de carros da Fórmula 2, um piloto brasileiro alugou um Citroën 2CV e foi a atração do grupo porque o carro era simples, mas muito simpático e agradável.

No Brasil, existem alguns carros Citroën 2 CV graças à alguns colecionadores que se dedicam à preservação histórica das marcas. Um desses veículos foi anunciado no final de agosto por um colecionador de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul.

Produzido em 1971 e com cerca de 100 mil quilômetros rodados, o carrinho estava em oferta por 88 mil reais!!!

sexta-feira, 17 de março de 2023

Disruptiva, criativa e divertida, publicidade do Citroën 2CV consolidou um legado que perdura até hoje

As campanhas publicitárias da Citroën são marcadas por ousadia, alegria e abordagens fora do padrão da indústria. Esse conceito, mantido até hoje e presente em nossas campanhas e vídeos de divulgação, é quase tão antigo quanto a própria marca. Uma das fases mais marcantes dessas propagandas pra lá de criativas ocorreu entre os anos 1960 e 1980, quando a Citroën divulgava da forma mais exótica possível os atributos do icônico 2CV.

Valia tudo: compará-lo com um carro de luxo, exaltar sua simplicidade ou até deixá-lo lado a lado com um... camelo! Afinal, a ausência de alguns itens, se para outros carros era um problema, para o 2CV era um dos motivos da sua robustez que conquistou milhões de consumidores pelo planeta. Nem seu desempenho era um revés: afinal, como uma tartaruga, ele até poderia ser mais lento que um modelo mais caro, mas ele sempre chegava a seu destino e com uma acessibilidade única.

E para quem acha que o preço do combustível é um problema da atualidade, nos anos 1960, a Citroën destacava o fato de o modelo rodar mais com menos. “O 2CV pode fazer você sorrir porque é divertido de possuir, porque é diferente - e porque economiza dinheiro”.

No final dos anos 1980, quando os automóveis lançados vinham cada vez mais modernos, a Citroën, que já contava com diversos atributos tecnológicos em sua gama, preferiu destacar sua inovação no 2CV com as cores das carrocerias, em uma época em que os tons mais sóbrios sobressaíam: “Outros abrem fronteiras de tecnologia. Nós abrimos a pintura”, dizia o anúncio do 2CV 1986.

A ALMA DO NEGÓCIO – DESDE SEMPRE

A ousadia e o ineditismo na publicidade fazem parte da Citroën desde o início do século passado. Durante o Salão do Automóvel de Paris, em 1922, um avião escreveu o nome da marca no céu com fumaça, ao longo de cinco quilômetros.

Três anos depois, a Citroën inovou ao estampar o seu nome em um dos símbolos mais importantes do planeta, a Torre Eiffel. Composta por 250.000 lâmpadas, a obra de arte podia ser vista por quase toda a cidade.

Nos anos 1980, em um anúncio televisivo do Citroën Visa GTI, o veículo se lançou de um porta-aviões e, logo em seguida, surgiu em cima de um submarino. Já em outra propaganda, um Citroën AX marca presença na Grande Muralha da China.

Já em 1995, o Xantia, sedã icônico da Citroën que completou 30 anos neste mês de março, foi a estrela de uma campanha marcante com o atleta Carl Lewis e, em 1999, uma pirâmide formada por 10 unidades do modelo mostravam toda a estabilidade do veículo em curvas.

Toda essa inovação na propaganda continua até hoje: modelos como o Ami ou o conceito oli [äll-e] possuem uma publicidade especial, repleta do DNA disruptivo que faz parte da Citroën.

domingo, 14 de junho de 2015

Mais de 3.000 Citroën 2CV participam de Encontro em La Rochelle, na França






Um encontro imperdível para todos os « deuchistes », os grandes fãs do "pequeno" CITROËN, que puderam exibir seus carros e trocar inúmeras ideias em torno deste mítico carro. Este 22º encontro em torno do carro mais carismático e vendido da Marca - mais de 5 milhões de unidades fabricadas em 42 anos. Um museu CITROËN especialmente montado apresentou carros de Raids e Viagens realizadas em todos os tempos pela marca. Os visitantes tiveram a oportunidade de desfrutar de uma seleção de fotos inéditas do modelo, além de conferir de perto mais de 60 2CV especialmente selecionados para a exposição.