quarta-feira, 31 de março de 2010

TAM registra lucro líquido de R$ 1,3 bilhão em 2009

A TAM fechou o ano de 2009 com lucro líquido de R$ 1,3 bilhão, resultado influenciado principalmente em função da marcação a mercado das operações de hedge de combustível e da valorização do real frente ao dólar, revertendo o prejuízo de R$ 1,5 bilhão registrado em 2008. Os valores estão apresentados de acordo com os princípios contábeis brasileiros - BR GAAP e Lei 11.638.

A política de hedge de combustível da TAM foi mantida em 2009. A empresa renegociou suas posições de hedge com o objetivo de diluir o desembolso de caixa, que ficaria concentrado no primeiro semestre de 2009, e de liquidar a maior parte dos contratos em um período cuja expectativa era de menor volatilidade e com níveis mais próximos dos preços de exercício (strikes) das operações. O resultado da renegociação foi uma redução de saída de caixa de US$ 117 milhões ao longo de 2009, que permitiu fortalecer a posição de caixa da empresa. Além disso, houve a reversão da perda contábil de hedge registrada em 2008.

"Fizemos um esforço concentrado de redução de custos, sem abrir mão da qualidade dos nossos serviços, e o resultado foi a queda em 14,7% nos custos unitários dos assentos ofertados (Cask - Cost per available seat kilometer)" destaca o presidente da TAM, Líbano Barroso.

O lucro operacional (EBIT) em 2009 foi de R$ 336 milhões, com redução de 51,8% em relação ao obtido no ano anterior, devido ao efeito conjugado da retração das viagens de negócios, redução do yield (preço médio pago por passageiro em cada quilômetro voado) e diminuição das taxas de ocupação nos voos domésticos e internacionais.

No ano, a TAM transportou 30,4 milhões de passageiros pagantes em seus voos domésticos e internacionais, ligeira alta de 0,9% em relação ao total transportado em 2008. Apesar disso, a receita operacional bruta da companhia recuou 6,5% na comparação com 2008, para R$ 10,3 bilhões, influenciada pela crise global, que atingiu principalmente as viagens de negócios, que representam 75% do total de passageiros transportados pela TAM.

A TAM registrou uma queda de 14,2% no yield, o qual recuou 18% no mercado doméstico, para 21,9 centavos de real, e 15,6% nos voos internacionais, para 14,2 centavos de real. As taxas de ocupação recuaram 2,8%, passando para 68,2% em 2009 na comparação com o ano anterior, sendo que nos voos domésticos a redução foi de 2,7%, recuando para 65,4%, e nos voos internacionais houve uma queda de 3,1 pontos percentuais, para 72,4%. O market share em 2009, foi de 45,6% nos voos domésticos e de 86,5% nos voos internacionais operadas por empresas aéreas brasileiras, mantendo a liderança nesses dois mercados.

A TAM encerrou 2009 com disponibilidades de caixa de R$ 2,1 bilhões (considerando caixa e equivalentes, além de títulos e valores mobiliários). Durante o ano, a companhia captou mais de R$ 1 bilhão, sendo U$ 300 milhões em outubro com emissão de "bonds" e outros R$ 600 milhões em julho com o lançamento de debêntures não conversíveis.

Nenhum comentário:

Postar um comentário