quinta-feira, 15 de maio de 2014
LATAM Airlines divulga dados do primeiro trimestre de 2014
O Grupo LATAM Airlines S.A. registrou lucro operacional de US$ 146,7 milhões (R$ 347 milhões) no primeiro trimestre de 2014 excluindo itens não recorrentes relacionados à reestruturação da sua frota. O aumento de 28,5% na comparação com o primeiro trimestre de 2013 foi provocado por melhorias nos resultados das operações de passageiros do Grupo, em especial no mercado doméstico brasileiro, compensado pela desvalorização de 16,5% do real no período e pelo menor resultado do negócio de cargas. A margem operacional excluindo os custos não recorrentes chegou a 4,6%, um aumento de 1,2 ponto percentual em relação aos 3,4% registrados no mesmo período do ano passado. O lucro líquido no trimestre, excluindo as despesas não recorrentes de reestruturação, foi de US$ 80,7 milhões (R$ 190,8 milhões), enquanto no primeiro trimestre de 2013 o valor foi de US$ 42,7 milhões (R$ 101,1 milhões). O Grupo fez uma revisão completa de sua frota e está realizando um amplo plano de reestruturação, com o objetivo de reduzir o número de modelos em operação, retirando gradualmente alguns deles e alocando aeronaves mais eficientes e adequadas para cada mercado. Como parte desse processo, durante o primeiro trimestre de 2014, a LATAM reconheceu despesas não recorrentes de US$ 147 milhões (R$ 346 milhões) referentes à devolução de aeronaves, o que afetou diretamente seu resultado líquido. Desse total, US$ 34 milhões (R$ 81 milhões) estão registrados como despesas operacionais com manutenção de aeronaves. Os demais US$ 112 milhões (R$ 266 milhões) foram provisionados para multas estimadas com a devolução antecipada de aeronaves e registrados como “outras despesas não operacionais”. Incluindo essas despesas não recorrentes, o lucro operacional do Grupo LATAM no primeiro trimestre foi de US$ 112,6 milhões, com uma margem operacional de 3,5%. O prejuízo líquido no período foi de US$ 41,3 milhões. Durante o primeiro trimestre do ano, o Grupo LATAM deu sequência ao movimento de racionalização da oferta nas operações de passageiros e carga. Como resultado, a receita total do Grupo no período foi de US$ 3,177 bilhões (R$ 7,514 bilhões) ante US$ 3,409 bilhões (R$ 8,061 bilhões) do primeiro trimestre de 2013. A diminuição de 6,8% é resultado da queda de 6,4% nas receitas de passageiros e uma redução de 12,5% nas receitas de carga, parcialmente compensado por um aumento de 11,6% em outras receitas. Essas variações incluem o impacto negativo da depreciação média de 18,5% do Real no primeiro trimestre de 2014 em relação ao primeiro trimestre de 2013 nas receitas denominadas nessa moeda. As receitas de passageiros e de carga representaram, respectivamente, 84,6% e 12,7% da receita total no primeiro trimestre do ano. A receita de passageiros diminuiu 6,4% durante o trimestre como resultado de uma queda de 4,3% na oferta (ASK), bem como uma diminuição de 6,2% no yield (preço médio pago por passageiro em cada quilômetro voado). O tráfego de passageiros continuou a crescer em todos os mercados, e atingiram o índice de 82,7%, 3,4 pontos percentuais acima do mesmo período de 2013. No geral, o RASK (receita por assento por quilômetro) diminuiu 2,2% em relação ao primeiro trimestre de 2013. No mercado doméstico brasileiro, a TAM continua a reduzir sua oferta, porém, em um ritmo mais lento do que em trimestres anteriores, com uma redução de 3,5% no período em relação ao primeiro trimestre de 2013. Apesar de racionalização da oferta, a companhia foi capaz de estimular o tráfego de passageiros em 0,7%, atingindo uma taxa de ocupação de 81,6%, uma das mais altas do mercado interno brasileiro e que representa um aumento de 3,4 pontos percentuais em comparação com o primeiro trimestre do ano anterior. As práticas de segmentação do mercado e gestão da receita permitiram um aumento significativo de 16,6% do RASK no trimestre quando medido em Real. O mercado brasileiro ainda foi beneficiado pela participação da TAM no segmento corporativo. Dados da Associação Brasileira de Agência de Viagens Corporativas (Abracorp) apontam que a companhia do Grupo LATAM liderou as vendas para viajantes a negócio no mercado doméstico durante o primeiro trimestre de 2014, com 34,2% de participação. As operações nos países de língua espanhola onde o Grupo opera (Chile, Peru, Argentina, Colômbia e Equador) também continuam a crescer, com o aumento do tráfego de passageiros em 6,6%, e a ampliação da oferta em 5,2%. Isso gerou uma taxa de ocupação de 81,8%, 1,1 ponto percentual maior que no mesmo período de 2013. No entanto, o yield segue pressionado nos mercados domésticos pela depreciação das moedas locais, o que resultou em uma queda de 4,4% na receita por ASK na comparação com o primeiro trimestre de 2013. A racionalização das operações internacionais do Grupo segue em curso, em resposta ao mercado europeu ainda fraco e ao aumento da concorrência nesse mercado. No primeiro trimestre de 2014, a oferta nas operações internacionais diminuiu 7,5%, enquanto o tráfego diminuiu apenas 2,8%, resultando em uma taxa de ocupação de 83,7%, um aumento de 4,1 pontos percentuais em comparação com o primeiro trimestre de 2013. O yield permaneceu estável, mesmo com o aumento da competição e a diminuição das vendas na Argentina. O Grupo segue confiante em sua estratégia de diminuir a oferta nos voos internacionais, tanto no Brasil quanto nos países de língua espanhola, e de consolidar o Aeroporto de Guarulhos como principal hub para o tráfego internacional na América do Sul. Essas mudanças serão fundamentais para a melhoria dos resultados nas operações internacionais da LATAM. O Grupo LATAM também está racionalizando sua oferta de carga para enfrentar o cenário desafiador e competitivo no mercado latino-americano, enquanto continua a maximizar a utilização do espaço de carga da frota de aeronaves de passageiros. A capacidade de carga teve uma queda de 6,6% no primeiro trimestre de 2014 em relação ao mesmo período de 2013. Isso resultou em um aumento de 2,5 pontos percentuais na taxa de ocupação de cargas, que chegou a 58,7% no primeiro trimestre de 2014. As receitas de carga diminuíram 12,5% no período como resultado do declínio de 2,4% no tráfego de carga e uma queda de 10,4% no yield. A diminuição é reflexo do impacto negativo da desvalorização de 18,5% do Real durante o primeiro trimestre de 2014 na receita de cargas no mercado interno brasileiro.
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