quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Reestruturação da airberlin visa gerar crescimento de longo prazo

A airberlin anunciou uma reestruturação abrangente de seus negócios que visa concentrar a operação em voos de carreira e focar nos mercados de maior rendimento, a partir de seus dois grandes hubs em Berlim e Dusseldorf, com uma frota de 75 aeronaves. Os voos turísticos serão combinados em uma unidade de negócios com operação independente. Para empregar a capacidade excedente de tripulação e aeronaves, a airberlin pretende fornecer até 40 aeronaves Airbus da família A320 ao grupo Lufthansa, sendo que até 38 aeronaves serão fretadas (wet lease) sob um acordo de seis anos, sujeitos à autorização regulatória. A reestruturação é resultado de uma análise abrangente de todas as operações, que buscou melhorar a eficiência, limitar a sazonalidade e reestabelecer uma clara proposição de mercado para a companhia aérea. As principais operações da airberlin serão atendidas por uma frota de 75 aeronaves a partir de meados de 2017, que incluem 17 grandes aeronaves A330 para voos de longa distância, 40 aviões da família A320 e 18 do modelo Q400 para voos de curta/ média distâncias, incluindo importantes centros comerciais em toda a Europa. Será necessário manter uma equipe menor e, portanto, até 1.200 posições serão eliminadas. A empresa conversará com representantes dos funcionários com o objetivo de confirmar demissões voluntárias e compulsórias até fevereiro de 2017. "Essa reestruturação abrangente das nossas operações está relacionada com um novo enfoque que garantirá um novo futuro", afirma Stefan Pichler, diretor executivo da airberlin. "Mais do que nunca, estamos enfrentando uma grande pressão do mercado externo que exige uma mudança no nosso atual modelo de negócios. A airberlin tem procurado servir todos os segmentos com uma plataforma de operação, abrangendo passageiros de negócios e turismo." "Agora a principal proposta da airberlin para o futuro está clara: atuar com foco em voos de carreira e servir os mercados de maior rendimento a partir de dois hubs em Berlim e Dusseldorf. Somos uma airberlin mais enxuta, mais ajustada, mais sólida e com um futuro brilhante." A operação de voos turístico da airberlin será realizada em uma unidade de negócios separada enquanto opções estratégicas forem avaliadas. "Os nossos negócios de turismo possuem grande valor, que será fortalecido em uma unidade separada", acrescenta Pichler. "Essa medida permitirá que a airberlin se concentre em sua principal operação, como uma operadora de voos de carreira". Junto com a nova estratégia, a airberlin também anunciou que pretende fornecer até 40 aeronaves A320 para o grupo Deutsche Lufthansa, sendo que até 38 aeronaves serão operadas sob um contrato de wet lease com duração de seis anos ou acordo ACMIO, que inclui aeronaves, tripulação, manutenção, seguros e serviços suplementares. Esse acordo permite que a airberlin reduza a capacidade excedente e os custos da reestruturação. O contrato wet lease estará totalmente operacional até meados de 2017. Além disso, o programa de longas distâncias da airberlin será expandido com novas rotas e frequências adicionais, particularmente para os Estados Unidos. Já o programa de curta e média distâncias da companhia aérea se concentrará nos mercados estratégicos para negócios durante todo o ano com um foco na Itália, Escandinávia e Europa Oriental. Também terá como objetivo conquistar maior participação no mercado de viagens de negócios domésticas. A airberlin vai trabalhar estreitamente com os representes de funcionários e sindicatos envolvidos em todo o processo de mudança. Respeitando todos os direitos solicitados pelos representantes dos funcionários, a airberlin pretende oferecer a possibilidade de demissão voluntária, sempre que possível. Oportunidades de recolocação no grupo de companhias aéreas Etihad Airways Partners, que inclui Jet Airways, Air Serbia, Etihad Regional, Alitalia, Air Seychelles e Etihad Airways, serão estudadas para que sejam oferecidas aos funcionários da airberlin. "Entendemos claramente que demissões são indesejáveis, mesmo em um mercado dinâmico como a Alemanha. Precisamos reduzir nossa equipe, mas tentaremos fazê-lo de forma solidária, oferecendo novas oportunidades para os funcionários, sempre que possível", comenta Pichler. "A airberlin será uma empresa enxuta concentrada em rotas de longa distância e de maior rendimento a partir de Dusseldorf e Berlim, que são nossas duas fortes áreas de influência." "Estamos ajustando tamanho e estrutura do negócio em linha com o nosso propósito. Vamos ver nossas receitas crescerem e nossos custos reduzirem como resultado dessa reestruturação."

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