quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Airbus prevê demanda de mais de 39 mil novas aeronaves nos próximos 20 anos

A frota mundial de aeronaves comerciais e de transporte de carga irá mais do que dobrar, indo das aproximadamente 23 mil existentes hoje para quase 48 mil até 2038, com o tráfego aéreo crescendo ao ritmo de 4,3% ao ano, o que ocasionará também uma demanda por 550 mil novos pilotos e 640 mil novos técnicos.

Até o ano de 2038, entre as 47.680 aeronaves previstas, 39.210 serão novas, ao passo que 8.470 serão as atuais remanescentes. Ao atualizar sua frotas com a mais nova geração de aeronaves, que contam com maior eficiência de combustível, como o A220, a família A320neo, o A330neo e o A350, a Airbus tem a certeza de que estará contribuindo significativamente com a crescente descarbonização da indústria de transporte aéreo e com o objetivo de crescer sem aumentar suas emissões de carbono, a partir de 2020, enquanto continua a conectar cada vez mais pessoas ao redor do mundo.

Refletindo a atual tendência de evolução da tecnologia aeronáutica, a Airbus simplificou sua segmentação, passando a considerar aspectos como capacidade, alcance e tipos de missão. Por exemplo, um A321, utilizado em viagens curtas, é classificado como Small (S), no original em inglês, ao passo que o A321LR ou XLR, para viagens de longa distância, pode ser classificado como Medium (M). Apesar de o mercado principal do A330 ser classificado como Médio, é provável que uma certa quantidade dessas aeronaves continue a ser utilizada por companhias aéreas de modo que seja enquadrada na Large (L) de segmentação de mercado, no original em inglês, juntamente com o A350 XWB.

Essa nova segmentação traz à tona uma nova demanda por 39.210 novas aeronaves comerciais e de transporte de carga – 29.720 Small (S), 5.370 Medium (M) e 4.120 Large (L), conforme aponta a mais recente edição da pesquisa Airbus Global Market Forecast (GMF) 2019-2038. Desse total, 25 mil aeronaves representam um crescimento da frota, enquanto 14.210 substituirão modelos antigos por aeronaves mais novas e modernas, que oferecem maior eficiência.

Resiliente diante dos impactos econômicos, o tráfego aéreo mais do que dobrou desde 2000, conquistando um lugar de crescente importância no movimento de conexão de grandes centros populacionais, principalmente em mercados emergentes, onde a probabilidade de voar é das mais altas do mundo, já que o custo ou a geografia local impossibilitam o uso de outras alternativas de transporte. Hoje em dia, um quarto da população mundial urbana é responsável por mais de um quarto do PIB mundial e, tendo em vista que ambos são grandes motores de crescimento, as Mega Cidades da Aviação (Aviation Mega Cities, ou AMCs, no original em inglês) continuarão a impulsionar a rede global de aviação. Novos desenvolvimentos em busca de uma maior eficiência de combustível estão aumentando cada vez mais a demanda pela substituição das aeronaves existentes, que possuem uma eficiência de combustível mais baixa.

“O crescimento anual de 4% reflete a resiliência característica da indústria de aviação, que se mostra capaz de aguentar tanto impactos econômicos de curto prazo quanto conflitos geopolíticos. As economias do mundo precisam do transporte aéreo para prosperar. Pessoas e bens precisam dessa conexão”, disse Christian Scherer, Chief Commercial Officer da Airbus e Diretor da Airbus International. “Mundialmente, a aviação comercial estimula o crescimento do PIB e garante o sustento de 65 milhões de pessoas, demonstrando os imensos benefícios que o nosso negócio traz para sociedades e o comércio global”.

As aeronaves da Airbus são líderes de mercado em seus respectivos segmentos. O segmento Small (S) inclui a família A220 e todas as variantes da Família A320. Os principais produtos da Airbus no segmento Medium (M) são o A330 e a Família A330neo, podendo incluir também as versões menores do A321LR e XLR, que são utilizados em missões de longa distância. O maior segmento, Large (L), é representado pela Família A330neo, juntamente com a Família A350 XWB, também de maior porte, que inclui ainda a versão ULR, de ultralongo alcance (ou Ultra Long Range, ULR, no original em inglês). Essa segmentação continuará a ser atendida pelo A380 no topo das categorias.

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