sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Boeing e Universidade do Arizona comprovam eficácia de ferramentas e técnicas de limpeza contra a COVID-19


A Boeing e a Universidade do Arizona demonstraram através de testes inéditos que os métodos de limpeza atualmente utilizados pelas companhias aéreas são eficazes contra o vírus que causa a COVID-19. Os testes fazem parte da Iniciativa Viagem com Segurança da Boeing, que presta apoio a empresas aéreas e busca aumentar a segurança e o bem-estar de passageiros e tripulantes durante a pandemia da COVID-19.

Os testes foram conduzidos em um avião da Boeing vazio utilizando um vírus vivo, chamado MS2, no final de julho. Os resultados foram então correlacionados ao SARS-CoV-2, o vírus que causa a COVID-19, em um ambiente de laboratório protegido no Departamento de Ciências Ambientais da Universidade do Arizona.

"Embora esses métodos de limpeza tenham sido testados em outros ambientes, um avião é diferente. Foi fundamental para nós avaliarmos e confirmarmos se os produtos químicos e as técnicas que recomendamos a nossos clientes são eficazes em uma situação real", disse Mike Delaney, que lidera as ações da iniciativa Viagem com Segurança da Boeing. "Ao trabalhar com a Universidade do Arizona, pudemos empregar sua expertise mundialmente conhecida em virologia para fazer exatamente isso."

O vírus Escherichia MS2 é seguro e inofensivo aos humanos e mais difícil de matar do que o SARS-CoV-2, o vírus que causa a COVID-19. O vírus MS2 foi usado em estudos científicos e industriais por muitos anos, mas nunca na cabine de um avião. A Universidade do Arizona forneceu o vírus MS2 e analisou os resultados do teste.

"Este estudo nos permitiu testar e validar, pela primeira vez, que os métodos de desinfecção eliminam o SARS-CoV-2 em um avião", disse o microbiologista da Universidade do Arizona, Dr. Charles Gerba. "É importante reconhecer que não estamos falando apenas do SARS-CoV-2, mas também de outros vírus e micro-organismos".

O MS2 foi colocado em pontos estratégicos de alto contato em toda a cabine, incluindo nas mesas para refeição, apoios de braços, assento, compartimentos de bagagem, banheiros e galley. Técnicos desinfetaram cada área com diversos produtos e tecnologias. Os desinfetantes químicos foram aplicados por dois meios: limpeza manual e com pulverizador eletrostático, um dispositivo que aplica um spray de baixa pressão de um desinfetante líquido. Os testes também mediram até que ponto o bastão ultravioleta da Boeing e os revestimentos antimicrobianos funcionaram. Os antimicrobianos são revestimentos de longa duração que destroem germes e vírus nas superfícies.

A Universidade do Arizona analisou cada área pós-desinfecção para determinar a eficácia. Os resultados mostraram vários níveis de eficácia, mas em última análise, todos os produtos, métodos e tecnologias eliminaram com sucesso o vírus MS2.

A Boeing e a Universidade do Arizona continuam testando métodos de limpeza recomendados em um laboratório utilizando o SARS-CoV-2 e outros vírus semelhantes para validar ainda mais sua eficácia.

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