sexta-feira, 12 de março de 2021

Helisul vai comercializar o FastFin, equipamento que aumenta a produtividade dos helicópteros e reduz a fadiga do piloto em operações especiais

A Helisul assinou contrato de representação para venda e instalação dos produtos da BLR no Brasil. O equipamento já foi instalado em duas aeronaves da empresa e os resultados são bastante animadores.

A empresa BLR é fabricante do FastFin® Tail Rotor Enhancement and Stability System para os helicópteros Airbus H125, disponível também para os modelos AS350 B2 e AS350B3. O FastFin usa gerenciamento avançado de fluxo de ar para aumentar a eficácia do sistema anti-torque do H125 aumentando significativamente a capacidade de carga e a estabilidade do helicóptero.

“Estamos muito contentes com a novidade porque já instalamos em dois helicópteros de nossa frota: um AS350B2 e um H125 e comprovamos as significativas melhorias de desempenho. Entre elas, a redução da carga de trabalho do piloto, especialmente nos voos pairados que demandam muito o uso dos pedais, para controle do rotor de cauda, aumento da capacidade de carga útil da aeronave de 30 a 60 km, muito necessária não só para operações policiais como também para missões de carga externa e combate a incêndios. E ainda e a redução dos custos de manutenção na transmissão de cauda devido a proteção térmica provida pelo FastFin contra o calor gerado pela exaustão dos gases do motor”, disse Luis Carlos Munhoz da Rocha, diretor comercial da Helisul.


Isso é apenas o começo. Com a certificação na Europa do sistema de gerenciamento do motor da Thales (VMD) o ganho em capacidade de carga útil para o H125 com o FastFin vai chegar a 20%, ficando entre 150% e 190% quilos. “Ou seja, vamos ter helicópteros de menor porte com capacidade de um de grande helicóptero, o que representa enorme ganho de produtividade para os operadores e benefício para o cliente”, disse o diretor.



Além das operações de combate ao incêndio, que transportam em carga externa água para os focos das queimadas, o FastFin representa enorme benefício para as operações de rappel para construção de torres de energia, monitoramento de barragens, e operações para-públicas que requerem até duas horas de voo pairado. Situação em que a redução da carga de trabalho do piloto vai trazer mais segurança e facilitar o trabalho de toda a equipe. Luis Carlos ressalta que o FastFin será também bom para aeronaves para-públicas, que normalmente são muito equipadas, e serão beneficiadas pelo ganho de capacidade de carga útil.

O custo operacional das aeronaves equipadas com o FastFin também deve ser impactado. Isso porque o equipamento protege a cauda do helicóptero, uma área de calor excessivo, devido aos gases do escapamento do motor, causando desgaste acelerado de rolamentos e outros componentes da transmissão de cauda. “A troca prematura de componentes antes de atingir ao seu limite de vida é traduzido em despesas em peças e mão de obra, mas também em paralisações nas operações com perda de receita e operacionalidade”, explica o diretor comercial.

A Helisul foi a primeira empresa a implantar o FastFin no Brasil. Para isso, contou com seu time técnico para a instalação do equipamento e já possui duas aeronaves próprias equipadas. “A equipe está apta e a postos para começar a atender o mercado brasileiro”, disse Richard Cordeiro, Técnico em Estrutura de Aeronave. O processo todo desde a instalação do FastFin até sua pintura dura aproximadamente 10 dias e Cordeiro foi o responsável pela montagem das duas unidades equipadas da Helisul.

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