sábado, 15 de maio de 2021

Aviação executiva cresce diante da crise mundial

A crise ocasionada pela pandemia da Covid-19 impactou diversos setores da economia de forma negativa. Porém, o setor de aviação executiva foi atingido positivamente, ao contrário da aviação comercial. Destinos nacionais foram priorizados, já que as fronteiras internacionais estão fechadas e a privacidade nos voos de lazer e negócios são fatores que ocasionam esse crescimento, assim como os voos médicos e de carga.

A Avantto, empresa do segmento de compartilhamento de aeronaves executivas, aponta que em 2020 registrou um aumento de 25% no resultado operacional, comparado ao ano anterior. E a tendência é que esse número cresça. A empresa, que possui 65 aeronaves em sua frota e aproximadamente 450 usuários ativos, em seu sistema de compartilhamento, estima fechar o ano de 2021 com um aumento de 32%.

"O crescimento do uso de aeronaves executivas durante a pandemia originou-se de duas fontes: uma menor oferta de voos comerciais, o que piorou a já difícil tarefa de se locomover no país e o desejo das pessoas de não se aglomerar em aeronaves lotadas", explica Rogerio Andrade, CEO e sócio da Avantto.

Outro fator que pode impulsionar ainda mais esse cenário é a nova regulamentação sobre compartilhamento de aeronaves no Brasil, aprovada pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) em fevereiro, que entrará em vigor a partir do ano que vem. No texto, entre as determinações estão a limitação de cotas por aeronave - de 16 para jatos e 32 helicópteros, a definição de responsabilidades legais sobre a operação das máquinas e exigências mais rigorosas quanto ao treinamento dos pilotos, a manutenção de aeronaves e aos Sistemas de Gerenciamento de Segurança Operacional.

Para Andrade, a medida contribui para o crescimento ainda mais acelerado desse segmento da aviação executiva, que já é uma tendência há anos. "A medida chega em um momento oportuno, somado ao Programa Voe Simples (anunciado recentemente pela Agência) e promoverá mais competitividade ao setor", diz. Além disso, o executivo ressalta que com a nova medida, permanecerão no mercado apenas as empresas sérias, dispostas a investir na qualidade das operações e na segurança, se adaptando ao novo regulamento.

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