A destinação para Brasília se deu após avaliação comportamental de Rondon, em que se constatou ser um animal manso cuja criação foi por seres humanos. Diante disso, a equipe da Azab responsável pela conservação da espécie no Brasil, em conjunto com o ICMBio, optou por transferir o animal para o Zoológico de Brasília para que pudesse viver com o Xingu, animal da mesma espécie já morador da instituição.
“Infelizmente, não existem fêmeas em cativeiro, no Brasil, para uma almejada reprodução. Então, tratando-se de uma espécie gregária, que vive em grupos, achamos que, para o bem-estar do animal, o melhor seria transferi-lo para o Zoológico de Brasília. Lá, o Rondon poderá viver com o Xingu e, além disso, a equipe do Zoo têm conhecimento de manejo com a espécie e dispõe de um recinto disponível adequado”, explicou o biólogo e studbook keeper da espécie no Brasil, Cauê Monticelli.
Atualmente, o animal está em quarentena em um recinto temporário no Zoológico de Brasília, fora da área de visitação, para que sejam realizados todos os exames clínicos e comportamentais necessários. Após esse período, passará por um processo de aproximação com seu novo companheiro.
“Os zoológicos são centros de conservação de fauna e devem focar seu trabalho em espécies ameaçadas de extinção, seguindo sempre as recomendações dos programas nacionais e internacionais. Quando falamos em conservação, temos que sempre pensar também no bem-estar dos animais que estão sob nossos cuidados”, diz o biólogo e diretor de mamíferos do Zoológico de Brasília, Filipe Reis.
(Foto: Wellington Coelho)
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