A IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo) participa de dois eventos na semana em que é comemorado o Dia Internacional da Mulher para falar sobre a representatividade feminina na aviação e apresentar seu programa 25by2025, uma iniciativa global e voluntária com o objetivo de aumentar a presença de mulheres no setor.
Em 04 de março, Sofia Abreu, Relacionamento com a Indústria da IATA no Brasil, esteve no VI Encontro Mulheres na Aviação da Aviadoras, realizado no Hotel Blue Tree Premium Faria Lima, São Paulo/SP. Durante o evento, ela reforçou o compromisso da indústria da aviação para aumentar a representação feminina em cargos de liderança e em funções técnicas até 2025 por meio do 25by2025.
“Eu me sinto muito feliz e orgulhosa por representar a IATA em eventos como este. É fundamental que a associação faça parte dessas discussões para disseminar o 25by2025 no Brasil. Até agora, 189 companhias aéreas e organizações já aderiram à iniciativa, abrindo o caminho para uma indústria que reconhece o talento feminino e cria oportunidades para as mulheres. E queremos que esse número cresça cada vez mais”, diz Sofia.
No dia 10 de março, sexta-feira, Abreu participará do evento Mulheres no Setor da Aviação: Desafios e Oportunidades, realizado pela Comissão de Direito Aeronáutico da OAB/SP, com o apoio da Women in Aviation -- Brazil. O painel, que contará com a presença de convidadas como Luciana Ferreira Vieira, Gerente do Registro Aeronáutico Brasileiro da ANAC, Tatiane Novaes Viana, Gerente de Assuntos Regulatórios na LATAM Airlines e Nicole Villa, advogada no Di Ciero Advogados, promoverá um bate-papo sobre as dificuldades enfrentadas na carreira, conciliação entre vida profissional e pessoal e motivações para continuar trabalhando no setor.
Principais desafios para a equidade de gênero no setor da aviação
Embora as mulheres representem uma parcela significativa da força de trabalho na aviação, elas ainda são minoria em cargos de liderança e em funções técnicas. Isso pode ser atribuído a fatores como a falta de acesso a oportunidades de desenvolvimento profissional e treinamento, preconceitos de gênero arraigados e a falta de representatividade feminina em cargos de liderança.
Além disso, as mulheres enfrentam desafios específicos em relação à maternidade e à licença-maternidade. A aviação é uma indústria que exige longas horas de trabalho, incluindo viagens e horários não convencionais, o que pode ser difícil para as mulheres que precisam conciliar o trabalho com a maternidade.
“Para enfrentar esses desafios, é necessário que as empresas adotem políticas e práticas que promovam a igualdade de gênero e a inclusão. Isso inclui a implementação de programas de desenvolvimento profissional e treinamento, a promoção de uma cultura de igualdade de gênero, a inclusão de mais mulheres em cargos de liderança e a criação de políticas de licença-parental mais flexíveis e acessíveis. Com esses esforços conjuntos de toda a indústria, podemos criar um ambiente de trabalho mais igualitário e inclusivo para as mulheres na aviação”, afirma Jane Hoskisson, Diretora de Learning & Development da IATA.
Sobre o 25by2025
Este compromisso voluntário foi criado pela IATA em 2019 com a finalidade de mudar as principais métricas de diversidade e inclusão no setor da aviação, aumentando em 25% ou pelo menos 25% até 2025 o número de mulheres em cargos de liderança e em áreas sub-representadas. O número de signatários nas Américas é de 40, sendo 32 membros IATA (o maior percentual dentre os membros IATA de todas as regiões), ficando atrás apenas da Europa. O Brasil conta com 8 participantes entre empresas aéreas e associações.
A iniciativa tem como principal objetivo tornar a indústria mais equilibrada em termos de gênero, criando uma cultura mais equitativa no local de trabalho a partir da implementação de políticas e práticas de inclusão. Afinal, diversidade e inclusão são importantes não apenas por razões éticas e morais, mas também porque empresas mais diversas tendem a ser mais bem-sucedidas, inovadoras e competitivas.
“O 25by2025 é uma oportunidade para as empresas do setor de aviação atuarem em conjunto para criar um ambiente de trabalho mais inclusivo e equitativo, onde todas as pessoas possam contribuir plenamente e alcançar seu potencial. Investir em diversidade e inclusão na aviação pode ser uma estratégia inteligente para as empresas que desejam melhorar sua competitividade, satisfação e produtividade dos funcionários e reputação. E a IATA contribui reunindo as pessoas, compartilhando dados e melhores práticas, facilitando o diálogo”, conclui Jane Hoskisson.
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