O Surf-A avisa os pilotos que estão na aeronave sobre o perigo de invasões, saídas ou outros incidentes que possam ocorrer nas pistas. O software usa dados GPS e ADS-B para monitorar o tráfego e fornece um alerta auditivo ao piloto quando seus algoritmos determinam que o avião está em uma trajetória que pode resultar em uma colisão nos próximos 30 segundos.
Os pilotos que usam a ferramenta podem ouvir quatro alertas diferentes: “tráfego na reta final”, “tráfego atrás da aeronave”, “tráfego na pista” e “tráfego cruzando a pista”. Além dos alertas auditivos, mensagens de texto também aparecem no display de navegação do piloto.
“O comandante é quem toma as decisões finais sobre o que fazer com essas informações”, disse Thea Feyereisen, pesquisadora técnica sênior da Honeywell Aerospace que está ajudando a desenvolver o sistema Surf-A. “Assim como se o seu copiloto tivesse dito: ‘Ei, tem alguém na pista’, a nossa solução funciona como ‘terceiro par de olhos’ para a equipe.”
A solução baseia-se no sistema de alerta e aconselhamento de pista já certificado da Honeywell e no software SmartRunway/SmartLanding, que usa a localização GPS da aeronave combinada com dados geográficos para fornecer alertas a bordo quando um piloto está em risco de ultrapassar a pista ou pousar em uma superfície errada. Essas ferramentas também podem alertar os pilotos quando os flaps de decolagem não estão ajustados, uma aproximação está instável ou se uma pista é muito curta, por exemplo.
A próxima evolução desta tecnologia da Honeywell é o Surf-IA (Consciência Situacional na Superfície do Aeroporto com Indicações e Alertas), que adiciona indicadores visuais mais sofisticados aos displays de voo. Desde 2018, a companhia têm realizado uma série de testes com essas ferramentas em colaboração com a Airbus e a Dassault.
Enquanto o Surf-IA se destina ao ajuste avançado em novas aeronaves, o Surf-A mais básico estará disponível, num período de 12 a 18 meses, como um retrofit acessível e simples de instalar, explicou Feyereisen. “Nosso desejo é que isso não seja apenas uma opção de adaptação futura, mas também de modernização, e levar essa capacidade a todos os tipos de aeronaves.”
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