segunda-feira, 23 de setembro de 2024

Solojet Aviação entra de vez no mercado de aeronaves usadas

O mercado de aeronaves seminovas e usadas segue aquecido em todas as partes do mundo. Isso porque a aviação de negócios cruzou a pandemia de covid-19 em nível de cruzeiro, e depois que a crise sanitária passou, essa altitude não diminuiu mais. No entanto, a indústria não tem conseguido vencer os anseios de quem quer comprar uma aeronave nova. Em parte pela falta de kits, aviônicos e acessórios pela redução da produção da cadeia de insumos, o que resulta na espera de até cinco anos pela entrega de uma aeronave nova, bem como no aumento significativo de preços. É um mercado que cresceu 6% entre 2022 e 2023, e não deve parar.

Desde então, tem-se observado uma forte movimentação no mercado de aviões e helicópteros usados, seja para empresas de táxi-aéreo, seja para compradores. A Solojet Aviação é um exemplo. A empresa com sede no Aeroporto de Jundiaí (SP) é especializada em gerenciamento, compartilhamento e manutenção de jatos executivos, mas tem começado a operar também nesse segmento.

O diretor comercial Marcelo Orsolini explica que a estrutura da empresa facilita nesse tipo de negociação. “Temos operações no Brasil e nos Estados Unidos. Com isso, conseguimos identificar rapidamente as aeronaves à venda e as melhores oportunidades de negócios para nossos clientes”.

A vantagem de uma aeronave seminova é que ela está pronta para o cliente conhecer e negociar. E ter uma oficina homologada como a da Solojet auxilia ainda mais no cumprimento das vistorias obrigatórias no caso de compra e venda. “As oportunidades não param de crescer para nós, principalmente aquelas oriundas de proprietários de aeronaves exclusivas, mas menores, e que partiram para o compartilhamento”, afirma Orsolini.

Um caso recente da empresa é a negociação de um bimotor Beechcraft Baron 58. O avião foi fabricado em 2001, tem 1.900 horas de uso totais, mas seu antigo proprietário fez um upgrade completo em instrumentos, acessórios e bancos, valorizando ainda mais o bem. Ele custa US$ 850 mil, e o dono o colocou à venda porque migrou para o sistema de compartilhamento de cotas de uso.

Ter um avião próprio é vantajoso para aqueles que voam a negócios ou a lazer por mais de 40 horas por ano. Nesse caso, o proprietário é responsável por todos os custos, como manutenção, hangaragem, combustível, tripulação, entre outros. “Para quem opta por comprar uma cota de uso, todo esse custo está embutido no contrato e é dividido entre os cotistas. O cliente só precisa agendar seu voo; todo o restante, como o planejamento e o gerenciamento do voo, o fornecimento da tripulação etc. é feito por nós”, explica o executivo da Solojet.

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