quarta-feira, 13 de novembro de 2013
Airbus pede que o setor de aviação defina um novo padrão de conforto em viagens longas
A Airbus revelou nova pesquisa sobre o impacto da largura dos assentos no nível de conforto de passageiros da classe econômica a bordo de voos de longo curso, pedindo que o setor de aviação defina uma largura mínima padrão de 18 polegadas (45,72 cm) para melhorar o conforto em viagens aéreas de longa distância. A pesquisa conduzida pela prática médica Harley Street do The London Sleep Centre, que utiliza polissonografia para registrar cada medição de sono fisiológico padrão – incluindo o monitoramento de ondas cerebrais, movimento dos olhos, abdômen, tórax, quadris e pernas – em alguns passageiros revelou que uma largura mínima de assento de 45,72 cm melhora a qualidade do sono dos passageiros em 53% quando comparada ao padrão de 17 polegadas (43,18 cm) implementado na década de 50. “A diferença foi significativa. Todos os passageiros tiveram noites de sono mais profundo, longo e menos perturbado nas poltronas de 45,72 cm. Eles passaram de um estágio do sono para o seguinte, da maneira esperada sob circunstâncias normais. Enquanto isso, na poltrona com assento mais estreito, de 43,18 cm, os passageiros foram afetados por vários incômodos durante o sono – o que significa que raramente tiveram um sono profundo restaurador. Quando se trata de voar longas distâncias na classe econômica, uma polegada faz uma diferença enorme no conforto dos passageiros”, comenta o doutor Irshaad Ebrahim, MBChB MRCPsych do The London Sleep Centre. O transporte aéreo mudou consideravelmente nos últimos 50 anos. Há mais passageiros voando mais para distâncias mais longas. Somente nos últimos cinco anos, o número de voos acima de 6 mil milhas náuticas (tempo de voo de mais de 13 horas) aumentou 70%, de 24 para 41 voos diários. Em 1998, não havia nenhum voo com mais de 7 mil milhas náuticas. Nos próximos 15 anos, o tráfego de passageiros duplicará e, até 2032, as companhias aéreas receberão mais de 29.220 novos aviões de passageiros e cargueiros. “Se o setor da aviação não se posicionar agora, colocaremos em risco o conforto dos passageiros até 2045 e no futuro – especialmente se levamos em conta os prazos de entrega de aeronaves combinados com os anos esperados em serviço, o que significa que mais uma geração de passageiros ficará condenada a assentos baseados em padrões obsoletos”, diz Kevin Keniston, chefe de Conforto de Passageiros da Airbus. A Airbus sempre manteve um padrão mínimo de 45,72 cm em suas cabines de classe econômica para voos de longo curso. Entretanto, outras fabricantes acabam com os padrões de conforto dos passageiros ao voltar aos assentos mais estreitos dos anos 50 para continuarem competitivas. Mudanças no Índice de Massa Corporal (IMC) e nas perspectivas de espaço pessoal estimularam outros setores, como os de lazer e automotivo, a repensar a largura dos assentos. Pesquisas recentes realizadas com passageiros de classe econômica de voos de longa distância em aeroportos internacionais revelaram que o conforto do assento agora é o critério mais importante ao reservar um voo de longa distância na classe econômica, mais até do que o horário do voo. “Nossa pesquisa não apenas revela que a largura do assento tem um impacto drástico no conforto dos passageiros, mas também que há um grupo crescente de passageiros exigentes na classe econômica que não estão preparados para aceitar assentos desconfortáveis de 43 cm em voos longos. Em vez disso, eles escolherão companhias aéreas que oferecem melhor conforto, frequentemente recorrendo à mídia social ou a websites especializados para determinar o valor real do assento. Felizmente, os passageiros atualmente têm escolha e estão escolhendo colocar o conforto em primeiro lugar. Estamos estimulando-os a ter consciência da diferença que uma polegada faz na classe econômica em voos de longa distância”, acrescenta Kevin Keniston.
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