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domingo, 14 de janeiro de 2024

Há 50 anos, começava a nascer o primeiro Fórmula 1 brasileiro*

"O automobilismo, assim como a vida, é cheio de surpresas, algumas ótimas e outras nem tão boas assim. Cada dia é diferente e pode mudar o curso das coisas.

Terminei o ano falando do Wilsinho Fittipaldi e me preparei para começar 2024 destacando mais um de seus feitos. Infelizmente, ele está lutando para permanecer conosco e eu desejo e rezo pela sua imediata e total recuperação.

Minha maneira de homenageá-lo é seguir destacando as suas realizações que mudaram e moldaram o automobilismo de competição nacional.

Nos primeiros dias de janeiro de 1974, o Jornal da Tarde publicou, com exclusividade, a primeira entrevista com os irmãos Wilson e Emerson Fittipaldi e os planos para criação da primeira equipe brasileira de Fórmula 1 e construção do primeiro modelo para disputar o campeonato mundial.

Na verdade, toda a história começou em agosto de 1973, quando descobri que Wilsinho tinha um plano de construir o primeiro carro brasileiro da Fórmula 1.

Fui à empresa dos Fittipaldi, no bairro de Santo Amaro, para tentar esclarecer a informação e fazer a pergunta sobre o projeto. Ao ouvir minha pergunta seu semblante ganhou a mescla de tons pálido e rubro pela surpresa inesperada o que aparentemente confirmava a notícia.

O projeto era ainda um segredo.

Depois de alguns segundos e refazendo-se da surpresa confirmou com o seguinte comentário que revelou o nível de amizade e respeito que sempre marcou o nosso relacionamento. “Se eu mentir para você, fico com cara de bosta e peço para me dar um tempo para oficializar a informação porque o principal patrocinador ainda avalia o nosso projeto. E eu garanto a você total prioridade para essa notícia”.

Considerei extremamente ousada a iniciativa e senti confiança pelo histórico dos irmãos Fittipaldi, esportistas marcados pelo espírito de pioneirismo.

A intenção deles era um grande e difícil passo porque enfrentariam equipes estruturadas, com longa história na categoria, vinculadas a poderosas e tradicionais fábricas de automóveis cujas engenharias desenvolviam as mais avançadas tecnologias para suas equipes de competição.

Na redação do jornal O Estado de S. Paulo, onde trabalhava, fui lembrando das iniciativas dos irmãos Fittipaldi no automobilismo brasileiro e o que já haviam realizado, além de serem grandes pilotos.

Lançaram o kart Mini, seguindo a ideia de Colin Chapman, que mudou a posição do banco da Lotus, em que o piloto passou a conduzir quase deitado, em vez de sentado, para acentuar a aerodinâmica do veículo; criaram o primeiro curso Bardahl de pilotagem do Brasil, formando muitos pilotos; construíram as primeiras rodas de magnésio no País, mais leves e resistentes para carros de corrida em parceria com a Italmagnésio.

Também lançaram o primeiro volante esportivo, com o nome de Fórmula 1; idealizaram a categoria Fórmula Vê, no Brasil, com a construção inicial de 25 unidades; produziram o Fusca bimotor, que foi pilotado por Wilson Fittipaldi Junior e, fecharam a sequência com a construção do protótipo Fitti-Porsche, na primeira obra de Ricardo Divila, engenheiro formado no ITA (Instituto de Tecnologia Aeronáutica).

E, um ano antes, em 1972, Emerson conquistara o primeiro título de campeão mundial da Fórmula 1, depois da iniciativa de desbravar o automobilismo europeu traçando o caminho que facilitou a invasão de brasileiros à Inglaterra em busca da oportunidade de chegar á categoria máxima das corridas de automóveis.

E mais, em 1974, ano em que estava sendo desenvolvido e construído o primeiro Fórmula 1 brasileiro, Emerson alcançava o seu segundo título de campeão mundial da Fórmula 1. Sem dúvida, ambos tinham um invejável e confiável histórico de realizações.

Aguardei até o final do ano, quando Wilsinho me chamou para uma reunião realizada no escritório da família Fittipaldi, onde me contou os planos e passos para a construção do primeiro carro brasileiro e a primeira equipe nacional da Fórmula 1.

Wilsinho informou que o projeto estava no início e que apenas algumas ideias estavam definidas: o carro seria brasileiro e projetado por Ricardo Divila, que foi o construtor do protótipo Fitti-Porsche. Também os irmãos Fittipaldi haviam decidido que o motor seria o Ford Cosworth DFV, câmbio Hewland, freios Varga-Girling e pneus Goodyear, todos importados por falta de fornecedores instalados no Brasil.

O chassi e a carenagem seriam construídos no Brasil com testes iniciais no túnel de vento a serem realizados pela Embraer. Durante o desenvolvimento do projeto o primeiro modelo, identificado como FD-01, entusiasmou o grupo por apresentar o menor arrasto aerodinâmico e provocar menos vácuo em comparação a um modelo de referência, características que o levaram a ser o modelo escolhido.

Além da coragem de produzir um carro para enfrentar os melhores pilotos do mundo e os melhores construtores, a equipe brasileira começou com Wilsinho Fittipaldi e depois Emerson e também abriu oportunidades para outros brasileiros, como Alex Dias Ribeiro, Francisco Serra e Ingo Hoffman, além dos estrangeiros Arturo Merzário, da Itália, e Keke Rosberg, da Finlândia.

Depois de quase um ano de trabalho, no 25 de outubro de 1974, o primeiro carro de Fórmula 1 brasileiro foi apresentado ao presidente da República, Ernesto Geisel, no Salão Negro do Congresso Nacional.

A apresentação do automóvel foi entusiasmante e também surpreendente, porque tinha uma bela carroceria, mais aerodinâmica que qualquer outro da categoria e com diversas inovações.

Foi uma noite memorável que entusiasmou até os jornalistas estrangeiros presentes e expressaram a surpresa que tiveram com um veículo muito bem planejado, de belo estilo, acabamento e concebido nos mínimos detalhes, incluindo muitas inovações para a segurança do piloto.

Outra providência acertada foi o desenho da formação da equipe de mecânicos, engenheiros e técnicos.



Apesar do nível dos profissionais selecionados, a equipe Copersucar Fittipaldi enfrentou dificuldades durante o período em que competiu, com desempenho acanhado em sua estreia em 1975 na Argentina e atingiu o melhor desempenho em 1978, com a conquista do segundo lugar por Emerson Fittipaldi, no Grande Prêmio Brasil, disputado no Rio de Janeiro, superando McLaren, Williams, Renault e Arrows no campeonato de construtores.

Apesar de muitos brasileiros guardarem na lembrança a imagem de que a equipe brasileira não teve desempenho relevante na Fórmula 1, pois só aceitam vitórias e títulos, a equipe de Wilsinho e Emerson alcançou feitos consideráveis.

Na temporada de 1980, por exemplo, o time brasileiro terminou o campeonato em oitavo lugar com onze pontos, enquanto a Ferrari ficou em decimo lugar com apenas oito pontos. Dois anos antes, a equipe ficou na frente de McLaren, Williams, Renault e Arrows no Mundial de Construtores. Emerson Fittipaldi, que passou a competir pela Copersucar em 1976, marcou um ponto a menos que o canadense Gilles Villeneuve, da Ferrari.



Nas oito temporadas que disputou, a Copersucar-Fittipaldi acumulou 44 pontos em 104 GPs. Foram três pódios, o mais comemorado deles em 1978, o segundo lugar de Emerson no Rio de Janeiro com o modelo F5A. Nenhuma vitória, mas pontuou 19 vezes, numa época em que apenas os seis primeiros pontuavam.

Para comparar: a Jaguar encerrou suas atividades em 2004 com 49 pontos e dois pódios em 85 GPs. Era a equipe oficial da Ford. A Prost somou 35 pontos em 83 corridas, também com três pódios. A Sauber, anunciada este ano como Stake F1 Team Kick Sauber, ingressou na categoria em 1993 e, nesses 30 anos, conquistou apenas 10 pódios em 373 largadas. Pelos padrões vigentes, pois, a Copersucar-Fittipaldi, hoje, se mantivesse o mesmo desempenho de sua época, estaria ranqueada facilmente entre as chamadas equipes intermediárias.

Nos seus oito anos de vida, a Copersucar-Fittipaldi teve na sua folha de pagamento, além do bicampeão Emerson, o projetista Adrian Newey, hoje chefe-técnico da Red Bull e com passagens na Williams e McLaren, Keke Rosberg, que seria campeão pela Williams em 1982, Harvey Postlethwaite, projetista que depois trabalhou na Ferrari e na Tyrrell, e Jo Ramirez, uma espécie de faz-tudo que teve papel importante na logística da McLaren nos anos 80 e 90.

Melhores resultados

Segundo lugar de Emerson Fittipaldi no Grande Prêmio do Brasil de 1978 e dois terceiros lugares: Keke Rosberg no GP da Argentina e Emerson Fittipaldi no GP do Oeste dos Estados Unidos, ambos na temporada de 1980."

(*Por Luiz Carlos Secco)

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Tributo a Ayrton Senna agitou São Paulo

O F1 Festival – Senna Tribute foi organizado para homenagear o tricampeão de Fórmula 1, o brasileiro Ayrton Senna, no último dia 9 de novembro, cerca de uma semana antes do Grande Prêmio de Interlagos. A etapa brasileira do Campeonato Mundial de Fórmula 1 que acontecerá neste domingo (17) será a penúltima prova da temporada 2019.







A Mercedes veio com o modelo 2018












Felipe Massa dirigiu a Toleman que foi de Ayrton Senna. 





A Equipe Renault de F1 participou do F1 Festival – Senna Tribute com a nova promessa das pistas e piloto da Renault Sport Academy, o paulistano Caio Collet, que deu um show ao volante do carro de Fórmula 1 equipado com o motor E20 da Renault. Caio pilotou o carro de Fórmula 1 com a configuração do campeonato de 2012.

Emerson Fittipaldi e a Lotus de Senna também foram atrações do evento.

(Fotos: João Tilki)

sábado, 10 de outubro de 2015

Emerson Fittipaldi anuncia campeonato virtual de pilotos no jogo Forza Motorsport 6

Emerson Fittipaldi, bicampeão de Fórmula 1, trouxe uma nova esperança para os talentosos gamers apaixonados por automobilismo. Com a chegada do Forza Motorsport 6, que une mais de 450 carros e pistas ultrarrealistas, Emerson comandará o Fittipaldi Race Challenge 2015, um reality show que buscará novos talentos automobilísticos em todas as regiões do Brasil, através de vários desafios que começam no mundo virtual e terminam na vida real. “Iremos selecionar os melhores gamers de cada região através de simuladores. Depois disso, eles irão competir em carros de verdade. Estou muito empolgado e com certeza iremos revelar grandes pilotos”, completa Emerson Fittipaldi.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

McLaren comemora 40 anos do primeiro título da F1 com Emerson Fittipaldi

Acontece, de 26 a 29 de junho, o tradicional Festival de Velocidade de Goodwood, na Inglaterra. Além dos tradicionais desfiles, esta edição homenageará a McLaren, que completa 40 anos do seu primeiro título na Fórmula 1, em 1974, sob o comando de Emerson Fittipaldi, pilotando o famoso modelo M23 vermelho e branco. A McLaren tornou-se, através do tempo, uma marca de muito prestígio e tradição no automobilismo. Em sua trajetória, já passaram pela equipe os pilotos mais experientes do mundo, como os brasileiros Emerson Fittipaldi e Ayrton Senna, juntamente de nomes como James Hunt, Alain Prost, Niki Lauda, Mika Häkkinen e Lewis Hamilton. Além disso, a equipe será representada no festival por Jenson Button e outros carros que fazem parte da história da McLaren, como o MP4/2, do terceiro título de Niki Lauda em 1984, e o carro de 2011, o MP4-26. Emerson Fittipaldi também dará três voltas de demonstração no dia 06 de julho, em Silverstone, para comemorar a 50ª edição do GP, juntamente com o feito de 40 anos do primeiro campeonato mundial em 1974. "A McLaren significa muito para mim. Ganhamos o campeonato na primeira tentativa. Lembro-me como se fosse hoje da minha vitória no Grande Prêmio da Inglaterra em Silverstone no M23. Foi a primeira vez que o início de um Grand Prix utilizou um sistema luzes. A corrida foi muito disputada e graças a uma chuva típica de verão inglês me ajudou a ganhar a corrida. Eu vi as nuvens e usei meu conhecimento local para utilizar pneus de chuva mais cedo. Esta foi a minha última vitória na Fórmula 1, no mesmo circuito onde eu dirigi um F1 pela primeira vez. Silverstone é muito especial para mim", relata o bicampeão Emerson Fittipaldi.

domingo, 22 de abril de 2012

Emerson Fittipaldi inaugura sua segunda loja Kawasaki

 Há dois anos, Emerson Fittipaldi lançou sua primeira concessionária Fittipaldi Kawasaki na Rua Guaicurus, 338, Lapa, em São Paulo. O negócio prosperou rapidamente, sua concessionária tornou-se a líder de vendas no Brasil e o campeão decidiu investir no ABC por acreditar muito na economia dinâmica e sinérgica da região. Fittipaldi sempre acreditou na qualidade, performance e resistência dos produtos Kawasaki, desde o lançamento da lendária Ninja. Todos os estilos de motos fabricados pela marca, em diferentes categorias, sempre estiveram entre os melhores do mundo. A concessionária vende as motos da Kawasaki e todos os acessórios relacionados ao esporte como jaquetas, capacetes, botas, meias, entre outros. A loja ainda comercializa os produtos licenciados pelo piloto, como os óculos Evoke, que remetem ao modelo utilizado pelo campeão na década de 70 e o relógio oversize da TW Steel Emerson Fittipaldi, disponível em 45mm (TW609) e 48 milímetros (TW610) - edição concebida em conjunto com Fittipaldi. “Comecei minha carreira no motociclismo, e o amor que tenho pelo esporte não poderia me deixar longe desse universo. A ideia de inaugurar uma loja da Kawasaki era um projeto antigo. A concessionária da Lapa foi uma das primeiras concessões aprovadas pela subsidiária brasileira da Kawasaki Heavy Industries do Japão, quando os produtos de consumo da Kawasaki - motocicletas - começaram a ser oficialmente introduzidos no Brasil. O negócio deu tão certo que me senti motivado a abrir a segunda loja. Estou entusiasmado e cheio de expectativas”, comenta Fittipaldi. Em 2011, Fittipaldi lançou a Kawasaki Fittipaldi World Champion Edition, que foi concebida pela marca, piloto e sua equipe da concessionária. Este lançamento faz parte do Projeto Emerson Fittipaldi 40 anos - o Brasil há 40 anos no Alto do Pódio, que comemora o quadragésimo aniversário de sua primeira vitória na Fórmula 1, em Watkins Glen, nos Estados Unidos, com a Lotus 72, e se encerra este ano, quando Emerson celebra os 40 anos de seu primeiro campeonato na F1, conquistado no circuito de Monza. A Fittipaldi World Champion Edition foi inspirada na legendária Lotus 72 John Player Special, com a qual Fittipaldi conquistou o primeiro título mundial do Brasil na Formula 1. A edição especial mantém as mesmas especificações técnicas da Kawasaki Ninja ZX-10R original, porém com pintura especial preta com filetes dourados, além de acessórios personalizados. A moto é uma edição limitada de apenas 50 unidades, que serão numeradas, certificadas e assinadas uma a uma por Emerson Fittipaldi, tornando-as peças de colecionador. A concessionária Kawasaki Fittipaldi está oferecendo gratuitamente aos compradores da Kawasaki Fittipaldi World Champion Edition um curso de pilotagem, ministrado por Bruno Corano e sua equipe da Motoschool, principal escola de pilotagem de motos do Brasil. A teoria e a prática serão apresentadas em um único dia, com duração de oito horas, no Autódromo de Interlagos. A Motoschool promoverá técnicas de pilotagem de motos esportivas, com foco tanto em performance como em segurança, para que os pilotos da Kawasaki Fittipaldi World Champion Edition possam explorar ao máximo essa máquina exclusiva. A concessionária Fittipaldi Kawasaki ABC fica à Av. Caminho do Mar, 2.302 - Rudge Ramos - São Bernardo do Campo – SP.