A Airbus apresentou a imprensa nesta quarta-feira (28), seus previsões para a América Latina e o Brasil para os próximos 20 anos.
A expectativa é que nos próximos vinte anos a América Latina passe de 940 aviões em serviço em 2008, para mais de 2.100 em 2028, um crescimento de 125% no período. O que representa um potencial de negócio superior a US$ 163 bilhões, baseado nos valores atuais de taebela.
A Airbus acredita que a América Latina deverá absorver 1.340 aviões narrowbody, 323 widebody e até vinte A380.
O aumento na demanda por novas aeronaves é o resultado do forte crescimento de tráfego de passageiros na região. O transporte aéreo ainda é emergente em 85% do mundo, onde a América Latina espera um aumento de 5,9% na taxa média de crescimento anual de faturamento RPK (passageiros/quilômetro transportado) por empresa aérea entre 2009 e 2014.
Neste contexto, as empresas aéreas brasileiras vão precisar de 510 novos aviões com mais de 100 lugares até 2028 para suprir a demanda do crescimento do tráfego aéreo e também para a reposição de aeronaves. Além disso, espera-se que o crescimento do tráfego aéreo na América Latina ultrapasse a média global nos próximos 20 anos, com a liderança regional do Brasil.
Segundo a mais recente Previsão de Mercado Global da Airbus, a frota brasileira de aeronaves para passageiros com mais de 100 lugares deve mais que dobrar nos próximos 20 anos, aumentando de 248 aeronaves em serviço em 2008 para 592 em 2028, um crescimento de 139%. Isso representa aproximadamente US$ 59,4 bilhões baseado na lista de preços atuais.
O estudo aponta que a nova frota incluirá aproximadamente 365 aviões narrowbody, 136 widebody, além de nove A380.
“As viagens aéreas têm conseguido superar obstáculos no Brasil,” afirmou Rafael Alonso, Vice Presidente Sênior da Airbus para América Latina e Caribe. “O tráfego aéreo no Brasil está atualmente 36% acima dos níveis atingidos no ano 2000, período no qual o tráfego de voos domésticos quase dobrou.”
A Airbus afirma que mesmo antes dos Jogos da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, o Brasil apresentará um crescimento constante de tráfego aéreo. Além disso, é historicamente comprovado que os países emergentes contam com o crescimento contínuo do turismo antes, durante e após eventos esportivos globais.
“O mercado de aviação no Brasil está crescendo como um todo, onde continuará sendo necessária a adição de aviões de maior capacidade, que possibilitem um custo por assento menor”, avaliou Alonso.
A Airbus tem vivido seu período de maior sucesso na América Latina nos últimos cinco anos, com 300 aviões vendidos e uma carteira de pedidos recorde de mais de 200 encomendas a serem entregues aos seus clientes latino-americanos. Atualmente quase 370 aviões Airbus voam com 22 empresas aéreas latino-americanas, representando 42% da frota em serviço.
Mesmo mantendo hoje uma ligeira vantagem em relação ao número de entregas sobre a Boeing, a Airbus acredita que o mercado latino deverá ficar equilibrado, com leves variações entre a participação de ambos os fabricantes.
O estudo atual mostra-se ainda mais otimista do que aquele apresentado em outubro do ano passado, durante o Fórum da ALTA em Cartagena, na Colômbia, onde a empresa fazia previsões mais ponderadas para o crescimento da região.
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