terça-feira, 4 de maio de 2010

United e Continental anunciam fusão



Os Conselhos de Administração da Continental Airlines e da United Airlines anunciaram que chegaram a um acordo definitivo para sua fusão, em uma operação avaliada em mais de US$ 3 bilhões que criará a maior companhia aérea do mundo, com uma rede global de 370 destinos. A fusão entre iguais, realizada apenas por meio de trocas de ações, será baseado em uma troca de ações sem prêmios.

Glenn Tilton, presidente do Conselho, presidente e CEO da UAL Corporation, será o presidente não executivo do Conselho de Direção da empresa combinada até 31 de dezembro de 2012 ou o segundo aniversário do encerramento, o que ocorrer mais tarde. Jeff Smisek, presidente do Conselho, presidente e CEO da Continental, será o CEO e terá uma cadeira no Conselho de Direção. Ele também passará a ser presidente executivo do Conselho quando Tilton deixar de ser o presidente não executivo do Conselho.

A organização combinada aproveitará o atual grupo de executivos das duas empresas e os ocupantes dos principais cargos de direção serão determinados antes do encerramento da transação. A intenção é que as duas empresas contribuam com números aproximadamente iguais de executivos. Além de Smisek e Tilton, o Conselho de Direção, formado por 16 membros, incluirá seis diretores independentes de cada uma das empresas e os dois diretores de sindicatos exigidos pelos estatutos da United.

A empresa holding da nova instituição se chamará United Continental Holdings, Inc., e o nome da empresa aérea será United Airlines.

O marketing será uma combinação das marcas das duas empresas. Os aviões usarão o desenho, o logotipo e as cores da Continental e o nome da United. O slogan da campanha do anúncio será “Let1s Fly Together” (Vamos Voar Juntos).

A sede corporativa e operacional da nova empresa será em Chicago e ela manterá uma presença significativa em Houston, que será o maior centro de conexões da empresa combinada. O CEO terá gabinetes em Chicago e em Houston.

A nova empresa será aproximadamente 8% maior que a Delta Air Lines e terá 21% do mercado americano, contra os 20% que a Delta alcançou após a aquisição da Northwest Airlines em 2008. Juntas, a Continental e a United transportam mais de 144 milhões de passageiros por ano.



A empresa terá dez centros de conexões, inclusive centros situados nas quatro maiores cidades dos Estados Unidos, e oferecerá um serviço mais amplo a comunidades de pequeno e médio porte.

Estima-se que a nova terá um faturamento de aproximadamente US$ 29 bilhões por ano, com base nos resultados financeiros de 2009, e um saldo de caixa sem restrições de cerca de US$ 7,4 bilhões, baseado nos dados do fim do primeiro trimestre de 2010, incluindo uma transação financeira recentemente concluída pela United.

Espera-se que a fusão resulte em sinergias líquidas de entre US$ 1,0 bilhão e US$ 1,2 bilhão por ano por volta de 2013, incluindo um aumento de entre US$ 800 milhões e US$ 900 milhões no faturamento anual.

Espera-se também que a empresa combinada obtenha entre US$ 200 milhões e US$ 300 milhões em sinergias líquidas em custos por volta de 2013. As despesas unitárias relacionadas com a transição deverão atingir o total de aproximadamente US$ 1,2 bilhão, distribuídas por um período de três anos.

Na fusão, os acionistas da Continental receberão 1,05 ação ordinária da United para cada ação ordinária da Continental em seu poder. Os acionistas da United terão aproximadamente 55% das ações da nova empresa e os acionistas da Continental, cerca de 45%, incluindo os títulos conversíveis em dinheiro na forma acertada anteriormente.

Em uma mensagem aos pilotos da United, o sindicato da categoria informava no último domingo que os diretores sindicais "estão totalmente preparados para proteger e defender os interesses de todos os pilotos da United".

Embora a fusão tenha sido aprovada por unanimidade pelos conselhos de direção das duas empresas, está condicionada à aprovação pelos acionistas, autorização dos órgãos reguladores e condições de encerramento normais. A expectativa é completar a transação no quarto trimestre de 2010.

Esta é a terceira grande fusão nos Estados Unidos na última década, tendo inicio com a compra da TWA pela American Airlines, seguida pela fusão entre a Delta Air Lines e a Northwest Airlines.

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