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domingo, 4 de novembro de 2018

'Uma Grande Companhia Aérea' 10 anos depois: a fusão que preparou a ascensão da Delta no setor

Pegue duas companhias aéreas em dificuldades, junte as duas durante uma crise econômica épica e o que você tem? Uma potência global – a companhia aérea líder do setor e uma das marcas mais admiradas e relevantes do mundo. Dez anos após a aprovação final da fusão da Delta e Northwest, em 29 de outubro de 2008, ficou claro que a união entre as duas companhias aéreas se transformou em uma força preparada para continuar liderando o setor a longo prazo.

Ed Bastian, CEO da Delta, se tornou Presidente da Delta em 2008 e ajudou a liderar a transição como o último CEO da Northwest.

"Juntas, as pessoas da Delta e da Northwest criaram uma marca global que hoje representa o que há de melhor em excelência operacional, experiência do cliente e paixão por servir os clientes", disse Bastian recentemente. "Continuamos construindo essa base forte todos os dias. Nosso pessoal realiza coisas que eram inimagináveis há 10 anos, e o melhor ainda está por vir."

Quando a integração foi concluída, a fusão das redes da Delta e da Northwest combinou a força da Delta no Sul e Nordeste e na Europa com a presença da Northwest no Centro-Oeste, Canadá e Ásia, mantendo a concorrência e melhorando as opções para o cliente. E a Northwest trouxe sua reputação de excelência operacional para a Delta conhecida por seus serviços, hospitalidade e cultura. Enquanto isso, a Delta manteve suas promessas de que a companhia aérea permaneceria com o nome Delta, que manteria sua sede em Atlanta e que não haveria licenças involuntárias. No longo prazo, a fusão forneceu à nova Delta o escopo e a escala para criar um negócio duradouro, capaz de investir em pessoas, produtos, serviços, comunidades e acionistas.

Modelo para o setor

A fusão se tornou um modelo para o setor e mostrou que a consolidação pode ser boa para os funcionários, os consumidores e o próprio setor.

Aspectos que devem ser levados em conta:

Os investimentos da Delta na experiência a bordo – que incluem cardápios elaborados por chefs famosos e entretenimento gratuito durante o voo – estão definindo o padrão do setor. Sua principal aeronave A350 e a novo A220 fazem parte de uma renovação constante da frota que continua melhorando o conforto e a eficiência do combustível.

As equipes de operações da companhia aérea estabeleceram um novo padrão de confiabilidade, quebrando recordes contínuos de dias sem cancelamento de voo e aumentando as taxas de chegada pontual. Gil West, vice-presidente executivo sênior e diretor de operações, liderou a integração de serviços a clientes e aeroportos da fusão entre a Delta e a Northwest.

"O que nosso pessoal fez para melhorar nosso desempenho operacional nos últimos 10 anos transformou nosso negócio aos olhos dos clientes", disse West. "Estamos atendendo e até mesmo superando as expectativas dos clientes de uma forma que é referência no setor, e tudo isso devido ao incrível trabalho das pessoas da Delta."

A fusão serviu de trampolim para o crescimento global da Delta. As joint ventures das companhias aéreas e as parcerias de capital se multiplicaram de apenas uma em 2008 – com a Air France – para mais de seis, com a Delta oferecendo agora aos clientes conexões fáceis para centenas de destinos na Europa, Ásia e América Latina. Enquanto isso, em comparação com a American e a United, a Delta foi a única companhia aérea a aumentar em 11% seus voos internacionais de longa distância entre 2007 e 2017.

A Delta investiu US$ 7 bilhões em infraestrutura aeroportuária e US$ 12 bilhões serão investidos nos próximos cinco anos. Os investimentos permitirão à Delta criar aeroportos do futuro em Nova York, Atlanta, Seattle, Salt Lake City e Los Angeles. A participação nos lucros resultou em pagamentos recordes para o pessoal da Delta, com mais de US$ 6 bilhões distribuídos, um feito que nenhuma outra empresa realizou. A remuneração média aumentou 80% desde a fusão. Enquanto isso, a cultura focada nas pessoas da companhia aérea prosperou, permanecendo a base de sua atuação.

"Um dos pilares que definimos era que a fusão seria com e pelas nossas pessoas, não paraelas", disse Bastian. "Então colocamos o nosso pessoal no centro do negócio e usamos isso como guia. Quando chegamos a uma encruzilhada, mantivemos o nosso pessoal em primeiro lugar e no centro da nossa tomada de decisões, fornecendo a eles as ferramentas necessárias para chegar ao sucesso. Eles absorveram isso e atuaram com essa ideia. É por isso que eles são os melhores."

Joanne Smith, Diretora de Recursos Humanos, disse que a tarefa exigia humanidade e confiança.

"Juntos, sabíamos que poderíamos ser mais fortes", disse ela. "Como líderes, precisávamos ser abertos e transparentes e informar a todos que seria difícil, mas que se seguíssemos nossos valores, tudo daria certo. Adotamos a liderança servidora e o relacionamento afetuoso com os funcionários. E, por fim, o sucesso veio porque um confia no outro."

"Uma Grande Companhia Aérea"

O mantra foi "Uma Grande Companhia Aérea" (One Great Airline), e esse espírito guiou a empresa resultante da fusão.

Seth Kaplan, editor da Airline Weekly, disse que os líderes de fusões corporativas geralmente falam que vão unir o melhor das duas empresas. "É fácil dizer, mas é difícil de fazer. Neste caso, eles realmente fizeram isso", disse Kaplan em uma entrevista.

A fusão entre a Delta e a Northwest foi a primeira de uma rodada de consolidação que aprovou as fusões entre a American e a US Airways, a United e a Continental, a Southwest e a AirTran, e a Alaska e a Virgin America. Kaplan diz que havia companhias aéreas demais em 2008, e todas estavam muito preocupadas com a sobrevivência e, por isso, não investiam em seus funcionários, produtos ou serviços.

"Agora, o setor de companhias aéreas dos Estados Unidos se parece mais com os outros setores, isto é, com três ou quatro fornecedores dominantes. Isso é bom, pois equilibra os interesses dos acionistas, consumidores e funcionários", disse Kaplan.

A Delta e a Northwest buscaram uma integração agressiva em tudo, desde programas de fidelidade até a categoria dos funcionários.

"Em outubro de 2008, tínhamos uma tarefa extremamente complexa para realizar, reunindo duas companhias aéreas orgulhosas, enquanto o setor nos observava", disse o presidente da Delta, Glen Hauenstein. "O nosso pessoal arregaçou as mangas e construiu uma marca com mais sucesso do que qualquer um pudesse prever. O fato de que os clientes em números recordes agora pagam regularmente um valor especial para voar conosco é uma prova dos produtos e serviços superiores fornecidos pela Delta. Este é um feito incrível e todas as nossas 80 mil pessoas devem se orgulhar do ponto onde chegamos."

Steve Sear, Executivo da Northwest em 2008 que agora atua como Presidente - Internacional e Vice-Presidente Executivo – Vendas Globais da Delta, disse que, como muitos funcionários da Northwest, ele ficou um pouco nervoso com a notícia da fusão, mas muito empolgado.

"A empolgação foi porque estávamos prestes a ter, pela primeira vez, o tamanho e a escala para claramente vencer a concorrência", disse ele. "E isso aconteceu por alguns motivos principais. Primeiro, ouvimos nossos clientes para que pudéssemos entregar o que eles queriam e precisavam. Tão importante quanto isso, ouvimos as nossas pessoas. Ajudamos a elaborar um caminho para o sucesso e eles abriram esse caminho, trabalhando como uma só equipe."

"A diferença estava nas pessoas"

Mesmo antes da fusão se tornar oficial, os funcionários dos hubs das duas companhias aéreas se conectaram em sessões de apresentação. Depois que a fusão foi confirmada, todas as estações do novo sistema da Delta fizeram comemorações em que os funcionários aplaudiam uns aos outros usando camisetas com a frase "One Great Airline". Ed e o então CEO Richard Anderson enviaram uma nota pessoal de agradecimento a todos os funcionários.

No início de outubro, a Delta divulgou a receita ajustada antes dos impostos do trimestre de setembro de 2018 de US$ 1,6 bilhão, apesar da força negativa do aumento nos preços dos combustíveis. Em 2015, a Delta obteve lucros históricos que eram inimagináveis antes de 2008. E a companhia aérea conquistou agora classificações de crédito com grau de investimento de todas as três agências.

"A fusão permitiu a nossa preparação para algo novo e incrível: investir nos negócios, nos nossos funcionários e proprietários de uma maneira até então impossível", disse o CFO Paul Jacobson.

Especialistas do setor concordam que, apesar dos pequenos desafios, a fusão entre a Delta e a Northwest estabeleceu um padrão que as fusões de companhias aéreas lutam para igualar. Os líderes da Delta que viveram a transição indicam que o sucesso se deve às forças de trabalho.

"A diferença da fusão entre e Delta e a Northwest foi o pessoal", disse Jacobson. "Foi o fato de que todos nós estávamos unidos para atingir o objetivo comum de servir nossos clientes e fazer isso de forma lucrativa, e o resto veio como consequência."

domingo, 13 de setembro de 2015

Primeiro Boeing 747-400 faz seu último voo histórico

A Delta aposenta a primeira aeronave Boeing 747-400 já construída por uma companhia aérea comercial após o seu último voo de Honolulu para Atlanta. O Ship 6301 da Delta fez seu primeiro voo com a Northwest Airlines em dezembro de 1989 e já voou por mais de 61 milhões de milhas, o suficiente para fazer 250 viagens da Terra à Lua. Após um tempo, a Northwest se uniu à Delta. Conhecida como a "Rainha dos céus", o 747 é uma das aeronaves mais populares e reconhecíveis no mundo hoje. Quando o primeiro 747 fez seu primeiro voo comercial há 45 anos, os críticos diziam que a aeronave iria em breve tornar-se obsoleta pois os designers acreditavam que aeronaves supersônicas tomariam controle dos céus. No entanto, o jato jumbo de quatro motores revolucionou a indústria com a sua capacidade excepcional de longa distância de voo e seu enorme tamanho, quase três vezes maior do que o maior avião que tinham naquele momento. O 747 marcou o início de uma nova era de viagens internacionais de luxo e, em determinado momento, apresentou recursos como escadas em espiral para o convés superior e piano bares. O aprimorado 747-400 contou com um novo cockpit de vidro, tanques de combustível da cauda, motores avançados e um novo interior. O modelo 747-400 é chamado de jumbo "high-tech" para distinguir suas características avançadas de seu antecessor, o "jumbo clássico" das séries -100 a -300. Os 747-400s voaram dos EUA para diversos destinos de longo curso incluindo Amsterdam, Tel Aviv, Honolulu, Xangai, Seul, Tóquio e Manila durante os últimos 26 anos. Como a Delta continua a modernizar a sua frota e melhorar a sua rede no Pacífico, a companhia planeja aposentar os doze 747s restantes em sua frota até 2017 substituindo-os por aeronaves menores e mais eficientes em termos de combustível. Isso permitirá à companhia aérea operar em uma ampla variedade de rotas, especialmente nos mercados asiáticos. O último voo do Ship 6301 foi o 836. Decolou de Honolulu pontualmente, enquanto toda a equipe Delta assistia sua adorada aeronave. Na sequência do seu último voo, o Ship 6301 foi recebido em casa, em Atlanta, no início da manhã. O piloto-chefe do 747 da Delta, Steve Hanlon, disse que o 747-400 era carinhosamente conhecido entre os pilotos como "A Baleia". "Mesmo sendo tão grande, a Baleia era uma aeronave surpreendentemente manobrável e rápida, normalmente viajando com a velocidade do som de 0,86, com cerca de 400 pessoas a bordo." Após a sua aposentadoria, o Ship 6301 está programado para ter uma viagem final no início de 2016 para o Museu de Aviação da Delta onde ele vai se tornar a mais recente aeronave a ser exposta.

terça-feira, 4 de maio de 2010

United e Continental anunciam fusão



Os Conselhos de Administração da Continental Airlines e da United Airlines anunciaram que chegaram a um acordo definitivo para sua fusão, em uma operação avaliada em mais de US$ 3 bilhões que criará a maior companhia aérea do mundo, com uma rede global de 370 destinos. A fusão entre iguais, realizada apenas por meio de trocas de ações, será baseado em uma troca de ações sem prêmios.

Glenn Tilton, presidente do Conselho, presidente e CEO da UAL Corporation, será o presidente não executivo do Conselho de Direção da empresa combinada até 31 de dezembro de 2012 ou o segundo aniversário do encerramento, o que ocorrer mais tarde. Jeff Smisek, presidente do Conselho, presidente e CEO da Continental, será o CEO e terá uma cadeira no Conselho de Direção. Ele também passará a ser presidente executivo do Conselho quando Tilton deixar de ser o presidente não executivo do Conselho.

A organização combinada aproveitará o atual grupo de executivos das duas empresas e os ocupantes dos principais cargos de direção serão determinados antes do encerramento da transação. A intenção é que as duas empresas contribuam com números aproximadamente iguais de executivos. Além de Smisek e Tilton, o Conselho de Direção, formado por 16 membros, incluirá seis diretores independentes de cada uma das empresas e os dois diretores de sindicatos exigidos pelos estatutos da United.

A empresa holding da nova instituição se chamará United Continental Holdings, Inc., e o nome da empresa aérea será United Airlines.

O marketing será uma combinação das marcas das duas empresas. Os aviões usarão o desenho, o logotipo e as cores da Continental e o nome da United. O slogan da campanha do anúncio será “Let1s Fly Together” (Vamos Voar Juntos).

A sede corporativa e operacional da nova empresa será em Chicago e ela manterá uma presença significativa em Houston, que será o maior centro de conexões da empresa combinada. O CEO terá gabinetes em Chicago e em Houston.

A nova empresa será aproximadamente 8% maior que a Delta Air Lines e terá 21% do mercado americano, contra os 20% que a Delta alcançou após a aquisição da Northwest Airlines em 2008. Juntas, a Continental e a United transportam mais de 144 milhões de passageiros por ano.



A empresa terá dez centros de conexões, inclusive centros situados nas quatro maiores cidades dos Estados Unidos, e oferecerá um serviço mais amplo a comunidades de pequeno e médio porte.

Estima-se que a nova terá um faturamento de aproximadamente US$ 29 bilhões por ano, com base nos resultados financeiros de 2009, e um saldo de caixa sem restrições de cerca de US$ 7,4 bilhões, baseado nos dados do fim do primeiro trimestre de 2010, incluindo uma transação financeira recentemente concluída pela United.

Espera-se que a fusão resulte em sinergias líquidas de entre US$ 1,0 bilhão e US$ 1,2 bilhão por ano por volta de 2013, incluindo um aumento de entre US$ 800 milhões e US$ 900 milhões no faturamento anual.

Espera-se também que a empresa combinada obtenha entre US$ 200 milhões e US$ 300 milhões em sinergias líquidas em custos por volta de 2013. As despesas unitárias relacionadas com a transição deverão atingir o total de aproximadamente US$ 1,2 bilhão, distribuídas por um período de três anos.

Na fusão, os acionistas da Continental receberão 1,05 ação ordinária da United para cada ação ordinária da Continental em seu poder. Os acionistas da United terão aproximadamente 55% das ações da nova empresa e os acionistas da Continental, cerca de 45%, incluindo os títulos conversíveis em dinheiro na forma acertada anteriormente.

Em uma mensagem aos pilotos da United, o sindicato da categoria informava no último domingo que os diretores sindicais "estão totalmente preparados para proteger e defender os interesses de todos os pilotos da United".

Embora a fusão tenha sido aprovada por unanimidade pelos conselhos de direção das duas empresas, está condicionada à aprovação pelos acionistas, autorização dos órgãos reguladores e condições de encerramento normais. A expectativa é completar a transação no quarto trimestre de 2010.

Esta é a terceira grande fusão nos Estados Unidos na última década, tendo inicio com a compra da TWA pela American Airlines, seguida pela fusão entre a Delta Air Lines e a Northwest Airlines.