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quinta-feira, 20 de março de 2025

Caça Gripen é testado em condições extremas com cargas externas


A campanha realizada em Anápolis (GO), em fevereiro, marcou mais uma etapa da transferência de tecnologia, com a participação de profissionais brasileiros e suecos para analisar o desempenho do caça em alta temperatura e altitude.

Ao longo de cinco dias, o Gripen 4100, utilizado pelo Centro de Ensaios em Voo do Gripen (GFTC) no Brasil, operou a partir da Base Aérea de Anápolis, cumprindo mais uma importante etapa de testes.

Dessa vez, o objetivo era garantir que o caça pudesse realizar missões no calor de 32ºC e a 1.100 metros acima do nível do mar com cargas extras. Para isso, a aeronave foi equipada com dois tanques de combustível sob as asas, com capacidade de 1.100 litros cada, além de dois mísseis ar-ar guiados por infravermelho de curto alcance Diehl IRIS-T e dois mísseis de longo alcance MBDA Meteor.


“No total, realizamos 14 missões de 35 minutos cada, 62 pousos e oito reabastecimentos em terra com o motor ligado para ganhar eficiência. Nosso objetivo era criar um cenário em que a aeronave estivesse muito carregada, em um ambiente quente e alto, aproximando-se para o pouso com uma curva aberta e alinhando-se à pista curta pouco antes do pouso”, explicou Jonas Petzén, chefe de testes de voo da Saab.

Os primeiros voos foram feitos sem nenhuma carga externa e, a partir daí, o peso do caça foi aumentado gradativamente, com a colocação de mísseis ar-ar e abastecendo gradualmente os tanques externos. “Já fizemos testes em ambientes quentes, secos e úmidos antes, em Anápolis e Belém, mas com foco em testes ambientais, ou seja, se o Gripen poderia suportar calor e umidade extremos. Agora, verificamos a qualidade do voo e a capacidade de manobra do ponto de vista do piloto”, acrescentou Petzén.

Os testes são mais uma prova prática de que o caça Gripen está preparado para operar em qualquer ambiente e clima, seja na Suécia, no Brasil ou em qualquer outro lugar do mundo.

“Provocamos o sistema de controle de voo do Gripen, fazendo correções bruscas na fase final antes do touchdown, confirmando as respostas esperadas da aeronave e atendendo aos requisitos nesse sentido. Dessa forma, testamos o desempenho do sistema de controle de voo, do motor e do sistema de freios com grande peso de pouso nesse ambiente”, explicou André Brännström, piloto de testes da Saab.

A campanha envolveu aproximadamente 22 pessoas, sendo sete profissionais da Saab e 15 da Embraer, incluindo técnicos, engenheiros de instrumentos de voo, engenheiros de voo, pilotos de teste de voo e gerentes de campanha.

sábado, 28 de setembro de 2024

Força Aérea Brasileira recebe novo caça F-39 Gripen

O caça F-39 Gripen 4108 chegou ao Porto de Navegantes com o navio Heerengracht – bandeira Holandesa em 23 de setembro. A aeronave foi transportada para o Aeroporto de Navegantes na madrugada de 24 de setembro, de onde foi preparada para o voo.

O percurso de Navegantes até a cidade de Anápolis, na região metropolitana de Goiás, teve duração de 1 hora e 21 minutos. O caça foi conduzido pelo piloto de testes do Instituto de Pesquisas e Testes da Força Aérea Brasileira, Tenente-Coronel Cristiano de Oliveira Perez e pousou às 16h48 desta quinta-feira, aos 34º graus.

Este é o oitavo caça Gripen E operacional entregue pela Saab à Força Aérea Brasileira. O modelo monoposto foi produzido na Suécia, conforme contrato firmado entre o país e o governo brasileiro.

Enquanto isso, o primeiro caça Gripen E em produção no Brasil está na fase de montagem final da fábrica da Embraer, em Gavião Peixoto.


domingo, 16 de junho de 2024

Primeiro F-39 Gripen produzido no Brasil avança para a montagem final

A linha de produção do Gripen E no Brasil alcançou um marco importante após um ano da inauguração: a primeira aeronave concluiu a fase inicial de produção e agora entra na montagem final.

“Esta é uma conquista significativa tanto para a Saab quanto para a Embraer, uma vez que o primeiro caça Gripen produzido no Brasil chega à fase final de montagem”, afirmou Hans Sjöblom, gerente geral da Saab em Gavião Peixoto. “Como parte de um extenso programa de transferência de tecnologia, esta é a primeira linha de produção do Gripen estabelecida fora da Suécia e estamos realmente impressionados com a excelência demonstrada pelos funcionários da Embraer”.

A primeira aeronave Gripen passou pela montagem estrutural, fase na qual as quatro principais aeroestruturas – a fuselagem dianteira, a unidade de armamento, a fuselagem central das asas e a fuselagem traseira - são juntadas. Ainda nesta fase, os tanques de combustível são selados, testes de pressão são conduzidos tanto no cockpit como nos tanques e medições geométricas são feitas. Ao final desta fase, é realizada a limpeza, pintura interna e aplicação de um verniz anticorrosivo em uma cabine de pintura externa.

“Os profissionais da Embraer que trabalham na linha do Gripen passaram por um extenso treinamento na fábrica da Saab em Linköping para garantir que estejam bem-preparados para suas funções”, comentou Walter Pinto Junior, COO da Embraer Defesa & Segurança. “O conhecimento adquirido na Suécia não apenas enriqueceu nossa equipe, mas também trouxe ensinamentos valiosos e tecnologias avançadas para a Embraer, contribuindo para nosso crescimento e inovação contínuos”.

De volta ao hangar do Gripen, a aeronave entra na fase de montagem final, que consiste em três estações. Na primeira, a fuselagem recebe aproximadamente 35 quilômetros de cabo e 300 metros de canos. Na segunda, é feita a instalação dos aviônicos, da unidade auxiliar de partida (APU), do motor, do rádio, do estabilizador vertical, entre outros componentes. Na última estação o software da aeronave é instalado, testes funcionais são performados e a aeronave retorna para a cabine de pintura para receber a camuflagem operacional.

Uma vez concluído esse processo, inicia-se a fase de preparação de voo, onde é feita a calibração final de vários sistemas, como o de navegação, combustível e controle de voo. O motor também é acionado pela primeira vez, testes funcionais são concluídos e ensaios em voo de produção são conduzidos para garantir que a aeronave funcione de acordo com o projeto verificado e certificado.

Após os testes, a aeronave é transferida para o último hangar, onde tem início o processo de entrega ao cliente. O primeiro Gripen E produzido no país será entregue à Força Aérea Brasileira em 2025. Além desta aeronave, um segundo caça está finalizando a montagem estrutural e um terceiro iniciará a produção em julho.


A linha de produção do Gripen no Brasil

A Saab e a Embraer inauguraram a linha de produção do Gripen E no Brasil, nas instalações da Embraer em Gavião Peixoto (SP), em 9 de maio de 2023, um marco importante no programa de transferência de tecnologia, onde estão sendo produzidas 15 das 36 aeronaves atualmente contratadas pela Força Aérea Brasileira.

No mesmo local, estão sediados o Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen (Gripen Design and Development Network - GDDN) e o Centro de Ensaios em Voo do Gripen (Gripen Flight Test Centre - GFTC), integrando as fases de desenvolvimento, produção e testes da aeronave no Brasil.

segunda-feira, 27 de maio de 2024

Gripen é testado em alta temperatura e umidade


Por aproximadamente 20 dias, a aeronave Gripen E 4100, utilizada nas campanhas de desenvolvimento e certificação no Brasil, foi novamente submetida a condições climáticas extremas. Durante as avaliações, a aeronave voou aproximadamente 12 horas em 10 missões em condições quentes e úmidas, típicas da região Norte do Brasil.

"O Gripen ficou sediado na Base Aérea de Belém, onde estava o apoio de solo e as equipes da Saab e da Embraer. Após a decolagem, a aeronave seguia em direção a uma área de ensaios sobre o mar perto de Salinópolis, a cerca de 160 km de Belém. Nós montamos uma estação de telemetria naquele local para coletar todos os dados dos voos", explicou Dalton Leite, engenheiro da Embraer responsável pela campanha.

Os testes foram realizados para avaliar o desempenho de todos os sistemas em condições extremamente quentes e úmidas, garantindo o resfriamento adequado dos equipamentos, o conforto do piloto e o comportamento geral da aeronave quando inserida naquele ambiente.

"Apesar das condições climáticas desafiadoras e a mudança repentina da meteorologia ao longo do dia, os resultados obtidos demonstram que o Gripen pode operar sem restrições de clima de qualquer local da região norte", disse Martin Leijonhufvud, chefe do Centro de Ensaios em Voo do Gripen (GFTC) da Saab.

Durante a campanha, as responsabilidades foram atribuídas à Embraer como parte do programa de transferência de tecnologia, com o objetivo de aprimorar a expertise da empresa brasileira nessa área.

"Os testes envolveram o trabalho de aproximadamente 35 pessoas, divididas entre brasileiros e suecos, e foram fundamentais para fortalecer ainda mais a parceria entre a Saab e a Embraer. Também prepararam nossos técnicos e engenheiros para realizar esse tipo de trabalho sem a mentoria da Saab", completou Leite.


Voo transônico e radar altímetro

A campanha também incluiu testes de voo em regime transônico* e a avaliação da funcionalidade do radar altímetro.

"Os voos transônicos foram realizados para avaliar o desempenho do caça e do motor em altitudes mais baixas, permitindo que a equipe medisse o aumento do calor e das tensões estruturais na aeronave", explicou Jakob Högberg, piloto-chefe de testes da Saab.

Já o ensaio do radar altímetro tem impacto direto em vários sistemas da aeronave, incluindo o de alerta de proximidade do solo (GPWS), que é um equipamento anticolisão de precisão para voos a baixa altura.

O caça explorou as faixas de 200 metros a 500 metros de altitude sobre a floresta densa e úmida para permitir que a equipe validasse a precisão das medições do radar altímetro naquele ambiente.

Todos os ensaios realizados foram concluídos com sucesso, consolidando mais uma etapa na campanha global de desenvolvimento e certificação do Gripen E. Esses testes incluíram o transporte de uma variedade de configurações de cargas externas, como mísseis IRIS-T e Meteor, assim como tanques de combustível.

* Transônico é a faixa de transição da velocidade subsônica para a supersônica, de aproximadamente Mach 0,8 a Mach 1,2, ou 980 km/h a 1.470 km/h ao nível do mar.

sexta-feira, 12 de abril de 2024

Gripen: operação em bases dispersas

O Gripen é fruto da longa tradição da Saab na concepção de caças que não apenas superam seus adversários, mas também são confiáveis e eficientes em todas as condições de combate.

Um novo vídeo disponível no canal da Saab Brasil no Youtube mostra o conceito de bases dispersas, utilizado pela Força Aérea Sueca, que explora a capacidade do caça de operar em pistas curtas e com infraestrutura de apoio reduzida.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

Pilotos da Força Aérea Brasileira fazem voo solo no F-39E Gripen


O dia 18 de janeiro de 2024 amanheceu na Base Aérea de Anápolis com sol, calor e o pátio operacional cheio de aeronaves, um cenário perfeito para mais um dia de conquistas na história do 1º GDA: o voo solo de mais quatro pilotos da Força Aérea Brasileira no F-39E Gripen. 

Os majores Ivan Campos Braga Júnior e Raphael Hassin Kersul, juntamente com os capitães Luca Centurione Scotto e Gabriel Souza Dixini, decolaram com as suas aeronaves para uma missão de aproximadamente uma hora de duração nas áreas de instrução próximas à Base Aérea de Anápolis. Nesse primeiro voo solo, os pilotos exploraram as características básicas de pilotagem do caça e realizaram diversos exercícios, como velocidade reduzida e aproximação para pouso por instrumentos.

“O dia de hoje representa um marco não apenas na vida pessoal e profissional dos quatro pilotos que fizeram o voo solo no F-39E Gripen, mas simboliza o esforço de uma Força Aérea, de uma Base Aérea, de uma unidade de caça e de diversos profissionais que trabalharam diuturnamente para que isso acontecesse. Estamos muito felizes por este momento de conquista e celebração”, comemorou o Tenente-Coronel Aviador Ramon Lincoln Santos Fórneas, comandante do 1º GDA.

Antes de solar no F-39E, esses pilotos realizaram o Conversion Training e Combat Readiness Training no Gripen C/D, na F7 Wing em Såtenäs, na Suécia, no primeiro semestre de 2022.

De volta ao Brasil, os pilotos iniciaram o processo de conversão operacional para o F-39E. Na fase 1, com oito semanas de duração, o curso foi composto por aulas teóricas e missões no simulador como forma de ambientar o piloto com o funcionamento dos sistemas da aeronave e o treinamento de emergências.

“A partir do voo solo, nós iniciamos a fase 2 do treinamento. Essa fase tem aproximadamente seis semanas de duração. Nela, além das missões no simulador, o aluno continua a sua progressão operacional no sistema Gripen, realizando voos por instrumentos, voos noturnos e voos de formatura com duas aeronaves. Ao término dessa fase, eles serão declarados pilotos operacionais no F-39E”, explicou o comandante do 1º GDA.

Além de ser um marco no processo de implantação operacional do Gripen na FAB, essa turma foi a primeira formada, no Brasil, com a participação de pilotos instrutores brasileiros. Esses primeiros instrutores brasileiros realizaram a formação básica no Gripen E em 2022, no Flight Test Center, em Linköping - Suécia, incluindo o atual Comandante da Unidade, o Tenente-Coronel Aviador Fórneas.

Atualmente, seis pilotos do 1º GDA já passaram pelo processo de conversão e foram declarados operacionais no F-39E Gripen. O grupo iniciou os treinamentos para a capacitação dos pilotos para participarem do exercício multinacional CRUZEX no final de 2024, na Base Aérea de Natal.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Saab recebe pedido de Gripen para a Hungria


A Saab assinou hoje um contrato com a Administração Sueca de Materiais de Defesa (FMV) e recebeu um pedido de quatro caças Gripen C adicionais para a Hungria.

Este pedido segue uma alteração ao contrato entre a FMV e o governo húngaro assinado em dezembro de 2001 relativo à 14 caças Gripen C/D para a Força Aérea Húngara. A alteração do contrato para as quatro aeronaves adicionais foi assinada pelo Ministério da Defesa húngaro e pela FMV em 23 de fevereiro de 2024. Com esta nova alteração do contrato, a Hungria operará um total de 18 aeronaves Gripen C/D para proteger e defender o espaço aéreo húngaro e da OTAN.

“Com o caça Gripen, a Hungria tem uma das forças aéreas mais capazes da Europa. Esperamos continuar a nossa estreita colaboração com o governo húngaro e a indústria de defesa”, afirma Micael Johansson, Presidente e CEO da Saab.

A Saab tem atualmente um contrato com a FMV relacionado ao apoio às aeronaves Gripen da Hungria, e está pronta para fornecer atualizações e suporte adicionais aos caças húngaros após 2035.

A Saab e o Ministério da Defesa húngaro também assinaram um Memorando de Entendimento relativo ao desenvolvimento de áreas industriais de alta tecnologia e capacidades de aeronaves de combate. A cooperação inclui apoio ao estabelecimento de um Centro de Excelência para tecnologias de Realidade Virtual na Hungria.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

F-39 Gripen destaca-se nos testes de IRST durante simulação de batalha aérea



A aeronave F-39 E Gripen de matrícula FAB 4100, dedicada a testes no Brasil, participou de uma campanha de ensaios em voo em Anápolis (GO) para testar o Infrared Search and Track (IRST), sensor passivo de detecção de alvo de longa distância.

Para a atividade, dois caças F-39 E Gripen e um F-5 simularam um combate aéreo. A aeronave de testes, FAB 4100, conduzida pelo piloto de provas da Saab, Jonas Jakobsson, teve como missão localizar as outras duas aeronaves utilizando o IRST.

Um segundo Gripen foi conduzido pelo Tenente-Coronel Cristiano de Oliveira Perez, piloto de provas do Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV) da Força Aérea Brasileira (FAB). Já o F-5 voou sob o comando do Coronel Bettega , também piloto de testes do IPEV.

Foram realizados três voos que duraram entre 1h e 1h30. Profissionais brasileiros, da Saab e da Embraer, estiveram envolvidos em toda a campanha de ensaios, com o acompanhamento de engenheiros suecos da Saab.

“O objetivo dos testes foi garantir que o sistema é capaz de localizar as ameaças dentro das especificações previstas e fazem parte da campanha global de ensaios do Gripen E para todas as aeronaves do modelo, não só as da FAB”, disse Martin Leijonhufvud, chefe do Centro de Ensaios em Voo do Gripen (GFTC) no Brasil.

“Fizemos um bom voo, com a colaboração dos demais caças, para testar o IRST e também verificar a resolução da imagem obtida, que é muito importante para que o piloto entenda se há um ou mais alvos e seja capaz de planejar suas ações”, comentou o piloto sueco Jonas Jakobsson.



O IRST é capaz de detectar e identificar alvos a longas distâncias por meio de suas assinaturas infravermelhas, ou seja, pelo calor emitido. Localizado na parte dianteira do caça, o sistema funciona como um sensor passivo que identifica objetos de interesse de tipos e em ambientes variados, seja elas aeronaves em voo, embarcações no mar ou viaturas em terra.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

Força Aérea Brasileira recebe mais um F-39 Gripen


A aeronave, fabricada pela Saab, chegou ao Brasil no dia 11 de dezembro pelo Porto de Navegantes, Santa Catarina. De lá, o avião seguiu para o Aeroporto na mesma cidade, para a preparação antes do voo. Nesta fase, são montados sistemas que vêm separados do caça durante a viagem de navio, como o assento ejetável. Após a execução de testes em solo o avião está apto para voar.

O avião decolou de Navegantes às 10h30 em direção a Base Aérea de Anápolis, numa viagem de 1h30 de duração, conduzido pelo conduzido pelo Tenente Coronel Aviador Abdon de Rezende Vasconcelos, piloto de ensaio do Instituto de Pesquisa e Ensaios em Voo (IPEV) da Força Aérea Brasileira (FAB).

O caça F-39 Gripen, de matrícula FAB 4107, pousou na Base Aérea de Anápolis (BAAN) na manhã desta sexta-feira, 15.

O 1º Grupo de Defesa Aérea, que opera os caças Gripen na Base Aérea de Anápolis, conta agora com sete aeronaves. Também está no Brasil desde 2020 a aeronave de testes 4100, que executa ensaios a partir do Centro de Ensaios em Voo do Gripen na Embraer, em Gavião Peixoto (SP).

domingo, 26 de novembro de 2023

Gripen realiza teste de clima quente em Anápolis

O caça 4100 utilizado como protótipo e que passa por todos os testes no Brasil, esteve na Base Aérea de Anápolis (BAAN) para uma série de voos que testaram o comportamento e performance da aeronave em altas temperaturas.

A campanha de ensaio em voo de clima quente que está ocorrendo no país tem como objetivo validar, em uma situação real, os cálculos preditivos dos engenheiros com relação ao calor externo que a aeronave pode suportar.

A cidade de Anápolis foi a escolhida para essa etapa devido ao clima e elevada altitude. “Anápolis está localizada a cerca de 1.100 metros de altitude do mar e apresenta temperaturas médias de 35º C, por isso optamos por trazer o caça, baseado em Gavião Peixoto, no Centro de Ensaios em Voo do Gripen (GFTC), para Anápolis. Aqui também é a cidade onde os caças já operam”, explicou Erik Magnusson, engenheiro de ensaio em voo da Saab responsável pelos testes de clima globais, que veio da Suécia para acompanhar os testes.

Um time de profissionais brasileiros da Saab Brasil e da Embraer está envolvido em diversas fases dos ensaios de clima, que tiveram início em setembro, em Gavião Peixoto, e continuarão nos próximos meses para validar outros parâmetros de temperatura como parte dos testes globais. “Este é um importante passo que integra a campanha global de ensaios do Gripen E, pois os testes realizados aqui são válidos para todas as aeronaves do modelo, não somente para o Gripen brasileiro. Este também foi o primeiro teste durante este ano fora de Gavião Peixoto e na base da Força Aérea Brasileira”, ressaltou Magnusson.


Em Anápolis, o caça foi exposto ao sol por longos períodos para que os engenheiros pudessem avaliar o comportamento da aeronave diante da altas temperaturas da cidade. Durante três dias, o piloto de testes da Saab Jonas Jakobsson decolou com o Gripen à uma temperatura média de 32ºC e realizou um percurso de aproximadamente 1 hora. Os resultados serão usados para validar que a aeronave pode operar em clima quente, conforme exigido no Brasil.

Os cerca de 800 sensores, entre eles sensores próprios do avião e outros instalados especialmente para o teste, coletaram os dados da aeronave em solo e durante todo o voo. As informações eram transmitidas em tempo real para uma sala de telemetria montada pela equipe da Saab e Embraer na BAAN para acompanhar os testes. No pouso, é realizada a medição da temperatura dos freios, feito o resfriamento, os dados dos sistemas são descarregados para novas análises.

"Os resultados iniciais foram positivos e confirmaram muito do que já havíamos previsto. Os dados de todos os sensores agora serão utilizados para validar que o Gripen pode operar com excelente desempenho em regiões com clima quente, seco e de altitude elevada, como o encontrado no Brasil, ou em qualquer outro local do mundo com temperaturas semelhantes", disse Eduardo Kitada, engenheiro de sistemas da Embraer, responsável pelos testes de clima no Brasil.

quarta-feira, 1 de novembro de 2023

Saab recebe pedido para atualização do Gripen C/D


A Saab recebeu um pedido adicional da Administração Sueca de Materiais de Defesa (FMV) para garantir a operação contínua e o aprimoramento da capacidade do Gripen C/D. O pedido está avaliado em SEK 579 milhões.

O pedido adicional inclui o projeto de novos ambientes de desenvolvimento e simulação para o Gripen C/D, bem como o desenvolvimento de novos sistemas de suporte que facilitarão a harmonização do Gripen C/D e do Gripen E para o cliente sueco. O pedido também inclui pedidos complementares de equipamentos e hardware.

“A atualização do Gripen C/D é um passo importante para manter um alto nível de capacidade operacional no mundo turbulento em que vivemos. Também é importante para que o Gripen C/D opere além de 2030”, diz Lars Tossman, chefe da área de negócios Aeronáutica da Saab.

terça-feira, 3 de outubro de 2023

Gripen: conhecendo o cockpit do caça mais avançado do Brasil

A cabine de um avião de combate é um espaço muito confinado, e para alguns pode até parecer claustrofóbico. Mas no contexto de um caça de última geração como o F-39 Gripen, o cockpit é um ambiente central e de alta complexidade devido a quantidade de elementos que concentra em um pequeno local, permitindo a realização de tarefas simultâneas em cenários operacionais de alto risco ou voando sob condições meteorológicas adversas. Esses elementos incluem tanto aqueles itens voltados para a manutenção da vida do piloto quanto os que vão proporcionar o voo e o gerenciamento dos sistemas táticos.

Em primeiro lugar, a cabine de um caça deve acomodar da maneira mais confortável possível, na limitação daquele espaço restrito, um piloto que poderá passar até longas horas sentado durante o cumprimento da sua missão. Dependendo das características daquele voo e das necessidades do seu operador, é possível que a decolagem ocorra ainda durante o dia e termine na madrugada seguinte, numa missão de grande duração que incluiu reabastecimento em voo.

O piloto vai afivelado ao assento ejetável que foi feito para retirá-lo do avião em menos de um segundo durante uma situação de emergência. O sistema de salvamento não reclina e, pelas dimensões do próprio cockpit do caça, é bem menos confortável comparado aos assentos de aeronaves comerciais.

Ainda voltado para o piloto, a cabine deve garantir a temperatura ideal em climas extremamente frios ou quentes e proteger todo o ambiente interno de agentes químicos, radiológicos, bacteriológicos e nucleares dependendo do local em que a aeronave está operando.

Depois de garantir os elementos vitais para o piloto, chega a vez da parte operacional do caça.

A depender do ambiente em que está inserido, é possível que o piloto tenha acesso a dezenas de informações do quadro tático ao seu redor, captadas pelos seus mais variados sistemas. A posição das forças amigas e inimigas chegam por meio do datalink, do radar, do sensor de busca de alvos por infravermelho (do inglês, Infra Red Search and Track, IRST), e até mesmo dos sensores de guerra eletrônica. Por meio do sistema de navegação, monitora o cumprimento preciso da rota estabelecida no planejamento da missão, enquanto pelos canais de comunicação segura, garante o contato permanente com as forças aliadas.

Somam-se às informações do quadro tático aquelas relativas ao voo como direção, altitude, velocidade, nível do combustível, temperatura do motor dentre outras essenciais para o funcionamento do caça.

No Gripen, todos esses dados são apresentados de forma clara e objetiva por meio de uma interface inteligente no instante em que o piloto deve recebê-los, uma vez que o excesso desses informes pode atrapalhar na tomada de decisões.

Os displays do F-39 Gripen


Apesar da complexidade dos seus sistemas, o cockpit do Gripen surpreende pela limpeza visual e pela total digitalização, sem instrumentos analógicos.

O Brasil, ao ingressar no programa de desenvolvimento do Gripen E/F ao lado da Suécia, requisitou o uso do Wide Area Display (WAD) no painel de instrumentos, um display panorâmico colorido, sensível ao toque e de grandes dimensões, medindo 48x20cm, e que apresenta as informações desejadas pelo piloto no momento em que ele solicitar.

Sendo um componente resistente a falhas, o Gripen é um dos primeiros caças do mundo a usar essa tecnologia e o seu desenvolvimento, assim como os outros dois principais displays do Gripen, o Head-Up Display (mostrador digital ao nível dos olhos, HUD) e o Helmet-Mounted Display, (visor montado no capacete, HMD), foram desenvolvidos pela empresa brasileira AEL Sistemas.

Com sede em Porto Alegre e integrando a cadeia global de fornecedores da Saab, a AEL Sistemas reuniu toda a sua experiência que resultou em aviônicos do estado da arte.

Instalado sobre o painel de instrumentos está o HUD, uma tela transparente que tem nela projetada as informações de voo como rumo, altitude, velocidade, rota, frequências de voo, bem como as de cunho tático como alvos, mira, seleção de armamentos entre outros. Para o piloto de caça, o HUD é fundamental para que ele permaneça com consciência situacional mesmo quando estiver olhando para fora do avião.

E complementando essa tríade, há o capacete com a mira montada. Conhecido como HMD ou Targo™, trata-se de uma repetição das informações do HUD exibidas na viseira do capacete, com a vantagem de que o piloto, com o olhar, pode fazer a mira sobre um alvo e disparar o seu míssil contra ele sem ter que mudar a rota do caça para a direção do inimigo.

Se por um lado o Gripen concentra dezenas de sistemas complexos e de última geração, a automação e o uso extensivo da computação fazem com que o piloto consiga se concentrar no gerenciamento dos sistemas táticos, ganhando mais uma vantagem que se mostra decisiva em qualquer missão.

terça-feira, 12 de setembro de 2023

Saab recebe ordem para funcionalidades adicionais do Gripen E


A Saab e a Administração Sueca de Material de Defesa (FMV) firmaram um acordo referente a novas funcionalidades e cronogramas de entrega ajustados para o Gripen E e o Gripen C/D. O acordo refere-se ao período 2023-2030 e o valor do pedido é de aproximadamente 5,8 bilhões de coroas suecas (SEK).

O FMV e a Saab concordaram em revisar o acordo existente relacionado ao desenvolvimento e produção do Gripen E, adicionando novas funcionalidades, que incluem alterações nos sistemas de guerra eletrônica (Eletronic Warfare - EW), de comunicação e de reconhecimento, bem como alterações nos cronogramas de entrega do Gripen E e do Gripen C/D.

A fim de garantir a capacidade operacional de seus caças, as Forças Armadas Suecas, o FMV e a Saab concordaram em ajustar os planos de desenvolvimento e entrega, permitindo o desenvolvimento e operação contínuos do Gripen C/D após 2030, em paralelo com a introdução dos caças da próxima geração, Gripen E.

“Este acordo confirma a colaboração estreita existente entre a Saab, o FMV e as Forças Armadas Suecas. Estou muito orgulho que estamos contribuindo para a capacidade operacional das Forças Armadas Suecas através do fortalecimento ainda maior das capacidades do sistema Gripen, um caça de classe mundial”, diz Lars Tossman, head da área de negócios Aeronautics da Saab.

domingo, 16 de julho de 2023

Saab conclui o treinamento operacional dos pilotos brasileiros para voar o Gripen


A última turma que compõe o quadro dos pilotos operacionais responsáveis pela implantação do F-39 Gripen no 1º Grupo de Defesa Aérea (1º GDA), da Força Aérea Brasileira (FAB), concluiu em junho o Delta Conversion Training, um rigoroso treinamento realizado no Gripen Centre, na F 7 Wing em Såtenäs, região oeste da Suécia.

O curso, ministrado pelo Esquadrão Phoenix da Força Aérea Sueca, é dividido em duas etapas. O Conversion Training, com 11 semanas de duração e 50 voos por piloto, compreende a operação básica do caça tanto em missões solo quanto em formação nos períodos diurnos e noturnos. Já o Combat Readiness Training engloba 25 voos em aproximadamente nove semanas de duração onde são exploradas as capacidades de combate ar-ar do caça com o emprego dos mísseis, do canhão e da utilização da interface-homem máquina, um dos principais destaques do Gripen.

“O Esquadrão Phoenix é vocacionado para o treinamento de pilotos de Gripen e nós somos equipados da maneira adequada para isso, incluindo com simuladores de voo. Os pilotos brasileiros são muito bem treinados e chegam aqui com grande experiência operacional, tanto aqueles oriundos das unidades de F-5M quanto de AMX. Eles aprenderam muito rapidamente sobre o funcionamento do Gripen, como configurá-lo e voá-lo”, revelou o Major Richard Carlqvist, comandante do Esquadrão Phoenix.

O Gripen Centre funciona como hub para a formação dos pilotos que vão voar o Gripen, tanto das nações estrangeiras quanto da própria Força Aérea Sueca. Ao longo do curso, os alunos treinam no Gripen C/D, de um e dois assentos respectivamente. Mesmo sendo versão diferente dos caças adquiridos pelo Brasil, esse contato é fundamental, pois ajuda os pilotos na compreensão da filosofia dos sistemas, do seu modo de operação e de como funcionam os seus comandos de voo, tendo em vista a similaridade em alguns aspectos entre as aeronaves.

“Depois de adaptados ao Gripen C/D, na Suécia, nossos pilotos terão a sua conversão para o Gripen E realizada inteiramente no Brasil com os meios já disponíveis no 1º GDA, principalmente pelas estações de planejamento e dos simuladores de voo. Os cursos são realizados no âmbito do 1º GDA e ministrados pelos pilotos suecos já selecionados para permanecerem na Base Aérea de Anápolis na função de instrutores de voo e que, juntamente com os pilotos brasileiros, iniciaram a conversão e a implantação operacional do vetor”, explicou o Tenente-Coronel Aviador Gustavo de Oliveira Pascotto, comandante do 1º GDA.

Assista ao vídeo do último treinamento no canal da Saab Brasil no Youtube.

O Programa Gripen Brasileiro envolve uma grande transferência de tecnologia entre Brasil e Suécia e a interação dos dois países é constante, gerando benefícios para ambos os envolvidos.

“A cooperação entre as forças aéreas da Suécia e do Brasil é muito boa e acontece em vários níveis. Nós recebemos os pilotos de caça brasileiros aqui em Såtenäs, mas nós também temos um grupo de suporte da nossa base que está em Anápolis ajudando a FAB na introdução em serviço do Gripen E. A cooperação e as conversas entre as equipes são muito boas”, disse o Coronel Adam Nelson, comandante da F 7 Wing.

Relembre os treinamentos

O Gripen Centre na F 7 Wing já recebeu 17 pilotos da FAB. O atual comandante do 1º GDA, o Tenente-Coronel Aviador Gustavo Pascotto, e o Tenente-Coronel Aviador Ramon Lincoln Santos Fórneas foram os primeiros pilotos da FAB a realizarem o curso o Gripen C/D, ainda como capitães, em 2014. Na sequência, foi a vez de três pilotos de testes do Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo da FAB, com o Tenente-Coronel Cristiano de Oliveira, ainda no posto de major, tendo sido o primeiro brasileiro a voar o Gripen E, fechando agora com as três turmas de quatro pilotos operacionais cada.

terça-feira, 4 de julho de 2023

Saab conclui fabricação da fuselagem traseira do caça Gripen no Brasil

A peça, fabricada em São Bernardo do Campo, fará parte do 1º lote nacional de aeroestruturas a ser enviado para Gavião Peixoto, onde funciona a linha de produção dos caças Gripen no Brasil.

A fuselagem traseira é a estrutura que comporta o motor do caça Gripen. A peça tem componentes em alumínio e titânio, com medidas de 1,90m de largura por 1,20m de altura e 2,50m de profundidade. Seu peso é de aproximadamente 220 quilos e conta com 750 partes para a sua montagem.

Essa é a segunda aeroestrutura mais complexa em produção na fábrica da Saab Brasil, em São Bernardo do Campo, e será enviada diretamente para a fábrica da Embraer, em Gavião Peixoto, onde foi inaugurada a linha de produção do caça Gripen no Brasil.


Junto com a primeira fuselagem traseira, a Saab Brasil também enviará a segunda fuselagem dianteira produzida no país. As duas estruturas deverão estar disponíveis na linha de produção nacional ainda neste mês de julho.

“Esse é o início de um fluxo de fornecimento de aeroestruturas produzidas na fábrica da Saab em São Bernardo do Campo para a linha de produção do caça em Gavião Peixoto, fortalecendo a cadeia nacional formada pelo Programa Gripen Brasileiro”, comentou Alexandre Barbosa, gerente de engenharia da fábrica de aeroestruturas no Brasil.

A fábrica brasileira é parte da cadeia global para peças do caça. Isso significa que as peças produzidas em São Bernardo do Campo pelos profissionais brasileiros podem ser enviadas tanto para Gavião Peixoto, quanto para Linköping, na Suécia.

“Trata-se de mais um marco para a Saab. Nossa planta está 100% operacional, trabalhando em todos os pacotes definidos para o Brasil. Já atingimos um excelente grau de maturidade industrial na produção de peças menores, como os freios aerodinâmicos e cones de cauda. Agora, estamos evoluindo na produção das partes mais complexas, como as fuselagens dianteira e traseira. Assim, o Brasil já dispõe de conhecimento, ferramentais, processos e profissionais necessários à fabricação de componentes estruturais de uma aeronave supersônica”, ressalta Fabrício Saito, diretor da fábrica da Saab Brasil, em São Bernardo do Campo.

quinta-feira, 18 de maio de 2023

Vídeo registra a preparação e voo dos caças Gripen FAB 4105 e 4106

A Saab divulgou em seu canal oficial do Youtube um vídeo que mostra a preparação e voo dos caças Gripen de matrículas FAB 4105 e FAB 4106. As aeronaves chegaram ao Brasil via Porto de Navegantes, em Santa Catarina, no dia 05 de maio e decolaram do aeroporto da cidade para a Base Aérea de Anápolis (BAAN), em Goiás, no dia 09.

As aeronaves foram conduzidas pelos pilotos da FAB Tenente-Coronel Cristiano de Oliveira Perez e Major Abdon de Rezende Vasconcelos. Essa foi a primeira vez que os caças recém-chegados ao país voaram diretamente para a BAAN e não para Gavião Peixoto, em São Paulo, onde fica o Centro de Ensaios em Voo do Gripen (GFTC).

Isso se deu porque a Base Aérea de Anápolis já está em operação com os caças, totalizando agora 6 aeronaves sob o comando do 1º Grupo de Defesa Aérea. O voo registrou, aproximadamente, 1h30min.

quinta-feira, 11 de maio de 2023

Linha de produção do F-39 Gripen é inaugurada no Brasil

A Saab e a Embraer inauguraram no dia 09 de maio a linha de produção do caça Gripen E no Brasil na unidade de Gavião Peixoto (SP) da Embraer. Este é um importante marco do programa de transferência de tecnologia e no compromisso das empresas em trabalharem juntas em novas oportunidades de negócios.

O evento contou com a presença de autoridades civis e militares de alto escalão, bem como de representantes de diversos setores da sociedade brasileira. O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participou da cerimônia juntamente com o Ministro de Estado da Defesa, José Mucio Monteiro Filho e o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, entre outros convidados importantes.

A inauguração da linha de montagem final, que é a única do Gripen E fora da Suécia, marca a entrega de uma das contribuições mais significativas para o ecossistema do caça no Brasil. Com o Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen (Gripen Design and Development Network - GDDN), o Centro de Ensaios em voo do Gripen (Gripen Flight Test Center - GFTC), e agora a linha de montagem, a fábrica da Embraer em Gavião Peixoto abriga os estágios de desenvolvimento, produção e testes da aeronave.

Desde a assinatura do contrato para o fornecimento de 36 caças, sendo 28 Gripen E (versão monoposto) e 8 Gripen F (versão biposto), à Força Aérea Brasileira, em 2014, a Saab e Embraer trabalham juntas no maior projeto de transferência de tecnologia em curso no país. Recentemente, com a assinatura do Memorando de Entendimento entre as empresas, a linha de produção também se tornou uma oportunidade para novos negócios.

"O início das operações da linha de produção do Gripen marca o nosso compromisso com a transferência de tecnologia e de conhecimento para a indústria brasileira. Aqui, produziremos 15 das 36 aeronaves atualmente contratadas pela Força Aérea Brasileira. O objetivo também é produzir aqui quaisquer pedidos futuros de Gripen para o Brasil, bem como de outros países. Queremos que o Brasil se torne um centro de exportação para a América Latina e, potencialmente, para outras regiões", disse Micael Johansson, presidente e CEO da Saab.

“Celebramos hoje não só a inauguração da linha de produção do caça Gripen, mas o sucesso da colaboração entre a Saab e a Embraer, que se fortalece a cada dia com o objetivo comum de servir ao nosso cliente, a Força Aérea Brasileira. Desde o início a Embraer tem tido um papel relevante no programa Gripen, participando, por exemplo, do desenvolvimento da versão brasileira da aeronave biposto. Como uma evolução natural dessa relação, esperamos que em breve possamos juntos expandir nossos negócios em novos mercados”, disse Bosco da Costa Junior, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança.

“O início da produção da aeronave F-39 Gripen no Brasil simboliza a concretização de um ambicioso projeto que se traduz em transferência de tecnologia, geração de empregos e o consequente desenvolvimento do setor aeroespacial do Brasil. Graças a uma sólida parceria entre a Força Aérea, Saab e Embraer, entramos agora no seleto grupo de países que detêm a capacidade de construir aeronaves supersônicas. Parabéns a todos os envolvidos!”, disse o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno.

A linha de produção na Embraer recebe as aeroestruturas dos caças produzidas na fábrica de Linköping, na Suécia e de São Bernardo do Campo (SP). Na linha de montagem o avião de combate será produzido com a junção dessas aeroestruturas, a instalação de cablagens, equipagem de vários sistemas, trem de pouso, aviônicos, equipamentos táticos, canopi, assento ejetável e motor. Depois que a montagem do caça é concluída, são realizados testes funcionais e de voos de produção para preparar a aeronave para a entrega final. A fábrica da Embraer será responsável pela produção de 15 caças Gripen E. As unidades montadas no Brasil serão entregues a partir de 2025.


Para adquirir as habilidades necessárias para a produção de caças supersônicos no Brasil, técnicos da Embraer realizaram treinamentos teóricos e práticos – os chamados on-the-job training - na Saab em Linköping. Lá, eles trabalharam lado a lado com funcionários suecos para produzir as aeronaves que já foram enviadas para o Brasil.


quarta-feira, 10 de maio de 2023

Novos caças F-39 Gripen chegam ao Brasil e voam para Anápolis


A Saab entregou ontem (09) dois novos caças Gripen E para a Força Aérea Brasileira (FAB). Os aviões chegaram ao Brasil na última sexta feira (05), em Santa Catarina, e voaram na data de hoje diretamente para a Base Aérea de Anápolis, responsável pela operação dos caças.

As aeronaves de matrículas FAB 4105 e FAB 4106 foram conduzidas pelos pilotos da FAB Tenente-Coronel Cristiano de Oliveira Perez e Major Abdon de Rezende Vasconcelos em um voo de aproximadamente 1h30min. Com estes, a Força Aérea Brasileira passa a contar com 6 caças Gripen E em operação.

A entrega acontece no mesmo dia em que Saab e Embraer inauguram a linha de produção dos caças no Brasil, registrando mais um grande marco para o Programa Gripen Brasileiro.


domingo, 19 de março de 2023

Simuladores de voo do Gripen estão em plena operação na BAAN

Dois avançados simuladores de voo do Saab Gripen E foram instalados na Base Aérea de Anápolis (BAAN), sede do 1º Grupo de Defesa Aérea (1º GDA), esquadrão que opera os caças Gripen no país.

A alta tecnologia e o grau de realismo dos simuladores de voo permitem que as missões de treinamento criem cenários reais e que a Força Aérea Brasileira experiencie situações de seu interesse, trazendo melhor preparo para os oficiais.

Para o Tenente-Coronel Aviador Gustavo Pascotto, comandante do 1º GDA, as vantagens de contar com os equipamentos no Brasil são inúmeras e vão desde a economia nos treinamentos, até o aperfeiçoamento das missões.

“Do básico ao avançado, os simuladores de voo são usados em duas etapas abrangendo todo o seu espectro de utilização. Na fase inicial, contribui no treinamento para ambientar os pilotos na operação básica da aeronave, como parte do processo de implantação desse vetor na FAB. Em um segundo momento, são usados em tarefas ainda mais estratégicas no treinamento operacional de alto nível, ou seja, em cenários e situações de alta complexidade”, explica.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

F-39 Gripen entra em operação na Força Aérea Brasileira

 


A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou nesta segunda-feira (19/12), na Base Aérea de Anápolis (BAAN), uma cerimônia que marca o início das atividades operacionais dos caças F-39 Gripen (também conhecidos como Gripen E) pelo Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA).

"O início das atividades operacionais do Gripen pela Força Aérea Brasileira (FAB) é um dia extremamente importante, não só porque marca o início de uma nova era operacional para a FAB, mas também porque é o resultado de anos de muito trabalho em conjunto com a Força Aérea e com nossos parceiros industriais brasileiros Embraer, AEL Sistemas, Akaer, Atech e nossas próprias subsidiárias no Brasil" disse Micael Johansson, o Presidente e CEO da Saab.

No evento, dois caças Gripen fizeram um voo de apresentação conduzidos pelos pilotos da FAB Tenente Coronel Gustavo Pascotto, comandante do 1º GDA, e Tenente Coronel Ramon Lincoln Santos Fórneas. Os pilotos brasileiros realizaram o treinamento do Gripen E na Suécia e contaram com dois simuladores de voo, que estão instalados na Base Aérea de Anápolis, para a preparação do voo de hoje. 

A entrada em operação ocorre após a fase de ensaios em voo no Brasil, conduzidas no Centro de Ensaios em Voo do Gripen (GFTC), localizada na planta da Embraer, em Gavião Peixoto, desde setembro de 2020, com a chegada da aeronave de testes no país.

Em novembro, a Saab obteve a certificação necessária para o uso militar do Gripen E, que atesta que a aeronave cumpriu todos os requisitos de aeronavegabilidade e segurança de voo estabelecidos pelas autoridades militares suecas e brasileiras, representadas pela Inspetoria de Segurança da Aviação Militar Sueca (FLYGI) e pelo Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI) no Brasil. A certificação conjunta reflete a sinergia obtida através da cooperação técnica entre as duas autoridades, sendo um passo importante antes que o Gripen iniciasse suas atividades operacionais na FAB.

"O Brasil tem agora um dos caças mais avançados do mundo. Além disso, o Programa Gripen traz consigo o mais extenso programa de transferência de tecnologia em andamento no Brasil e é, definitivamente, o maior já feito por qualquer empresa sueca. Ele traz para a indústria de defesa brasileira o conhecimento para desenvolver, produzir, testar e manter um avançado caça supersônico. Estamos muito orgulhosos em sermos um parceiro estratégico do Brasil", concluiu Johansson.

O Programa Gripen  

A parceria entre a Saab e o Brasil começou em 2014, com um contrato para o desenvolvimento e produção de 36 aeronaves Gripen E/F para a Força Aérea Brasileira, incluindo sistemas, suporte e equipamentos. Um amplo programa de transferência de tecnologia, que está sendo executado em um período de dez anos, está impulsionando o desenvolvimento da indústria aeronáutica local por meio das empresas parceiras que participam do programa Gripen Brasileiro.  

No decorrer desse período, mais de 350 técnicos e engenheiros brasileiros estão participando de treinamentos teóricos e práticos, na Suécia, para adquirirem o conhecimento necessário para a execução das mesmas tarefas no Brasil.