A Agência Espacial Brasileira (AEB), autarquia vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), e a Visiona Tecnologia Espacial assinaram, em cerimônia virtual, no último dia 08, um Protocolo de Intenções, com o objetivo de identificar oportunidades e buscar soluções com base em sistemas espaciais, como também ampliar a aproximação com a indústria e empreender projetos espaciais que tragam retorno socioeconômico ao País.
O Protocolo de Intenções, assinado pelo presidente da AEB, Carlos Moura, e pelo presidente da Visiona, João Paulo Campos, abre a possibilidade de prestação de serviços técnicos, consultoria e transferência de tecnologia na área de sistemas e sensores de satélites. Outra finalidade do Protocolo é encontrar soluções de Geotecnologia para análise e utilização de dados espaciais, ou seja, mapeamento, aplicações cadastrais e riscos naturais, além de outros serviços.
Para o presidente Carlos Moura, o surgimento da Visiona foi muito relevante, pois viabilizou um instrumento exitoso, o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), projeto mencionado pelo ministro Marcos Pontes como demonstração efetiva de como os sistemas espaciais podem servir à integração do País. “Hoje, o SGDC leva conexão a unidades de saúde, escolas, comunidades em condições de vulnerabilidade remotas, principalmente agora em tempos de pandemia. O SGDC foi exemplo concreto de como podemos fazer bom uso dos sistemas espaciais”, afirmou.
“O ministro Pontes tem insistido, desde o início deste governo, que devemos usar o espaço para resolver situações concretas do cidadão brasileiro. E é isso que percebemos na proposta da Visiona, com o desenvolvimento do primeiro satélite projetado pela indústria nacional (VCUB 1), em linha com as tendências mundiais: com sistemas bem compactos e versáteis pode-se, assim, desenvolver aplicações que resolvam uma plêiade de demandas da sociedade brasileira”, ressaltou Carlos Moura.
Viabilização de arranjos
O acordo representa o interesse da AEB em viabilizar arranjos para que esse tipo de iniciativa se transforme em soluções revolucionárias para o sistema espacial brasileiro. O presidente da Visiona, João Paulo Campos, acredita que a concretização do Protocolo de Intenções é um passo muito importante e destaca o desenvolvimento do VCUB1, fruto de uma política bem implementada e bem pensada na área espacial.
João Paulo Campos também destacou na cerimônia o empenho e esforço da AEB, seguindo objetivo delineado no PNAE, de criar uma empresa integradora para o setor espacial, que possa atuar como um catalizador dinamizando o setor industrial no Brasil. Destacou ainda que o espaço tem que contribuir com a vida das pessoas e que o VCUB pode não só se tornar um vetor para entrega de serviços relevantes como também agregar ainda mais empresas nacionais e universidades para o projeto. Campos agradeceu ainda a participação da AEB no programa de absorção de tecnologia do SGDC, o qual permitiu a formação dos técnicos que hoje estão construindo o VCUB1.
O Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança, Jackson Schneider, acredita efetivamente que uma fronteira a ser desvendada e explorada é a fronteira do espaço. Para Schneider, a criação da Visiona e a dedicação da Embraer, com esforço e recursos investidos na área, demonstram a importância que a empresa dedica ao setor, embora pense que esse trabalho precisa ser feito junto com o Estado brasileiro.
Ao aliar suas competências e capacidades, a AEB e a Visiona têm interesse em propor soluções baseadas em plataformas espaciais, bem como, a consequente integração de novas tecnologias como Internet das Coisas (IoT) e Big Data -processamento de grandes volumes de dados armazenados – em suas aplicações e soluções.
Entre as responsabilidades das duas instituições estão iniciativas, como discussão de propostas para a área espacial, em atendimento às demandas prioritárias da sociedade brasileira.
A Diretoria de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento (DSAD) da AEB e a Diretoria de Contratos e Novos Negócios da Visiona serão os setores responsáveis pela gestão do Protocolo, que terá 24 meses de vigência, podendo ser renovado.
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segunda-feira, 11 de maio de 2020
sábado, 26 de dezembro de 2015
Satélite geoestacionário brasileiro ingressa na fase de integração e testes
A Visiona Tecnologia Espacial, responsável pela integração do sistema SGDC (Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas) anuncia a conclusão de mais um marco importante no desenvolvimento do programa. No último dia 14, nas instalações da Thales Alenia Space, fornecedora do satélite do sistema SGDC, foi realizada com sucesso a junção entre a plataforma do satélite e o módulo de comunicação (carga útil), marcando assim o início da campanha de integração e testes. “O programa continua avançando conforme o planejado e em linha para o lançamento em 2016. Nos próximos meses, o satélite passará por uma bateria de testes que simularão o ambiente de lançamento e espacial, além de testes funcionais”, disse Eduardo Bonini, presidente da Visiona. Com o sistema SGDC, o Brasil pretende não só conquistar a soberania em comunicações estratégicas civis e militares, como ampliar o acesso à banda larga de internet para todo o território nacional.
sábado, 6 de setembro de 2014
Thales Alenia Space enfoca SGDC e transferência de tecnologia no Congresso Latino-Americano de Satélites
A Thales Alenia Space (TAS), um dos principais players europeus em telecomunicações, navegação, observação da Terra, exploração e infraestruturas orbitais, participou com destaque do Congresso Latino-Americano de Satélites, ocorrido nos dias 4 e 5 de setembro, no Rio de Janeiro. A empresa apresentou com detalhes a trajetória de sucesso que a levou a vencer a concorrência internacional para fornecer o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), conforme contrato firmado com a Visiona (joint-venture entre a Embraer e a Telebrás) no fim de 2013. “A Thales Alenia Space está absolutamente comprometida em entregar o SGDC dentro do prazo e especificações, transferir tecnologias para o Brasil a fim de participar do desenvolvimento contínuo das tecnologias brasileiras, atuando lado a lado para fortalecer a comunidade espacial brasileira como um todo. O SGDC é apenas o primeiro passo”, garante Joel Chenet, Vice-Presidente da Thales Alenia Space para o Brasil. A TAS vai também integrar o painel ‘Localização, Rastreamento e Mobilidade via Satélite’, onde discutirá os sistemas e soluções autônomas de rastreamento e comunicação, sobretudo em grandes travessias aéreas e em regiões remotas. "O SGDC foi um dos cinco maiores contratos do Grupo Thales no mundo em 2013. O Brasil é o epicentro do nosso hub latino-americano, onde estamos fortemente posicionados em todos os projetos de infra-estrutura para apoiar o país a incrementar a sua base industrial para atender ambos os mercados doméstico e internacional. A Thales já vem transferindo tecnologia para o Brasil no setor militar e a TAS é o parceiro natural dos países que querem expandir seus programas espaciais, como a Turquia, entre outros. Sobre o ToT, variadas empresas brasileiras de pequeno, médio e grande porte absorverão tecnologia, esta seleção está a cargo do Governo. O SGDC integra a estratégia do Brasil para reforçar a sua soberania e reduzir a exclusão digital por meio do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL)", completa Julien Rousselet, Diretor Geral da Thales no Brasil.
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
Satélite geoestacionário vai garantir a segurança das comunicações brasileiras
A Telebras e a Visiona Tecnologia Espacial formalizaram no último dia 28/11, contrato para executar o projeto do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), cujo valor é de R$ 1,3 bilhão e que prevê a entrega do sistema no final de 2016. O projeto envolve os Ministérios das Comunicações, da Defesa e da Ciência e Tecnologia. O satélite será operado pela Telebras na banda Ka (civil) e pelo Ministério da Defesa na banda X (militar). A Visiona - joint-venture entre Embraer e Telebras - será responsável pela integração do sistema SGDC, que ampliará o acesso à banda larga nas regiões remotas do País, por meio do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) e a soberania brasileira nas comunicações das Forças Armadas. A partir da assinatura do contrato, a Visiona formalizará a contratação dos fornecedores e dará início às atividades de desenvolvimento e integração do sistema. As empresas selecionadas são a Thales Alenia Space (TAS) para fornecimento do satélite e a Ariane Space para realizar seu lançamento. O contrato com os fornecedores também prevê a transferência de tecnologia para empresas brasileiras, tarefa que será coordenada pela Agência Espacial Brasileira (AEB). “O SGDC não só atenderá às necessidades do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), da Telebras, e às comunicações estratégicas das Forças Armadas brasileiras, como também representa a oportunidade de o Brasil assegurar a soberania em suas comunicações estratégicas, tanto na área civil quanto militar”, explica o Presidente da Telebras, Caio Bonilha. “Estamos honrados em termos sido escolhidos para fornecer um sistema tão importante para o País”, afirma o Presidente da Visiona, Nelson Salgado. “Esperamos que este programa represente o início de um processo de capacitação tecnológica de longo prazo, com o estabelecimento de uma empresa brasileira integradora de sistemas espaciais, a exemplo do que a Embraer representa para os segmentos aeronáutico e de defesa”, acrescenta Salgado. O sistema SGDC trará total segurança às comunicações estratégicas do governo e às comunicações militares, pois seu controle será realizado no Brasil em estações localizadas em áreas militares, sob a coordenação da Telebras e do Ministério da Defesa. A aquisição de um satélite próprio para as comunicações civis e militares brasileiras é uma decisão estratégica para garantir a soberania nacional. Atualmente, os satélites que prestam serviço no Brasil, ou são controlados por estações que estão fora do País ou possuem o controle de atitude nas mãos de empresas de capital estrangeiro. Em qualquer dos casos há riscos de acontecer interrupções dos serviços em uma situação de conflito internacional ou decorrente de outros interesses políticos ou econômicos. (na foto : Nelson Salgado, Presidente da Visiona, e Caio Bonilha, Presidente da Telebras).
terça-feira, 29 de maio de 2012
Embraer e Telebras se unem em programa de satélite brasileiro
A Embraer S.A. e a Telecomunicações Brasileiras S.A. (Telebras) assinaram hoje o acordo de acionistas para constituição da Visiona Tecnologia Espacial S.A., empresa cujo capital social será 51% da Embraer e 49% da Telebras. A Visiona participará do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), conforme Memorando de Entendimento anunciado em novembro de 2011. O objetivo inicial da empresa é atuar no Satélite Geoestacionário Brasileiro, que visa atender às necessidades de comunicação satelital do Governo Federal, incluindo o Programa Nacional de Banda Larga e um amplo espectro de transmissões estratégicas de defesa. A Visiona terá sede no Parque Tecnológico de São José dos Campos, São Paulo, onde também assumirá o papel de líder do Centro de Desenvolvimento de Tecnologias Espaciais, atuando em parceria com as mais relevantes entidades de ensino e pesquisa aeroespacial do País e acelerando a capacitação do setor espacial brasileiro. “Este projeto representa um passo histórico para o avanço da prontidão tecnológica e industrial do setor espacial no Brasil, e a Embraer tem satisfação e orgulho de ser a parceira estratégica da Telebras e do Estado Brasileiro nesse importante desenvolvimento para nossa nação”, disse Frederico Curado, Diretor-Presidente da Embraer. Para o presidente da Telebras, Caio Bonilha, “o satélite brasileiro permitirá a ampliação do acesso à internet a milhões de lares brasileiros. Além disso, a posse e a operação de um satélite através do Brasil propiciará não somente a segurança necessária às transmissões de informações das redes estratégicas do Governo Federal, mas também a autonomia do processo de desenvolvimento tecnológico aeroespacial”.
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