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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022
Airbus e CFM International são pioneiras na tecnologia de combustão de hidrogênio
A Airbus assinou um acordo de parceria com a CFM International, uma empresa conjunta 50/50 entre a GE e a Safran Aircraft Engines, para colaborar em um programa de demonstração de hidrogênio que decolará em meados desta década.
O objetivo do programa é testar em solo e em voo um motor de combustão direta alimentado por hidrogênio, em preparação para a entrada em serviço de uma aeronave de emissão zero até 2035. A demonstração usará um teste de voo do A380 equipado com tanques de hidrogênio líquido preparados na Airbus instalações na França e na Alemanha. A Airbus também definirá os requisitos do sistema de propulsão a hidrogênio, supervisionará os testes de voo e fornecerá a plataforma A380 para testar o motor de combustão de hidrogênio na fase de cruzeiro.
A CFM International (CFM) modificará o combustor, o sistema de combustível e o sistema de controle de um turbofan GE Passport para funcionar com hidrogênio. O motor, que é montado nos EUA, foi selecionado para este programa devido ao seu tamanho físico, maquinário turbo avançado e capacidade de fluxo de combustível. Ele será montado ao longo da fuselagem traseira da bancada de testes para permitir que as emissões do motor, incluindo rastros, sejam monitoradas separadamente daquelas dos motores que alimentam a aeronave. O CFM executará um extenso programa de testes em solo antes do teste de voo do A380.
“Este é o passo mais significativo realizado pela Airbus para inaugurar uma nova era de voos movidos a hidrogênio desde o lançamento de nossos conceitos ZEROe em setembro de 2020”, disse Sabine Klauke, diretora técnica da Airbus. “Ao alavancar a experiência dos fabricantes de motores americanos e europeus para progredir na tecnologia de combustão de hidrogênio, essa parceria internacional envia uma mensagem clara de que nossa indústria está comprometida em tornar realidade o voo com emissão zero”.
“A capacidade de combustão de hidrogênio é uma das tecnologias fundamentais que estamos desenvolvendo e amadurecendo como parte do Programa CFM RISE”, disse Gaël Méheust, presidente e CEO da CFM. “Reunindo as capacidades coletivas e a experiência da CFM, nossas empresas-mãe e a Airbus, realmente temos a equipe dos sonhos para demonstrar com sucesso um sistema de propulsão a hidrogênio”.
A CFM compartilha a ambição da Airbus de cumprir a promessa que fizeram ao assinar a meta do Air Transport Action Group em outubro de 2021 de atingir emissões líquidas de carbono zero da indústria da aviação até 2050, desenvolvendo e testando a tecnologia necessária para tornar as aeronaves de zero emissões uma realidade dentro do ambicioso linha do tempo definida.
A Airbus tem um relacionamento de longa data com a CFM e suas empresas controladoras, GE Aviation e Safran Aircraft Engines e, juntos, os parceiros estabeleceram um ótimo histórico de entrega de produtos de alto desempenho que atendem às necessidades dos clientes das companhias aéreas.
quarta-feira, 17 de novembro de 2021
Emirates e GE Aviation se comprometem a testar programa de voo usando combustível de aviação 100% sustentável
A Emirates e a GE Aviation assinaram um acordo preliminar (MoU) para o desenvolvimento de um programa que usará um Boeing 777-300ER da Emirates equipado com motores GE90 em um voo de teste, operando com combustível de aviação 100% sustentável até o final de 2022.
Atualmente, o combustível sustentável de aviação (SAF) aprovado para uso é uma mistura de combustível Jet A ou Jet A-1 derivado do petróleo e um componente SAF com limite máximo de mistura de 50%. Um dos especialistas em combustível da GE coordena uma força-tarefa internacional para desenvolver especificações padronizadas do setor para a adoção de SAF 100%, que não requer mistura com combustível de aviação convencional.
O voo de teste com SAF 100% representa um marco na colaboração entre a Emirates e a GE Aviation e deve mostrar como as aeronaves comerciais de grande porte, operando com combustível de aviação de fontes alternativas, podem reduzir as emissões de CO2 em todo o ciclo de vida em comparação com os combustíveis derivados do petróleo, sem gerar problemas operacionais.
O voo de demonstração é um dos esforços das duas empresas para reduzir as emissões de CO2, à medida que o setor busca aumentar o uso de SAF.
A Emirates terá a colaboração das autoridades para garantir as aprovações da certificação experimental e coordenará os requisitos pré e pós-voo com os fabricantes de fuselagem, unidade de potência auxiliar (APU) e fabricante original dos equipamentos (OEMs), além de trabalhar com os fornecedores de SAF na aquisição e logística de entrega.
Adel Al Redha, diretor de operações da Emirates, disse: "A Emirates assumiu o compromisso de apoiar iniciativas que ajudem a minimizar suas emissões de CO2, e já fez um grande progresso em termos de eficiência e conservação de combustível, além de avanços operacionais em diferentes áreas da nossa empresa. Nosso acordo com a GE Aviation promoverá o progresso do compromisso coletivo do setor de chegar a zero emissão, e esperamos continuar com esta colaboração. Nossa parceria com a GE Aviation para realizar o voo de teste será um passo importante para garantir a certificação de voos com SAF 100%."
Além do suporte ao cliente, a GE Aviation fará as análises técnicas necessárias para confirmar se os motores atendem às especificações de desempenho e fornecerá as instruções pré- e pós-voo, conforme necessário.
"A GE Aviation se empenha para reduzir as emissões de CO2 da aviação comercial, incluindo o desenvolvimento de tecnologias para a frota em serviço e para o futuro da aviação. Esta colaboração com a Emirates é fundamental para o nosso trabalho de padronização global do SAF 100%, o que pode ser uma grande oportunidade de expansão do impacto do SAF no trabalho de redução de carbono da aviação", disse John S. Slattery, presidente e CEO da GE Aviation.
A Emirates apoia há tempos os esforços do setor e do governo para incentivar o desenvolvimento do segmento de SAF e participa regularmente de iniciativas de implementação do SAF. Seu primeiro voo operado por SAF foi em 2017 no aeroporto O’Hare de Chicago.
A Emirates recebeu sua primeira aeronave A380 operada com SAF em dezembro de 2020 e também adquiriu 32 toneladas de SAF para seus voos de Estocolmo no início daquele ano, com o apoio do Programa de Incentivo a Biocombustíveis da Swedavia (empresa pública sueca que administra e gere 10 importantes aeroportos). Os voos de Oslo também começaram a operar com SAF de acordo com a política de SAF do governo da Noruega.
A Emirates também é membro da iniciativa Clean Skies for Tomorrow, criada pelo Fórum Econômico Mundial, que apoia a transição para SAF como parte do plano para atingir voos de carbono neutro.
Todos os motores da GE Aviation podem operar com SAF aprovado, que é feito de óleos vegetais, algas, graxas, gorduras, resíduos, álcoois, açúcares, CO2 captado e outras fontes alternativas de matéria-prima. Com o uso de matérias-primas alternativas no lugar de combustíveis fósseis, é possível diminuir as emissões de CO2 durante a produção.
A GE Aviation está ativamente envolvida na avaliação e qualificação de SAF desde 2007 e trabalha com a colaboração de produtores, autoridades e operadoras para ajudar a garantir a ampla adoção do SAF na aviação.
Atualmente, o combustível sustentável de aviação (SAF) aprovado para uso é uma mistura de combustível Jet A ou Jet A-1 derivado do petróleo e um componente SAF com limite máximo de mistura de 50%. Um dos especialistas em combustível da GE coordena uma força-tarefa internacional para desenvolver especificações padronizadas do setor para a adoção de SAF 100%, que não requer mistura com combustível de aviação convencional.
O voo de teste com SAF 100% representa um marco na colaboração entre a Emirates e a GE Aviation e deve mostrar como as aeronaves comerciais de grande porte, operando com combustível de aviação de fontes alternativas, podem reduzir as emissões de CO2 em todo o ciclo de vida em comparação com os combustíveis derivados do petróleo, sem gerar problemas operacionais.
O voo de demonstração é um dos esforços das duas empresas para reduzir as emissões de CO2, à medida que o setor busca aumentar o uso de SAF.
A Emirates terá a colaboração das autoridades para garantir as aprovações da certificação experimental e coordenará os requisitos pré e pós-voo com os fabricantes de fuselagem, unidade de potência auxiliar (APU) e fabricante original dos equipamentos (OEMs), além de trabalhar com os fornecedores de SAF na aquisição e logística de entrega.
Adel Al Redha, diretor de operações da Emirates, disse: "A Emirates assumiu o compromisso de apoiar iniciativas que ajudem a minimizar suas emissões de CO2, e já fez um grande progresso em termos de eficiência e conservação de combustível, além de avanços operacionais em diferentes áreas da nossa empresa. Nosso acordo com a GE Aviation promoverá o progresso do compromisso coletivo do setor de chegar a zero emissão, e esperamos continuar com esta colaboração. Nossa parceria com a GE Aviation para realizar o voo de teste será um passo importante para garantir a certificação de voos com SAF 100%."
Além do suporte ao cliente, a GE Aviation fará as análises técnicas necessárias para confirmar se os motores atendem às especificações de desempenho e fornecerá as instruções pré- e pós-voo, conforme necessário.
"A GE Aviation se empenha para reduzir as emissões de CO2 da aviação comercial, incluindo o desenvolvimento de tecnologias para a frota em serviço e para o futuro da aviação. Esta colaboração com a Emirates é fundamental para o nosso trabalho de padronização global do SAF 100%, o que pode ser uma grande oportunidade de expansão do impacto do SAF no trabalho de redução de carbono da aviação", disse John S. Slattery, presidente e CEO da GE Aviation.
A Emirates apoia há tempos os esforços do setor e do governo para incentivar o desenvolvimento do segmento de SAF e participa regularmente de iniciativas de implementação do SAF. Seu primeiro voo operado por SAF foi em 2017 no aeroporto O’Hare de Chicago.
A Emirates recebeu sua primeira aeronave A380 operada com SAF em dezembro de 2020 e também adquiriu 32 toneladas de SAF para seus voos de Estocolmo no início daquele ano, com o apoio do Programa de Incentivo a Biocombustíveis da Swedavia (empresa pública sueca que administra e gere 10 importantes aeroportos). Os voos de Oslo também começaram a operar com SAF de acordo com a política de SAF do governo da Noruega.
A Emirates também é membro da iniciativa Clean Skies for Tomorrow, criada pelo Fórum Econômico Mundial, que apoia a transição para SAF como parte do plano para atingir voos de carbono neutro.
Todos os motores da GE Aviation podem operar com SAF aprovado, que é feito de óleos vegetais, algas, graxas, gorduras, resíduos, álcoois, açúcares, CO2 captado e outras fontes alternativas de matéria-prima. Com o uso de matérias-primas alternativas no lugar de combustíveis fósseis, é possível diminuir as emissões de CO2 durante a produção.
A GE Aviation está ativamente envolvida na avaliação e qualificação de SAF desde 2007 e trabalha com a colaboração de produtores, autoridades e operadoras para ajudar a garantir a ampla adoção do SAF na aviação.
sexta-feira, 22 de agosto de 2014
GE Aviation busca aprovação da EASA para adotar diesel em motores turboélice
A GE Aviation apresentou pedido à EASA (Agência Europeia para a Segurança da Aviação) para utilizar o diesel S-10 na família de motores turboélice H Series, utilizada em aeronaves dos mercados agrícola, de negócios e utilities. A aprovação ajudaria os operadores brasileiros desse modelo de turbina a reduzir os custos de combustível em até 25%. O motor H Series consome, em média, 648 mil litros de combustível antes de sua primeira revisão, programada com 3.600 horas acumuladas de voo. Com o diesel S-10, operadores poderiam economizar mais de R$ 500 mil (US$ 225 mil) em custos de combustível entre uma revisão e outra. “A GE está empenhada em oferecer aos nossos clientes motores turboélice inovadores, potentes, altamente resistentes e com baixo consumo de combustível”, disse Brad Mottier, vice-presidente e gerente geral de Sistemas Integrados da GE Aviation. “Com o diesel, nós poderemos ajudar os nossos clientes a diminuir significativamente os custos de combustível, mantendo a mesma confiabilidade e durabilidade demonstradas com os serviços de manutenção.” O executivo acrescenta que “por muito tempo, o segmento de aviação não passou por muitas inovações técnicas” e que “a GE está empenhada em mudar esse cenário”. A família de turboélices H Series – que inclui os motores H75, H80 e H85 – combina design 3D aerodinâmico e materiais avançados para criar um motor potente, com baixo consumo de combustível e alta durabilidade, sem a necessidade de inspeções recorrentes do bocal de combustível e da região conhecida como hot section (câmaras de combustão e adjacências). A GE também está desenvolvendo para a mesma série de motores um controle eletrônico integrado do motor EEC, visando aumentar a precisão da alavanca e integrar ao sistema a capacidade de auto iniciar, para auxiliar no trabalho do piloto. O motor H Series está presente em nove modelos de aeronaves, incluindo o Thrush 510G, Nextant Aerospace G90XT e Aircraft Industries L410. A família de motores oferece a opção única ou dupla de regulação das hélices, oferecendo maior flexibilidade aos clientes. Unidade operacional da GE, a GE Aviation é líder mundial na fabricação de motores a jato e turboélices, componentes e sistemas integrados para as áreas comercial, militar, empresarial e de aviação em geral. A companhia conta com uma rede global de serviços para oferecer suporte a essas ofertas.
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
Boeing demonstra melhorias expressivas na furtividade e alcance do Advanced Super Hornet
Durante três semanas de testes de voo do Advanced Super Hornet, a Boeing e sua parceira Northrop Grumman demonstraram que, com os aprimoramentos desenvolvidos para ampliar sua furtividade perante radares e ampliar seu alcance de combate, o caça continuará à frente das ameaças pelas próximas décadas. Os 21 testes de voo realizados em St. Louis e Patuxent River, em Maryland, iniciados em 5 de agosto, permitiram à equipe testar os tanques conformais de combustível (CFT), o pod interno de armas (EWP) e diversas melhorias. Todos esses aprimoramentos podem ser adaptados nos atuais modelos Block II Super Hornet e incluídos em um novo caça, a um custo acessível. “Estamos continuamente agregando novas capacidades aos já altamente capazes e furtivos Super Hornets de hoje; o Advanced Super Hornet é a próxima fase dessa evolução tecnológica”, diz Debbie Rub, vice-presidente e diretora geral da Boeing Global Strike. “A Boeing e nossos parceiros na indústria estão investindo em capacidades de última geração, para que os combatentes tenham o que precisam, no momento certo, e o cliente possa adquiri-las a um menor custo.” Aprimoramentos na assinatura do radar da aeronave, incluindo o pod interno, trouxeram um aumento de 50% na furtividade do caça, se comparados aos requisitos da Marinha Americana para o atual Super Hornet. Os testes mostraram ainda que os CFTs aumentam o raio de combate do caça em até 240 km (130 milhas náuticas), que passa a ser de mais de 1.296 km (700 milhas náuticas). “Embora tenhamos adicionado componentes à aeronave, seu desenho furtivo, de baixo arrasto, melhorará a capacidade de combate e a sobrevivência do Super Hornet em uma aeronave de eficiência comprovada, capaz de decolagem e pouso a em porta-aviões”, diz Mike Wallace, piloto de teste do Boeing F/A-18 que voou com o Advanced Super Hornet. Os aprimoramentos garantirão que o Advanced Super Hornet continue à frente das aeronaves e defesas inimigas até bem depois de 2030, especialmente quando o inimigo tentar negar acesso a uma área específica, como o espaço aéreo sobre águas internacionais nas proximidades de seus ativos. Os testes foram custeados pela Boeing e a Northrop Grumman. As empresas, juntamente com a GE Aviation e a Raytheon, parceiras industriais da Equipe Hornet, estão investindo em tecnologias mais avançadas para o Advanced Super Hornet, entre as quais, um sistema interno de Busca e Rastreamento por Infravermelho, um motor mais moderno, e um cockpit de última geração. A Boeing Defense, Space & Security é uma divisão da The Boeing Company e uma das maiores empresas do setor de defesa, espaço e segurança do mundo. Especializada em soluções inovadoras e capacidades voltadas às necessidades de seus clientes, a empresa é também a maior e mais versátil fabricante de aeronaves militares do mundo.
domingo, 1 de julho de 2012
Azul realiza voo com biocombustível à base de cana-de-açúcar
A Azul Linhas Aéreas Brasileiras, em parceria com a Amyris Inc, Embraer e GE, realizou no último dia 18 de junho um voo experimental utilizando um combustível renovável inovador, produzido a partir da cana-de-açúcar. Com destino ao Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, um jato E195 da companhia partiu do Aeroporto de Viracopos, em Campinas, e fez uma passagem sobre a Cidade Maravilhosa, que recebia naquela semana a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Batizado de Azul+Verde, o projeto teve início em novembro de 2009 com o objetivo de testar um novo conceito de desenvolvimento de combustível renovável para jatos potencialmente capaz de reduzir as emissões de gases que contribuem para o efeito estufa. Além de oferecer uma alternativa para combustíveis derivados do petróleo, a iniciativa representa mais um grande passo em direção a uma indústria de transporte aéreo sustentável. “O compromisso da Azul em reduzir a utilização de produtos petrolíferos voláteis vai além de diminuir nossos custos. O principal objetivo é inovar na prestação de serviços, empregando as melhores tecnologias para evitar a emissão excessiva de carbono e conscientizar nossos Clientes que eles estão optando por uma companhia aérea que, não só se preocupa com o meio ambiente, mas que está agindo para preservá-lo”, disse Flávio Costa, vice-presidente Técnico-Operacional da Azul. O estudo realizado pelo Icone - Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais, sobre o ciclo de vida dos gases de efeito estufa do bioquerosene da Amyris mostra que este combustível pode reduzir em até 82% a emissão de dióxido de carbono em comparação ao querosene de origem fóssil. “O biocombustível da Amyris foi desenvolvido para ser compatível com o querosene de aviação (A/A-1) para jatos. Desta maneira, foram feitos uma série de testes que mensuraram seu desempenho”, disse John Melo, presidente & CEO da Amyrs. “O voo de demonstração é um marco importante no nosso programa de combustível para jatos e nos permitirá prosseguir nos objetivos de aprovação internacional e de comercialização”, conclui Melo. Esse combustível, chamado de AMJ 700, é feito com o uso de microorganismos modificados que trabalham como fábricas vivas, convertendo o açúcar em puro hidrocarboneto. Tal método resulta em um querosene renovável que, após certificado, atenderá aos padrões mais rigorosos da aviação e da ASTM - American Society for Testing and Materials. Para o voo experimental, foi utilizada uma mistura equivalente de querosene de aviação comum com querosene renovável obtido a partir da fermentação da cana-de-açúcar (4,5 mil litros), o que torna esse um voo inédito na aviação brasileira. “Durante os testes realizados no início deste ano, em Ohio, nos Estados Unidos, o biocombustível da Amyris atingiu os requisitos técnicos desejáveis. Em conjunto com as novas tecnologias constantemente empregadas no desenvolvimento e certificação de motores, este bioquerosene certamente ajudará a cumprir as metas ambientais da indústria de aviação”, disse Steve Csonka, diretor da Estratégia Ambiental e de Ecomagination da GE Aviation. “Desenvolvido a partir do conceito drop-in, não foi necessário implementar qualquer modificação ou adaptação à aeronave antes deste voo demo”, disse Mauro Kern, vice-presidente-executivo de Engenharia e Tecnologia da Embraer. “Os testes realizados pela Embraer com o biocombustível da Amyris no Brasil foram um sucesso. Isto confirma o potencial de desempenho deste combustível renovável, seja em termos técnicos, seja em termos ambientais. Ficamos felizes com o sucesso técnico deste programa e continuaremos comprometidos com o desenvolvimento de tecnologias de ponta capazes de contribuir com a sustentabilidade da aviação, dentre elas, os biocombustíveis”, concluiu. “A Azul acredita muito na tecnologia apresentada pela Amyris. O Brasil conta com uma abundância de terra produtiva, o que faz com que o cultivo da cana-de-açúcar não compita com os demais cultivos, como por exemplo, o de alimentos,” afirma Adalberto Febeliano, diretor de Relações Institucionais da Azul. “Esperamos que seja possível adotar esse combustível em voos comerciais no médio prazo, com uma produção em larga escala, sendo economicamente viável”, completa. Este projeto conta com o apoio institucional do Banco Pine, BR Aviation, Total e Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID.
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