A GOL lança mais um projeto do Programa Talentos GOL: Trainee Aeroportos 2011. O objetivo é selecionar e desenvolver profissionais recém-formados com perfil e qualificações diferenciadas para atuar em gestão de aeroportos.
Segundo a empresa, o investimento em novos profissionais tem como foco a disseminação dos valores da organização, melhoria nos fluxos de trabalho, gestão de pessoas e excelência no atendimento. “Essa é mais uma de nossas ações voltadas para a carreira e o crescimento profissional. Dessa forma, mantemos nossa visão de ser a melhor empresa aérea para viajar, trabalhar e investir”, explica Ricardo Khauaja, vice-presidente de Clientes, Colaboradores e Gestão.
Um dos diferenciais do programa é a participação dos trainees em uma formação específica de treinamento e capacitação com duração de três meses, envolvendo gestão de projetos e de pessoas, bem como a imersão em áreas administrativas e participação ativa na operação dos aeroportos, nacionais e internacionais, onde a GOL opera.
As inscrições já estão abertas e o processo seletivo está previsto até o final de dezembro. As primeiras etapas serão realizadas via web. As fases subsequentes são presenciais. No total, serão 20 vagas a serem preenchidas por profissionais do mercado e colaboradores internos, que passarão pelo mesmo processo de seleção. O programa terá duração de um ano com início em janeiro de 2011 e os interessados devem ter disponibilidade para viajar ou trabalhar em qualquer base presente na malha da GOL, durante todo o processo.
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quarta-feira, 10 de novembro de 2010
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Caos aéreo marcou sabatina de indicados para ANAC
A crescente procura por transporte aéreo no Brasil, a precariedade da infraestrutura do setor e a insuficiência de investimentos - combinação que pode resultar em um novo caos aéreo - foram preocupações manifestadas pelos senadores que participaram da sabatina de três indicados para cargos de direção na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Rubem Vieira, Ricardo Bezerra e Carlos Pellegrino foram arguidos na manhã desta quarta-feira (16) pelos senadores da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) e tiveram seus nomes aprovados pelos senadores em votação secreta.
Primeiro a fazer perguntas aos indicados, o presidente da CI, senador Fernando Collor (PTB-AL), cobrou providências para evitar o estrangulamento do transporte aéreo no Brasil, especialmente durante a realização, no Brasil, da Conferência Rio+20, sobre meio ambiente, em 2012, da Copa do Mundo de Futebol em 2014 e das Olimpíadas em 2016.
- Preocupa a todos nós a falta de capacidade do nosso sistema aeroportuário, especialmente para atender a demanda futura de muito em breve, com a realização de grandes eventos previstos para o país - frisou Collor.
Nesse mesmo sentido, os senadores Eliseu Resende (DEM-MG), Leomar Quintanilha (PMDB-TO), Heráclito Fortes DEM-PI) e Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) relataram problemas vivenciados por usuários do transporte aéreo em todo o país e cobraram soluções.
Em resposta, Pellegrino citou investimentos que estão sendo feitos pelo governo federal para melhorar a infraestrutura aeroportuária. Já Rubem Vieira explicou que a ANAC, como órgão regulador, pode contribuir sugerindo melhorias na legislação e assegurando maior rigor na fiscalização dos aeroportos.
Aviação Regional
Limitações da aviação regional foram apontadas pelos senadores Mozarildo, Heráclito Fortes, Jayme Campos (DEM-MT), Arthur Virgílio (PSDB-AM), José Agripino (DEM-RN), Mão Santa (PSC-PI) e Inácio Arruda (PCdoB-CE). Conforme os senadores, deslocamentos entre cidades do interior devem necessariamente passar pelos grandes centros urbanos, por conveniência das grandes empresas que controlam as rotas, em detrimento do interesse dos usuários e das pequenas empresas.
- A ANAC tem condições de atuar de forma a impedir que a concorrência desleal de grandes companhias aéreas sobre as pequenas empresas que fazem linhas regionais no país - cobrou Inácio Arruda.
Ricardo Bezerra reconheceu a existência de concorrência predatória na aviação regional e defendeu a adoção de ações pela Anac para coibir tal prática, além de incentivos para fortalecer a atuação de pequenas empresas aéreas.
- Uma forma de ajudar a aviação regional é reduzir a alíquota de ICMS que incide sobre o querosene, item que mais pesa no custo das pequenas empresas aéreas - sugeriu ele.
A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) elogiou a resolução 141/2010 da ANAC, que trata de compensações aos passageiros em caso de atrasos de vôos, lamentando, no entanto, que a norma não trate de overbooking. A parlamentar defendeu a aprovação, pela Câmara, de projeto de sua autoria que trata de direitos dos passageiros. O texto já foi aprovado no Senado e aguarda decisão dos deputados.
Perfil dos aprovados e votações
Rubens Carlos Vieira é advogado e ocupa, desde 2006, cargo de corregedor da ANAC. Relatada pela senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), sua indicação recebeu dez votos favoráveis e três contrários.
Carlos Eduardo Magalhães da Silveira Pellegrino é engenheiro e oficial-aviador pela Academia da Força Aérea. Trabalha na ANAC desde fevereiro de 2008, sendo hoje superintendente de Segurança Operacional. A indicação de Pellegrino recebeu dez votos favoráveis e dois contrários e foi relatada pelo senador Delcídio Amaral (PT-MS).
Último sabatinado, Ricardo Sérgio Maia Bezerra é formado em Administração de Empresas e atuou, entre 2003 a 2009, na INFRAERO (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária). Sua indicação, relatada pelo senador Francisco Dornelles (PP-RJ), foi aprovada por 14 votos favoráveis, dois votos contrários e uma abstenção.
Texto: Iara Guimarães Altafin / Agência Senado
Primeiro a fazer perguntas aos indicados, o presidente da CI, senador Fernando Collor (PTB-AL), cobrou providências para evitar o estrangulamento do transporte aéreo no Brasil, especialmente durante a realização, no Brasil, da Conferência Rio+20, sobre meio ambiente, em 2012, da Copa do Mundo de Futebol em 2014 e das Olimpíadas em 2016.
- Preocupa a todos nós a falta de capacidade do nosso sistema aeroportuário, especialmente para atender a demanda futura de muito em breve, com a realização de grandes eventos previstos para o país - frisou Collor.
Nesse mesmo sentido, os senadores Eliseu Resende (DEM-MG), Leomar Quintanilha (PMDB-TO), Heráclito Fortes DEM-PI) e Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) relataram problemas vivenciados por usuários do transporte aéreo em todo o país e cobraram soluções.
Em resposta, Pellegrino citou investimentos que estão sendo feitos pelo governo federal para melhorar a infraestrutura aeroportuária. Já Rubem Vieira explicou que a ANAC, como órgão regulador, pode contribuir sugerindo melhorias na legislação e assegurando maior rigor na fiscalização dos aeroportos.
Aviação Regional
Limitações da aviação regional foram apontadas pelos senadores Mozarildo, Heráclito Fortes, Jayme Campos (DEM-MT), Arthur Virgílio (PSDB-AM), José Agripino (DEM-RN), Mão Santa (PSC-PI) e Inácio Arruda (PCdoB-CE). Conforme os senadores, deslocamentos entre cidades do interior devem necessariamente passar pelos grandes centros urbanos, por conveniência das grandes empresas que controlam as rotas, em detrimento do interesse dos usuários e das pequenas empresas.
- A ANAC tem condições de atuar de forma a impedir que a concorrência desleal de grandes companhias aéreas sobre as pequenas empresas que fazem linhas regionais no país - cobrou Inácio Arruda.
Ricardo Bezerra reconheceu a existência de concorrência predatória na aviação regional e defendeu a adoção de ações pela Anac para coibir tal prática, além de incentivos para fortalecer a atuação de pequenas empresas aéreas.
- Uma forma de ajudar a aviação regional é reduzir a alíquota de ICMS que incide sobre o querosene, item que mais pesa no custo das pequenas empresas aéreas - sugeriu ele.
A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) elogiou a resolução 141/2010 da ANAC, que trata de compensações aos passageiros em caso de atrasos de vôos, lamentando, no entanto, que a norma não trate de overbooking. A parlamentar defendeu a aprovação, pela Câmara, de projeto de sua autoria que trata de direitos dos passageiros. O texto já foi aprovado no Senado e aguarda decisão dos deputados.
Perfil dos aprovados e votações
Rubens Carlos Vieira é advogado e ocupa, desde 2006, cargo de corregedor da ANAC. Relatada pela senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), sua indicação recebeu dez votos favoráveis e três contrários.
Carlos Eduardo Magalhães da Silveira Pellegrino é engenheiro e oficial-aviador pela Academia da Força Aérea. Trabalha na ANAC desde fevereiro de 2008, sendo hoje superintendente de Segurança Operacional. A indicação de Pellegrino recebeu dez votos favoráveis e dois contrários e foi relatada pelo senador Delcídio Amaral (PT-MS).
Último sabatinado, Ricardo Sérgio Maia Bezerra é formado em Administração de Empresas e atuou, entre 2003 a 2009, na INFRAERO (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária). Sua indicação, relatada pelo senador Francisco Dornelles (PP-RJ), foi aprovada por 14 votos favoráveis, dois votos contrários e uma abstenção.
Texto: Iara Guimarães Altafin / Agência Senado
sábado, 10 de abril de 2010
Índice de atrasos fica estável apesar das chuvas
Apesar das intensas chuvas durante o mês de março, o índice de atrasos nos voos partindo do Brasil ficou estável: foi de 13,1% em março, ante 12,7% fevereiro deste ano. Os dados são da Infraero, que considera atraso voos com decolagens após 30 minutos do previsto.
Entre as principais empresas brasileiras, a Azul foi a mais pontual em março, com 5,2% de voos atrasados. Em seguida ficaram a OceanAir (7,7%), Gol (9,7%) e Webjet (10,8%) e por fim a TAM com 17,4% de voos atrasados. Um dos motivos para o elevado índice da TAM é possuir o maior número de voos, incluindo internacionais.
Entre as empresas de pequeno e médio porte, a mais pontual foi a Sete (6,98%), seguida pela NHT (7,36%), Air Minas (8,36%), Sol (10,13%), Passaredo (10,67%), TRIP (17,4%) e Pantanal (21,2%). Entre as empresas internacionais mais pontuais no mês de março foram Emirates e Lan Peru, ambas sem nenhum voo atrasado, seguidas pela Copa (1%), Alitalia (2%), Air Canada (3%) e Lufthansa (3%). Registraram índices mais elevados a Air Italy (63%), Livingston (43%) e a TACV (40%).
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terça-feira, 6 de abril de 2010
Infraero é multada por falhas em Congonhas
A INFRAERO foi autuada pela SVMA (Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente) de São Paulo, pelo não cumprimento de 13 das 93 exigências ambientais impostas ao Aeroporto de Congonhas.
Talvez o item mais polêmico, e mesmo arbitrário, seja a respeito ao horário de funcionamento do aeroporto. Ao conceder o alvará, a SVMA estabeleceu a redução das operações de segunda a sábado, das 7 horas às 22 horas. Sendo que aos domingos e feriados, a redução é ainda maior, das 9 horas às 22 horas.
A medida caso seja sancionada fará Congonhas perder 62 movimentos por dia, ou 12% da já limitada operação. A prefeitura alega que é necessário respeitar a saúde das pessoas que vivem no entorno do aeroporto. A ANAC interveio na disputa e no último dia 23 de março, entregou ofício à SVMA em que contestava a competência da Prefeitura em interferir no horário de funcionamento de área sob jurisdição federal.

A Procuradoria do Município afirma que o argumento é baseado no caso de uso e ocupação do solo, por tanto, todas ações neste caso têm amparo legal.
O valor da multa é de R$ 1 milhão e só não pode ser aplicada porque uma liminar livra a estatal de punições até o próximo sábado.
Nota do editor: Vale ressaltar que a limitação nas operações de Congonhas trará um impacto ainda maior ao já saturado sistema aeroportuário paulista.
Talvez o item mais polêmico, e mesmo arbitrário, seja a respeito ao horário de funcionamento do aeroporto. Ao conceder o alvará, a SVMA estabeleceu a redução das operações de segunda a sábado, das 7 horas às 22 horas. Sendo que aos domingos e feriados, a redução é ainda maior, das 9 horas às 22 horas.
A medida caso seja sancionada fará Congonhas perder 62 movimentos por dia, ou 12% da já limitada operação. A prefeitura alega que é necessário respeitar a saúde das pessoas que vivem no entorno do aeroporto. A ANAC interveio na disputa e no último dia 23 de março, entregou ofício à SVMA em que contestava a competência da Prefeitura em interferir no horário de funcionamento de área sob jurisdição federal.

A Procuradoria do Município afirma que o argumento é baseado no caso de uso e ocupação do solo, por tanto, todas ações neste caso têm amparo legal.
O valor da multa é de R$ 1 milhão e só não pode ser aplicada porque uma liminar livra a estatal de punições até o próximo sábado.
Nota do editor: Vale ressaltar que a limitação nas operações de Congonhas trará um impacto ainda maior ao já saturado sistema aeroportuário paulista.
ANAC continua com três diretorias vagas
Segundo matéria publicada no jornal O Globo, a ANAC tem 3 diretorias vagas e está impedida de tomar decisões importantes por falta de quórum.
As diretorias de regulação econômica, de operações e de infraestrutura aeroportuária estão vagos. Embora a indicação dos nomes já exista, o processo está parado na Casa Civil.
Embora a estrutura esteja em funcionamento, o trabalho da agência está comprometido, especialmente na tomada de decisões para melhorar e ampliar o sistema aeroportuário. [foco inclusive do artigo especial desta semana].
Apenas no sistema aeroportuário falta definir padrões de qualidade de atendimento aos usuários, processos de concessão aeroportuária, como preparar os editais de licitação, criação de métodos de gestão mais próximos da iniciativa privada, reformulação das tarifas aeroportuárias, entre outros.
Para a presidente da ANAC, Solange Vieira, cujo mandato termina em dez meses, a agencia está preparada para funcionar sozinha. Podendo tomar decisões a ser referendada posteriormente pela diretoria colegiada. Além disso, devido aos problemas atuais, os gabinetes dos diretores foram desmobilizados e as superintendências subordinadas a eles foram orientadas a tratar diretamente com a presidência.
Fica claro que o esvaziamento da ANAC ao fim de governo está relacionada ao viés político. Embora deva ser um órgão regulador e fiscalizador independente, desde sua criação a agência enfrenta problemas políticos, sendo o mais sério o relacionada a primeira diretoria.
Os nomes indicados para ocupar as diretorias vagas são: Rubens Vieira (atual corregedor do órgão); Carlos Eduardo Pellegrino (Superintendente de Segurança Operacional da agência) e Sílvio Holanda (assessor da presidência da Anac). Enquanto o processo fica parado, não devemos esperar grandes decisões no setor até o fim de 2010, repetindo o cenário de três anos depois do apagão aéreo.
As diretorias de regulação econômica, de operações e de infraestrutura aeroportuária estão vagos. Embora a indicação dos nomes já exista, o processo está parado na Casa Civil.
Embora a estrutura esteja em funcionamento, o trabalho da agência está comprometido, especialmente na tomada de decisões para melhorar e ampliar o sistema aeroportuário. [foco inclusive do artigo especial desta semana].
Apenas no sistema aeroportuário falta definir padrões de qualidade de atendimento aos usuários, processos de concessão aeroportuária, como preparar os editais de licitação, criação de métodos de gestão mais próximos da iniciativa privada, reformulação das tarifas aeroportuárias, entre outros.
Para a presidente da ANAC, Solange Vieira, cujo mandato termina em dez meses, a agencia está preparada para funcionar sozinha. Podendo tomar decisões a ser referendada posteriormente pela diretoria colegiada. Além disso, devido aos problemas atuais, os gabinetes dos diretores foram desmobilizados e as superintendências subordinadas a eles foram orientadas a tratar diretamente com a presidência.
Fica claro que o esvaziamento da ANAC ao fim de governo está relacionada ao viés político. Embora deva ser um órgão regulador e fiscalizador independente, desde sua criação a agência enfrenta problemas políticos, sendo o mais sério o relacionada a primeira diretoria.
Os nomes indicados para ocupar as diretorias vagas são: Rubens Vieira (atual corregedor do órgão); Carlos Eduardo Pellegrino (Superintendente de Segurança Operacional da agência) e Sílvio Holanda (assessor da presidência da Anac). Enquanto o processo fica parado, não devemos esperar grandes decisões no setor até o fim de 2010, repetindo o cenário de três anos depois do apagão aéreo.
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segunda-feira, 5 de abril de 2010
Colapso Estratégico

A questão das limitações da infra-estrutura aeroportuária brasileira é de conhecimento geral, no entanto, nos últimos anos pouco tem sido feito para solucionar o gargalo encontrado nos principais aeroportos do país.
A INFRAERO, que desde a década de 1970 é responsável pela administração da maioria dos aeroportos brasileiros, sempre foi considerada ineficiente e burocrática. O que era ruim ficou ainda pior nos últimos sete anos já que a maioria dos cargos diretivos passou a ser ocupado por políticos, o que tornou a empresa alvo de denuncias de corrupção e de investigações por parte da Polícia Federal e do Ministério Público.
A maioria das obras da estatal foram superfaturadas, diversos ex-diretores enfrentam ações na Justiça, que provavelmente não condenará ninguém, e o pior, as obras caminham num ritmo longe das reais necessidades do setor.
Muito se fala na construção ou ampliação de aeroportos, porém, este tipo de investimento não ocorre sem um planejamento. Atualmente devido às necessidades do país, seria realmente necessário iniciar urgentemente a ampliação da maioria dos aeroportos, o que soluciona uma parte do problema e gera outro. Ao mesmo tempo em que alivia a superlotação, as obras criam verdadeiros Prometeu Pós-Modernos, ou se preferirem, estamos fazendo “puxadinhos”.
Ampliar um aeroporto sem uma política de Estado para o setor é criar um problema futuro ainda maior. Uso como exemplo o Aeroporto de Congonhas, que após a ampliação do terminal de passageiros passou a oferecer aos passageiros apenas uma imensa e desconfortável sala de embarque.
A principio resolvemos o problema de espaço das modestas salas de embarque do cobiçado e movimentado aeroporto. No entanto, o número de posições de check-in continua os mesmos e a área da antiga ala, justamente onde estão os check-in, não cresceu um metro sequer. Ciente do problema as empresas aéreas, que graças à maior procura de venda por internet, aproveitaram o espaço subutilizado das lojas para disponibilizar terminais de auto-atendimento. Uma solução tapa-buraco que apenas drena uma pequena porcentagem dos passageiros das imensas filas, para filas um pouco menores dependendo do horário.
O pátio sofre o mesmo problema, não adianta as empresas aéreas incorporarem mais aviões a suas gigantescas frotas se não tem onde estacionar. Não raro os aviões ficam por dez, quinze minutos aguardando uma posição livre para poder desembarcar seus passageiros.
Enumerar todos os problemas dos aeroportos nacionais seria longo e cansativo. Então, num resumo temos o seguinte problema, alguns aeroportos tem excelentes terminais e não tem pista; outros tem pista e não tem pátio; outros tem pátio e não tem terminal; etc.
Durante o Fórum PanRotas, em março, o presidente da Azul, Pedro Janot, colocou uma situação bastante delicada em pauta. Em um ano e meio, ou seja, falamos em 18 meses, a INFRAERO teve nada menos que três presidentes. O que levou o presidente da Azul a questionar qual a estratégia e qual o plano de negócios da estatal.
Vou além, qual a estratégia nacional para nossos aeroportos? Na prática temos hoje projetos políticos e não projetos governamentais. Muda quem comanda e todo o planejamento que estava em estudo, quando muito em fase inicial de execução, é completamente abandonado e começa um novo estudo. Estamos falando de um estudo estratégico que leva um, dois anos para ser concebido e outros dez ou quinze anos para ser executado e não conseguimos passar da primeira fase.
O Brasil tem que encarar o problema dos aeroportos como uma questão de Estado. Um exemplo simplista, afinal, ele é muito mais complexo e a intenção é usar apenas o contexto. Até a criação do Plano Real, cada governo, cada “aloprado” que assumia o Ministério da Fazenda propunha um absurdo maior que o anterior que quando começava a caminhar, um novo “aloprado” assumia e mudava o plano, o nome da moeda, taxas, impostos, etc. No fim, o país regredia a passos largos.
Apenas quando a sociedade passou a entender que a criação de um plano econômico era um assunto estratégico do Estado brasileiro é que saímos da condição lastimável que nos encontrávamos. O plano Real foi colocado em prática em 1994 e hoje, três governos depois o país segue a mesma cartilha.
Enquanto a INFRAERO mantiver essa rotatividade extrema de diretores e o país, através da sociedade, da ANAC, das empresas aéreas e do Governo Federal, não fizer nada, o Brasil conhecerá a maior crise aérea de sua história.
Muito se fala do caos aéreo em virtude da Copa do Mundo de 2014, o que embora seja realmente importante, não significa nem 10% do problema que surge no horizonte. A Copa dura menos de 30 dias, enquanto o crescimento econômico do país e por consequência do transporte aéreo é perpétuo (assim esperamos). Em 2014, o transporte aéreo terá crescido naturalmente mais de 40%, o que exige medidas imediatas para nossos “puxadinhos” e a criação de uma estratégia nacional para acompanhar tal crescimento.
Esta estratégia está muito além da privatização, ou não, da INFRAERO, da construção de aeroportos, ela depende de um amplo e sério estudo que definirá quais rumos o Brasil deverá tomar nos próximos vinte anos.
Então, quando vamos pensar nisso?
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