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domingo, 26 de janeiro de 2020

ESA e Airbus assinam contrato para uso da plataforma Bartolomeo na Estação Espacial Internacional

A plataforma Bartolomeo da Airbus oferece novas oportunidades para pesquisas na Estação Espacial Internacional (ISS). A Agência Espacial Europeia (ESA) fez uma reserva de um slot de carga útil para um instrumento norueguês que irá monitorar a densidade do plasma na atmosfera da Terra.
A plataforma Bartolomeo - em homenagem ao irmão mais novo de Cristóvão Colombo - está atualmente nas instalações da Airbus em Bremen na fase final de preparação para seu lançamento rumo à ISS, programado para março de 2020. A plataforma é desenvolvida comercialmente pela Airbus utilizando seus próprios fundos de investimento e será operada em cooperação com a ESA.

A Bartolomeo pode acomodar até 12 módulos experimentais diferentes e fornecerá energia e transmissão de dados para a Terra, além de ser adequada para muitas experiências diferentes. Devido à exclusiva posição da plataforma com uma vista direta da Terra a partir de 400 quilômetros de distância, é possível a observação da Terra, incluindo a realização de medições de vestígios de gases ou monitoramento do CO2 da atmosfera, com dados úteis para proteção climática ou para uso por provedores privados de serviços de dados.

O Multi-Needle Langmuir Probe (m-NLP) é um instrumento da Universidade de Oslo e da empresa norueguesa Eidsvoll Electronics para medir densidades de plasma ionosférico. Com sua órbita relativamente baixa, a ISS passa perto da densidade plasmática pico da ionosfera. O m-NLP é hoje o único instrumento no mundo capaz de medir variações da densidade do plasma ionosférico em escalas espaciais de menos um metro. Ele coletará valiosos dados da ionosfera equatorial e de latitude média, permitindo o estudo dos processos dinâmicos nessa região em níveis sem precedentes de detalhe. A sonda Langmuir mapeará as características do plasma em todo o globo.

A missão é financiada através do programa ESA PRODEX e apoiada pela Direção de Exploração Humana e Robótica da ESA. A carga útil está programada para ser lançada em outubro de 2020 no voo NG-14 de reabastecimento da ISS e será a primeira carga útil a ser instalada na plataforma Bartolomeo a ser instalada no exterior do módulo europeu Columbus.

Juntamente com o UNOOSA (Escritório das Nações Unidas para os Assuntos do Espaço Exterior), a Airbus está atualmente promovendo licitações para mais oportunidades de pesquisa na plataforma, particularmente para permitir que instituições de pesquisa de países em desenvolvimento participem das pesquisas científicas espaciais.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Satélite CHEOPS, desenvolvido pela Airbus, é lançado com sucesso em foguete Soyuz


O satélite CHEOPS, construído pela Airbus, foi lançado com sucesso no último dia 18 em um foguete Soyuz, a partir da base europeia de lançamento espacial em Kourou, na Guiana Francesa. O lançamento é a primeira missão exoplanetária da Agência Espacial Europeia (ESA) e é também o primeiro satélite construído pela Airbus na Espanha para a ESA.
A tecnologia desenvolvida pela Airbus estudará as características de exoplanetas de estrelas próximas, observando planetas conhecidos -- que tenham um tamanho entre o da Terra e o de Netuno -- e medindo com precisão seus raios para determinar sua densidade e composição. O CHEOPS conta ainda com ferramentas que preparam o caminho para missões maiores e mais ambiciosas, com o objetivo, inclusive, de identificar se algum exoplaneta pode ser capaz de oferecer suporte à vida.

O veículo lançador Soyuz decolou conforme planejado, com seus cinco passageiros instalados no recipiente de cargas múltiplas, também construído pela Airbus. O CHEOPS fez sua separação duas horas e 23 minutos depois da decolagem e, após sua entrada em funcionamento em órbita, iniciará sua vida útil operacional de pelo menos 3 anos e meio em uma órbita terrestre síncrona ao Sol a uma altitude de 700 km.

“O CHEOPS é um programa de extrema importância para a Airbus por ser a primeira missão científica iniciada na Espanha”, afirma Phillipe Pham, diretor de observação da Terra, Navegação e Ciência da Space Systems. “Com a experiência e o forte engajamento de nossa equipe e nossos 24 parceiros de 11 países na Europa, conseguimos entregar o satélite à ESA dentro do prazo e contribuímos para esse sucesso”, concluiu.

sábado, 20 de julho de 2019

À Lua e de volta à Terra com a Airbus

Cinquenta anos após o homem pousar na Lua, nosso vizinho celestial volta a se aproximar da Terra. A NASA, a Agência Espacial americana, está planejando levar astronautas ao satélite terrestre até 2024 como parte de suas missões Artemis. Plantas da Airbus em Bremen e Friedrichshafen, na Alemanha, e em Toulouse, na França, são importantes locais para o aeroespaço global. Quando se trata de viagens espaciais com humanos e contribuição da Europa para a Estação Espacial International em especial, esses espaços são vitais. Eles têm um papel ativo na exploração espacial e em futuras missões lunares de diversas maneiras.

Espaçonave Orion

O programa Artemis é uma série de cinco missões, três das quais envolvem o uso de uma aeronave Orion, um veículo que tem um papel muito importante nos planos da NASA para viagens espaciais com humanos. A força da espaçonave Orion foi feita em Bremen: o módulo de serviço Europeu, que foi desenvolvido e construído pela Airbus a pedido da Agência Espacial Europeia (ESA). O módulo de serviço fornece propulsão, energia e gera ar puro, além de regular a temperatura. O primeiro módulo saiu da cidade cortada pelo Rio Weser e foi entregue à NASA em novembro de 2018. Um segundo módulo está em construção nas salas limpas da Airbus, com negociações atualmente em andamento para pedido adicionais. O primeiro voo Orion em 2020, que acontecerá na forma de um teste de voo sem piloto, levará a aeronave para muito além da Lua antes de retornar à Terra.

Oliver Juckenhöfe, Gerente da planta Airbus Bremen e Head of On-Orbit Services and Exploration (Diretor de Serviços em Orbita e Exploração) afirma: “Quando olho para o céu durante a noite e vejo a Lua, muitas vezes penso em como é fascinante que, em breve, humanos poderão pisar em sua superfície e conduzir pesquisas. Estou muito orgulhoso que Bremen tenha um papel tão importante. Graças ao Spacelab, ao laboratório Columbus e ao veículo espacial de carga ATV, a Airbus
em Bremen adquiriu uma experiência sem precedentes em voos espaciais com humanos, algo reconhecido por todo o mundo. Por isso, estamos trabalhando com todos os principais parceiros espaciais como parte de uma rede internacional. Graças ao nosso trabalho em tecnologia ATV, estamos qualificados para desenvolver e construir módulos de serviço para a nova aeronave Orion e a NASA concordou, pela primeira vez na história, em permitir que uma empresa não americana trabalhe em um módulo tão importante.”

Gateway - Porta de entrada

O programa Artemis da NASA prevê colocar uma estação espacial em uma órbita lunar elíptica, que poderá ser usada como uma base para pousos lunares no futuro e talvez até mesmo como um trampolim para voos para Marte. O plano para o pouso lunar em 2024 inicialmente inclui apenas uma pequena base constituída por dois elementos: um módulo de propulsão e serviço e um pequeno habitat. Depois, no escopo de futuras expansões, a ESA planeja fornecer um módulo residencial e de pesquisa, além de um módulo de infraestrutura. A Airbus recebeu um contrato de estudo da ESA para ambos os módulos e irá desenvolver um conceito para um módulo de habitação e de pesquisa em Bremen como parte do primeiro estudo (um habitat de aproximadamente 6,5 x 4,5 metros e cerca de 9 toneladas). No segundo estudo, a Airbus irá desenvolver um conceito para um elemento de infraestrutura de reabastecimento, atracamento e telecomunicações, que também servirá de câmara de descompressão para equipamentos científicos (conhecida como ESPRIT, de aproximadamente 3 X 3 metros e pesando cerca de 4 toneladas). Ambos os estudos serão desenvolvidos como parte de uma extensa parceria europeia. Um modelo em larga escada dos IHabs, os habitats internacionais, está atualmente em exibição na Airbus em Bremen. Ele foi produzido dentro da estrutura do estudo da ESA e é usado pelos engenheiros da Airbus para desenvolver e testar hardwares e softwares do habitat, além de sua ergonomia.

Oliver Juckenhöfel afirma: “A experiência e o know-how que a ESA e a Airbus ganharam durante projetos importantes como o laboratório espacial Columbus, o veículo espacial de carga ATV e o módulo de serviço europeu para a Orion, oferecem fundações sólidas para os estudos. Quando desenvolvemos as novas plataformas lunares, a exploração especial humana e a exploração robótica caminham de mãos dadas. A Europa tem uma história fantástica em ambos os tipos de viagem, e esses estudos ajudarão a garantir uma forte presença europeia no futuro da exploração espacial.”

Moon Cruiser
Missões lunares, incluindo o desenvolvimento do Gateway, serão tarefas complexas e desafiadoras para a comunidade internacional e irão exigir uma rede de abastecimento e missões logísticas bem planejadas. O novo conceito Moon Cruiser da Airbus pode oferecer apoio de diversas maneiras tanto para o desenvolvimento do Gateway quanto para as missões lunares subsequentes. Isso permitirá que o Moon Cruiser tenha um papel fundamental na logística do Gateway, transportando carga e combustível para reabastecimento para a órbita lunar e para o Gateway. O Moon Cruiser será compatível com o novo lançador Ariane 6, o que significa que também poderá transportar vários módulos, como o módulo europeu ESPRIT, para o Gateway. Além disso, o Moon Cruiser também poderá ser usado para transferir um grande módulo lunar para a órbita lunar baixa, de onde módulos de pouso e decolagem poderão ser lançados para a superfície lunar.

Oliver Juckenhöfel afirma: “O Moon Cruiser permitirá o avanço sistemático de desenvolvimentos tecnológicos alemães e europeus no que diz respeito a voo espacial com humanos. Em sua essência, o Moon Cruiser é uma evolução do Módulo de Serviço Europeu (ESM) Orion, que foi construído pela Airbus à pedido da ESA e oferece uma sinergia de produto importante, sendo desenvolvido a partir da experiência e do know-how adquiridos com veículo espacial de transporte ATV.”

ISRU: In-situ resource utilization
A ESA atualmente está preparando uma missão de superfície lunar para demonstrar as tecnologias necessárias para possibilitar a utilização de recursos no local (in-situ resource utilisation, ISRU) na Lua. O objetivo desta missão ISRU é demonstrar, até 2025, que a produção de água e oxigênio na Lua é factível. A ESA selecionou uma equipe liderada pela Airbus Bremen - em parceria com a Astrobotic Technology, que tem base em Pittsburgh, nos Estados Unidos - para estudar a entrega de um pacote de carga paga para a Lua.

Envolvendo um módulo Astrobotic, o estudo é uma análise de missão em preparação para a primeira missão da Europa para demonstrar o ISRU na Lua em 2025. A missão também envolve estudar o quanto o regolito lunar – uma rocha lunar – pode ser usado para produzir componentes maiores usando impressora 3D na Lua ou em órbita lunar.

A Airbus em Bremen também está trabalhando em tecnologias para módulos de pouso e decolagem reutilizáveis como parte do programa HERACLES da ESA. Esses módulos permitirão que amostras lunares sejam transportadas para o Gateway.

Oliver Juckenhöfel afirma: “O uso de recursos lunares é crucial para o futuro de missões lunares. A humanidade somente será capaz de adentrar mais no espaço se formos capazes de construir um sistema funcional que inclua a utilização eficaz e sustentável de recursos lunares.”

Estação Espacial Internacional (ISS)
A humanidade tem uma base na órbita baixa da Terra há 20 anos e agora a Europa tem um centro permanente de ciência em um ambiente com micro gravidade: o laboratório espacial Columbus, que foi construído pela Airbus em Bremen. As nações que se aventuram no espaço provaram que, apesar dos desafios técnicos, elas são capazes de operar uma instalação em órbita - incluindo transportar astronautas, entregar suprimentos, combustível, água e experimentos de e para a Terra.

A contínua operação da ISS é um grande pré-requisito para o futuro da pesquisa lunar. Tecnologias importantes podem ser testadas em órbita terrestre baixa antes de serem enviadas para longas viagens para a Lua. Um inovador e eficiente sistema de suporte de vida, por exemplo, foi construído pela Airbus em Friedrichshafen e está sendo testado na ISS. O sistema é vital para permitir que astronautas embarquem em viagens longas para a Lua e além.

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Ariane 5 lançado com sucesso de Kourou: BepiColombo está agora em sua longa jornada de “freada” até Mercúrio

A missão nipo-europeia com rumo a Mercúrio, batizada de BepiColombo, foi lançada com sucesso na manhã de sábado, 20 de outubro, às 03h45 (CET) do centro espacial em Kourou, localizado na Guiana Francesa, a bordo de um lançador Ariane 5. O satélite, que foi consutruído pela Airbus para a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Japonesa (JAXA) está agora no começo da sua longa jornada de cerca de 8,5 bilhões de quilômetros dentro do Sistema Solar. A expectativa é de que a espaçonave atinja o planeta mais próximo do sol em sete anos.

Após a chegada em 2025, pela primeira vez na história duas sondas espaciais, observarão Mercúrio e seu entorno simultaneamente. Está planejado o uso de câmeras para mapear a superfície do planeta com uma precisão nunca vista antes. Os dados coletados por 16 instrumentos científicos fornecerão informações sobre a composição geológica e química do planeta, assim como sua estrutura, as características do seu campo magnético e como ele interage com os ventos solares.

“Essa missão altamente complexa é o resultado de uma cooperação internacional verdadeiramente inspiradora entre 83 empresas de 16 países europeus e do Japão”, afirma Nicolas Chamussy, Diretor de Sistemas Espaciais. “Esse esforço internacional, que conta com a participação de equipes da Airbus de cinco países diferentes, é uma consequência natural da vontade humana de descobrir mais sobre esse planeta - sobre o qual se sabe tão pouco - e as origens do nosso Sistema Solar. Todas as grandes missões trazem desafios: a Airbus teve de desenvolver soluções de controle térmico sofisticadas e até mesmo placas de energia solar ‘especiais’, capazes de inclinar-se até a 75 graus na direção oposta do Sol para diminuir a temperatura. Agora, seu principal desafio é completar a viagem com segurança e enviar os dados científicos que estamos todos aguardando”.

O Ariane 5 lançou a espaçonave ‘Bepi’ ao espaço a “velocidade de escape”, a velocidade necessária para um objeto se libertar da força gravitacional da Terra. Isso permitirá que a sonda espacial entre em uma órbita solar similar à da Terra a velocidades de aproximadamente 120 mil km/h. Durante sua viagem até Mercúrio, a BepiColombo realizará diversas manobras de freagem para ajustar sua órbita, de modo que possa se aproximar lentamente do planeta.

Para alcançar essa meta, o centro de controle (Centro Europeu para Operações Espaciais – ESOC), localizado em Darmstadt, na Alemanha, projetou uma trajetória sofisticada através do sistema solar. O centro acionará os freios a meros 60 dias após o lançamento para reduzir a velocidade da espaçonave. A partir desse momento, um sistema elétrico de propulsão e nove passagens planetárias (uma pela Terra, em abril de 2020, duas por Vênus e seis por Mercúrio) garantirão à sonda toda a energia necessária.

No máximo dois dos quatro propulsores iônicos impulsionados por xenônio serão utilizados a qualquer momento durante a longa viagem. Eles serão usados por não mais do que 700 dias, no total, e poderão operar ininterruptamente por até quatro meses. Os propulsores serão movidos por duas placas solares de 1,8 x 1,4 metro. Os propulsores iônicos, um outro sistema de propulsão química e as placas de energia solar estão localizados no Módulo de Transferência para Mercúrio (MTM), o módulo de propulsão dessa viagem interplanetária rumo a Mercúrio.

Com uma viagem de aproximadamente 8,5 bilhões de quilômetros (o equivalente a uma viagem de ida e volta entre a Terra e Netuno), a sonda Bepi viajará, na realidade, 38 vezes a distância máxima entre a Terra e Mercúrio. Após viajar por sete anos e completar 18 órbitas ao redor do Sol, o MTM será lançado em 2025. A partir desse momento, os orbitadores funcionarão sozinhos, usando energia solar e um sistema de propulsão próprio. A sonda espacial irá então entrar em órbita ao redor de Mercúrio antes de cada um dos orbitadores entrar em sua própria órbita e começar a exploração científica do planeta propriamente dita.

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

ESA solicita à Airbus estudos para futura base humana que orbitará a Lua

A Agência Espacial Europeia (European Space Agency – ESA) solicitou à Airbus dois estudos sobre o possível envolvimento europeu com a futura base humana em órbita lunar. The Gateway, anteriormente conhecida como Deep Space Gateway (DSG – Porta de entrada para o espaço sideral) ou Lunar Orbital Platform-Gateway (LOP-G – Plataforma em órbita lunar – porta de entrada) é um projeto que envolve as agências espaciais dos Estados Unidos, Rússia, Canadá, Japão e Europa (NASA, Roscosmos, CSA, JAXA e ESA, respectivamente).

Ao longo dos próximos 15 meses, a Airbus desenvolverá, como parte do primeiro estudo, o projeto de um módulo habitacional e de pesquisa (que medirá aproximadamente 6,5 x 4,5 metros e pesará mais de 9 toneladas). No segundo estudo, a Airbus criará o conceito de um elemento estrutural para reabastecimento, acoplagem e telecomunicações, que também servirá como câmara de vácuo para equipamentos científicos (conhecido como módulo Esprit, que medirá cerca de 3 x 3 metros e pesará por volta de 4 toneladas). Ambos os estudos serão desenvolvidos como parte de uma abrangente parceria europeia.

Sob a liderança geral da NASA no que se refere ao projeto dos módulos, outros elementos, como um segundo módulo habitacional, uma câmara de vácuo para cargas científicas e um módulo de logística, serão criados por parceiros internacionais e comerciais. A NASA tem planos de lançar o primeiro módulo, o chamado elemento central de propulsão (power propulsion element – PPE) em órbita ao redor da lua no início da década de 2020.

“A experiência e conhecimento que a ESA e a Airbus adquiriram por meio de projetos emblemáticos, como o laboratório espacial Columbus, o transportador espacial ATV e o Orion, o módulo europeu de serviço, servem como base sólida para esses estudos”, diz Oliver Juckenhöfel, Diretor de Serviços em Órbita e Exploração da Airbus. “Quando estivermos desenvolvendo as novas plataformas lunares, a exploração espacial feita por humanos e robôs caminharão lado a lado. A Europa possui um excelente histórico em ambas essas áreas e os dois estudos solicitados ajudarão a garantir uma forte presença europeia em explorações espaciais futuras”.

“Com esses estudos e demais preparativos, a ESA busca se manter no centro da exploração espacial tripulada. A The Gateway será o polo de pesquisa mais remoto na história da humanidade e esperamos que a Europa se beneficie da onda de inovações, descobertas e agitações que teremos pela frente”, disse David Parker, Diretor de Exploração Humana e Robótica da ESA.

Diferentemente da Estação Espacial Internacional (EEI), não está prevista uma habitação permanente da The Gateway. O intuito é que a plataforma lunar sirva como ponto de parada para missões tripuladas para a Lua ou Marte. Nela serão também testadas diferentes tecnologias e operações que serão necessárias para essas missões.

A Airbus apresentará seu projeto inicial para a The Gateway durante o Congresso Astronáutico Internacional (Internacional Astronautical Congress – IAC), em Bremen, na Alemanha, no dia 3 de outubro 2018.

sábado, 11 de agosto de 2018

Construído pela Airbus, o satélite Aeolus está pronto para o lançamento


O Aeolus, o satélite para detecção de vento da Agência Espacial Europeia (ESA – European Space Agency), foi encapsulado com sucesso ao lançador Vega no Centro Espacial da Guiana, em Kourou, e está pronto para o lançamento no dia 21 de agosto. Construído pela Airbus, o Aeolus será o primeiro satélite capaz de realizar uma observação global de padrões de elementos de vento diariamente e em tempo praticamente real. A aeronave, que pesa 1,4 toneladas, conta com o chamado Aladin, um instrumento LiDAR (acrônimo de Light Detection and Ranging) que usa o efeito Doppler para determinar a velocidade do vento em diferentes altitudes. Os dados obtidos pelo Aeolus garantirão valores confiáveis de padrões de vento em escala global, que são importantes tanto para meteorologistas, que buscam melhorar a precisão de previsões do tempo, quanto para climatologistas, que procuram compreender melhor a dinâmica global da atmosfera terrestre. O Aeolus orbitará a Terrra 15 vezes por dia, com transmissão de dados para os usuários dentro de 120 minutos a partir da medição anterior em cada órbita. O ciclo de repetição de órbita é de sete dias (a cada 111 órbitas) e a espaçonave voará em uma órbita de 320 Km por três anos.

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Airbus vence concorrência de dois estudos da ESA para missão de retorno de amostras de Marte

A Airbus venceu a concorrência de dois estudos da Agência Espacial Europeia (ESA) para projetar um veículo de coleta de amostras (Sample Fetch Rover) e um veículo orbital de retorno à Terra (Earth Return Orbiter). Os dois veículos serão fundamentais para uma missão que pretende trazer amostras do planeta Marte à Terra antes do final da próxima década. Em abril de 2018, a NASA e a ESA assinaram uma carta de intenção para realizar uma Missão de Retorno de Amostras de Marte.

Após o lançamento em direção a Marte, em 2026, o Mars Sample Fetch Rover vai buscar amostras do planeta deixadas pelo veículo de exploração espacial Mars2020. O rover da NASA vai deixar na superfície marciana 36 tubos de amostras, do tamanho de uma caneta, prontos para serem coletados posteriormente. O veículo de coleta de amostras irá buscar os tubos, armazená-los em um recipiente e depositá-los dentro do veículo espacial Mars Ascent, que estará a postos. O Mars Ascent será então lançado da superfície de Marte e irá colocar o recipiente com as amostras na órbita do planeta.

Na terceira parte da missão, o Earth Return Orbiter, da ESA, irá recolher o recipiente – do tamanho de uma bola de basquete – da órbita de Marte; depois, o veículo vai depositá-lo em um sistema de biocontenção vedado e trazer as amostras de volta à Terra. As amostras farão a reentrada na atmosfera terrestre e irão pousar nos EUA antes do final da próxima década. Cientistas de todo o mundo poderão então estudar os materiais nos próximos anos, utilizando equipamentos de laboratório e técnicas de análise mais modernas.

“Nossa longa experiência em complexas missões de exploração científica, tais como Rosetta, BepiColombo e Mars Express, será um grande trunfo para o estudo. A missão é muito desafiadora em termos de tecnologia, mas a perspectiva de ver uma amostra de Marte retornando à Terra é muito animadora”, disse Patrick Lelong, gerente de projetos da Airbus para o estudo do Earth Return Orbiter.

“Combinando as experiências da ESA e da NASA, essa missão histórica é ambiciosa e tecnologicamente muito avançada, com dois veículos de exploração interagindo em Marte pela primeira vez", disse Ben Boyes, gerente de projetos da Airbus para o estudo do Sample Fetch Rover. "Essas duas situações inéditas – um lançamento a partir da superfície do planeta e a transferência das amostras em órbita – significam que, pela primeira vez, será possível estudar diretamente o solo de Marte em laboratórios na Terra.”

“Trazer amostras de Marte é essencial sob vários aspectos. Primeiramente, para entender por que Marte, mesmo sendo o planeta mais semelhante à Terra, tomou um caminho evolutivo muito diferente do nosso; em segundo lugar, para compreender totalmente o ambiente marciano e possibilitar que, um dia, os humanos trabalhem e vivam no Planeta Vermelho", afirma David Parker, diretor de exploração humana e robótica da ESA. "Estou muito feliz, porque com o início do desenvolvimento desses dois estudos, em combinação com estudos conduzidos em outras partes da Europa, nós daremos outro passo importante para a exploração de Marte.”

Tanto o Sample Fetch Rover quanto o Earth Return Orbiter fazem parte da Missão de Retorno de Amostras de Marte, proposta em conjunto pela ESA e pela NASA, que agora buscará aprovação no Conselho Ministerial da ESA em 2019.

quarta-feira, 25 de abril de 2018

BepiColombo, da Agência Espacial Europeia, ruma para base de lançamento

Após anos de desenvolvimento, a espaçonave BepiColombo, que seguirá para Mercúrio a partir do outono de 2018 no hemisfério norte (entre 5 de outubro a 29 de novembro), finalmente decolou. Os primeiros elementos do hardware do BepiColombo foram carregados em um avião de carga Antonov An-124 para serem transportados do Aeroporto de Schiphol em Amsterdam para o espaçoporto europeu de Kourou, na Guiana Francesa. Depois de uma escala para abastecimento nos Açores, o Antonov chegará hoje no seu destino. Este voo da Antonov foi o primeiro dos quatro voos necessários para transportar para Kourou a nave espacial e todo o equipamento de manuseio e testes. Os voos são complementados por três transportes marítimos de outros itens.

Tendo completado um abrangente programa de testes no Centro de Tecnologia ESTEC da Agência Espacial Europeia em Noordwijk na Holanda, a espaçonave BepiColombo está quase pronta para ser lançada. Os preparativos finais para o lançamento serão realizados entre maio e outubro de 2018, para que a nave espacial possa então ser lançada a bordo de um Ariane 5 ECA.

O BepiColombo é a primeira missão da Europa para Mercúrio. Ele partirá no outono de 2018 no hemisfério norte em uma jornada para o menor e menos explorado planeta do nosso Sistema Solar. Quando chegar a Mercúrio no final de 2025, ele será submetido a temperaturas acima de 350° C e coletará dados durante sua missão nominal de um ano, com uma possível extensão de um ano.

O BepiColombo é uma missão interdisciplinar realizada em parceria entre a ESA (Agência Espacial Europeia) e a JAXA (Japan Aerospace Exploration Agency). A missão BepiColombo envolve a entrega do MPO (Mercury Planetary Orbiter) e do MMO (Mercury Magnetospheric Orbiter), respectivamente naves orbitais planetária e magnetosférica, em órbitas complementares ao redor do planeta Mercúrio. A JAXA fornece o MMO, enquanto a Airbus é a contratada principal para a ESA e fornece o MPO e todo o equipamento restante das espaçonaves. A carga científica é fornecida por agências nacionais.

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Airbus prepara o futuro programa europeu de comunicações por satélite

A Airbus foi contratada pela Agência Espacial Europeia (ESA) para produzir um demonstrador para o futuro programa de Comunicações Governamentais Europeias por Satélite (GOVSATCOM). Com o apoio da Comissão Europeia, da Agência Europeia de Defesa (EDA) e da ESA, o GOVSATCOM tem como objetivo proporcionar serviços protegidos de comunicações por satélite aos principais países, organizações e operadores europeus. O programa deverá ser lançado até 2020 e segue os passos dos principais programas europeus como o Copernicus, o Galileo e o EDRS-SpaceDataHighway.

O contrato de demonstração terá duração de dois anos e compreende duas partes. A primeira envolve a produção de um sistema de compartilhamento dinâmico de capacidades de satélite. O núcleo do sistema terrestre é baseado na tecnologia Newtec Dialog desenvolvida pela empresa belga Newtec, e será instalada na unidade da Airbus em Toulouse. O sistema será operado por diferentes entidades governamentais europeias e empregado especialmente em teatros de operação no exterior. Um demonstrador completo do sistema ilustrará a atratividade, a flexibilidade e a simplicidade dos serviços propostos.

A segunda parte do projeto engloba um desenvolvimento tecnológico projetado para melhorar o desempenho da plataforma Newtec Dialog. O objetivo é extrair todos os benefícios possíveis do agrupamento de capacidades da futura geração de satélites governamentais, cujas áreas de cobertura serão configuráveis ​​em tempo real. A inovação permitirá que os usuários de dispositivos móveis mudem transparentemente de um feixe de satélite para outro, enquanto protege a confidencialidade de suas operações.

Este contrato de demonstração vem na sequência de dois estudos de projeto nos quais a Airbus participou entre 2015 e 2017 em nome da ESA e da EDA, respectivamente. Esses estudos serviram para definir e quantificar a natureza das necessidades dos usuários governamentais europeus e avaliar as diversas tecnologias e arquiteturas do programa GOVSATCOM, bem como as vantagens do modelo de “agrupamento e compartilhamento”.

O programa GOVSATCOM deverá inicialmente focar essencialmente no agrupamento e compartilhamento dos recursos de comunicações fornecidos pelos satélites governamentais e satélites de operadores comerciais já em órbita. O projeto de demonstração desenvolvido pela ESA e a Airbus faz a preparação para este primeiro passo, que também recebe o suporte da EDA, com catorze países da União Europeia (Áustria, Bélgica, Estônia, França, Alemanha, Grécia, Itália, Lituânia, Luxemburgo, Polônia, Portugal, Espanha, Suécia e Reino Unido) e mais a Noruega tendo concordado em junho de 2017 com o desenvolvimento de um demonstrador para agrupar e compartilhar capacidades de comunicações por satélite.

Como integrador do segmento terrestre e fabricante e operador de satélites de comunicações, a Airbus já fornece sistemas de comunicações por satélite aos governos de países europeus como a França, Alemanha, Reino Unido e Noruega, bem como para a EDA e a OTAN.

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Airbus Defence and Space vence contrato de 200 milhões de euros da ESA para o segundo módulo de serviço da cápsula espacial tripulada Orion, da NASA

A Europa fornecerá propulsão e apoio vital aos astronautas que estiverem em missões além da Lua. A primeira missão tripulada está planejada para 2021 e iniciará uma nova era da exploração humana nas profundezas do espaço. A Airbus Defence and Space, segunda maior empresa espacial do mundo, assinou um novo contrato com a Agência Espacial Europeia (ESA, em inglês) para a construção do segundo módulo de serviço europeu (ESM), que fará parte da nave espacial Orion, da NASA. O contrato vale cerca de 200 milhões de euros. O ESM é um elemento-chave da Orion, a nave espacial da nova geração que levará, pela primeira vez desde o fim do programa Apollo, os astronautas para além da órbita baixa terrestre. O módulo fornece propulsão, potência e controle térmico, além de garantir aos astronautas água e oxigênio para suas missões mais distantes, como para Marte. O ESM é instalado embaixo do módulo da tripulação. A ESA selecionou a Airbus Defence and Space como principal fabricante para o desenvolvimento e construção do primeiro ESM, em novembro de 2014. “Com este contrato de fabricação, estamos muito motivados para continuar a apoiar a missão espacial pioneira da NASA. Isso confirma a confiança que os nossos clientes ESA e NASA, bem como nosso parceiro industrial Lockheed Martin Space Systems, têm em nossa experiência e competência – a confiança que eles já colocaram em nós para o desenvolvimento e a construção do módulo de serviço europeu”, afirma Nicolas Chamussy, chefe de Sistemas Espaciais. “Nós entregamos produtos confiáveis e de última geração devido a esse programa e aos nossos investimentos contínuos. Nós podemos garantir uma vantagem tecnológica”. Mais de duas mil peças e componentes serão instalados no modelo de voo ESM, desde equipamentos elétricos a motores de foguetes, painéis solares, tanques de combustível e materiais de suporte de vida, bem como centenas de metros de cabos e tubos. A integração do primeiro modelo de voo está em pleno andamento desde maio de 2016, enquanto a integração do segundo está prevista para meados do próximo ano. O segundo voo de teste da nave espacial Orion e o primeiro voo com o foguete Space Launch System, da NASA, são conhecidos como Exploration Mission 1. Essa missão levará o veículo espacial não tripulado a mais de 64 mil quilômetros além da Lua, a fim de demonstrar o desempenho da nave espacial. A primeira missão com tripulação – Exploration MIssion 2 – terá lugar já em 2021. O projeto da nave espacial Orion permite que os astronautas sejam transportados para lugares no espaço mais distantes do que nunca. A espaçonave transporta a tripulação para o espaço, possui ejeção da capsula de emergência, que permite um suporte de vida para a tripulação durante o voo e um retorno mais seguro para a atmosfera terrestre, mesmo em velocidade extremamente alta. Com missões planejadas para além da Lua, incluindo para um asteroide redirecionado para a órbita lunar, a NASA está se capacitando a enviar humanos à Marte, e inaugurar uma nova era de pesquisa espacial que está começando. O ESM é um cilindro com uma altura e diâmetro de cerca de quatro metros. Como o Veículo de Transferência Automatizado (ATV) tem um painel solar de quatro asas distintas (19 metros de diâmetro quando abertas), que gera energia suficiente para iluminar duas casas. As 8,.6 toneladas de combustível do módulo de serviço podem alimentar um motor principal e 32 propulsores menores. No total, o ESM pesa pouco mais de 13 toneladas. Além de sua função como o principal sistema de propulsão para a espaçonave Orion, o ESM será responsável pela manobra orbital e controle de posição. Ele também fornece à tripulação elementos centrais de suporte à vida, como água e oxigênio, além de regular o controle térmico enquanto ele está ancorado para o módulo de tripulação. O módulo de serviço não pressurizado também pode ser usado para transportar carga adicional. Para o desenvolvimento e construção do ESM, a Airbus Defence and Space pode contar com sua vasta experiência como fabricante principal do ATV não tripulado da ESA, que forneceu à tripulação a bordo da Estação Espacial Internacional entregas regulares de equipamentos de teste, peças, comida, água, assim como combustível.


segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Inmarsat e Agência Espacial Europeia finalizam primeiros voos de teste para projeto de modernização do tráfego aéreo

A Inmarsat concluiu os primeiros testes do programa Iris Precursor, projeto revolucionário que tem como objetivo melhorar e modernizar a gestão do tráfego no espaço aéreo europeu. O Iris Precursor tem como foco o desenvolvimento e a implantação de datalink para comunicação via satélite, levando à redução do tempo dos voos, o consumo de combustível e a emissão de CO2. O Iris Precursor complementará o datalink de comunicação terrestre (VDL2), que deve atingir sua capacidade máxima em um futuro próximo. A Inmarsat está implantando o programa Iris Precursor em parceria com um consórcio de grandes empresas dos setores de gestão de tráfego aéreo, transporte aéreo, aeronáutica e comunicação via satélite, com liderança da Agência Espacial Europeia (ESA). O projeto, financiado pelo Programa de Pesquisas Avançadas em Sistemas de Comunicação (ARTES) da ESA, fornecerá serviços pela plataforma segura e de última geração SwiftBroadband-Safety da Inmarsat. Na fase inicial, foram realizados quatro voos de teste partindo de Amsterdã para validação do uso do datalink via satélite para aplicações seguras de comunicação e vigilância e para comparação de suas funcionalidades com a comunicação por datalink terrestre. Os testes foram conduzidos em aeronaves do Centro Aeroespacial da Holanda (NLR) usando um protótipo do terminal Iris desenvolvido pela Honeywell e conectado ao serviço de última geração SwiftBroadband-Safety da Inmarsat por meio da SITA, parceira de aviação da Inmarsat e especialista em TI e comunicação voltada ao transporte aéreo. Os voos seguiram rotas diferentes, cobrindo todas as direções, para garantir que a conectividade fosse mantida quando a aeronave cruzasse o feixe do satélite. A conexão de ponta a ponta entre a aeronave e o sistema terrestre de teste Controller Pilot Data Link Communication (CPDLC) da SITA foi testada exaustivamente e possibilitou a troca de mensagens de controle de tráfego por meio da rede de comunicação aeronáutica (Aeronautical Telecommunications Network) e gateways de segurança. Inicialmente, o programa Iris Precursor será usado na Europa continental, sendo disponibilizado em outras regiões do mundo em longo prazo. A capitã Mary McMillan, vice-presidente de serviços operacionais e de segurança da aviação da Inmarsat disse: “O aumento da eficiência é fundamental para os programas de modernização da aviação na Europa. Como o volume do tráfego aéreo continua crescendo, o uso de tecnologias digitais na cabine de controle é uma forma de aliviar o congestionamento das frequências de rádio tradicionais e otimizar o espaço aéreo europeu, um dos mais movimentados do mundo. O uso da potente e segura conectividade via satélite por meio do Iris representa uma grande mudança em relação à tecnologia terrestre usada atualmente. “O sucesso na conclusão desses testes de voo deixa o Iris Precursor a um passo da capacidade operacional inicial prevista para 2019. Isso demonstra que o uso de tecnologias via satélite em espaços aéreos continentais densos não é apenas uma solução de longo prazo, mas também um sistema confiável de curto prazo para solucionar problemas atuais de gestão do tráfego aéreo". Magali Vaissiere, diretora de telecomunicações e aplicações integradas da ESA, comentou “O programa Iris da ESA está contribuindo para o alcance da meta de longo prazo da Europa de modernizar o controle do tráfego aéreo. A abordagem gradual e a boa colaboração entre os parceiros públicos e privados estão gerando excelente resultados”. Esses testes complementam outro realizado pela Airbus com a Inmarsat e outros parceiros em março desse ano, como parte do programa Single European Sky ATM Research (SESAR), que conduziu trocas de controle de rota de voo quadridimensionais/4-D e trocas de CPDLC entre a aeronave e o controle de tráfego aéreo. A Inmarsat prepara agora a segunda fase de testes de voo com o IRIS para o final do próximo ano. No momento, a tecnologia Iris será considerada totalmente validada. As próximas fases do programa incluirão uma validação pré-operacional com a tecnologia Iris em voos comerciais em um ambiente real de gestão de tráfego. A capacidade operacional inicial do Iris será disponibilizada em 2019, complementando os sistemas terrestres e gerando mais segurança, proteção e eficiência.

sábado, 28 de maio de 2016

Thales Alenia Space conclui análise de funcionalidade do satélite ExoMars

A Thales Alenia Space, principal contratada da Agência Espacial Europeia (ESA) para a construção do satélite ExoMars, concluiu com sucesso a Revisão de Comissionamento em Órbita (IOCR). A Thales Alenia Space analisou os resultados das operações de Lançamento e Fase Inicial em Órbita (LEOP) e de comissionamento para elaborar um relatório e enviar à ESA. O relatório confirma a funcionalidade total dos dois módulos que formam o satélite: EDM (Entry and Descent Module) e TGO (Trace Gas Orbiter). Testes no TGO durante a fase LEOP confirmaram que as temperaturas do satélite estão dentro dos limites operacionais; o subsistema de propulsão (Sistema de Controle de Reação, ou RCS) está operando conforme esperado e o consumo de energia é nominal. Os parâmetros elétricos (voltagem e corrente) permanecem estáveis em relação aos resultados dos testes na Terra. “Estamos felizes em confirmar que o ExoMars está em excelente forma, com tudo ocorrendo de acordo com o cronograma. Garantimos que a equipe de técnicos e engenheiros da Thales Alenia Space está trabalhando arduamente na preparação para a chegada do satélite em Marte, no dia 19 de outubro”, declara Walter Cugno, diretor do programa ExoMars na Thales Alenia Space. “Também estamos muito orgulhosos de receber o agradecimento da Agência Espacial Europeia (ESA) pelo excelente trabalho realizado”, acrescenta. Enquanto a ExoMars continua sua viagem para Marte, a Thales Alenia Space conclui suas negociações com a ESA sobre as atividades de acompanhamento do percurso interplanetário, abordagem a Marte e fases operacionais. Recentemente, a Thales Alenia Space assinou um Registro de Acordo com a ESA para integrara segunda missão do programa ExoMars, com o Rover e Plataforma de Superfície, que deve ocorrer no final de 2020.

Próximos passos:

· Meados de junho – segunda carga útil do TGO e check-out do EDM
· Início de julho – comissionamento do motor principal do TGO realizando uma leve manobra acionada.
· 28 de julho – DSM (Deep Space Maneuver), manobra para colocar a espaçonave na trajetória necessária para que aterrisse em Marte.
· 11 de agosto – ajuste de trajetória.
· Setembro-outubro – simulação de pouso em Marte.
· 16 de outubro – o EDM se separa do orbitador.
· 19 de outubro – o TGO entra na órbita marciana, enquanto o EDM aterrissa simultaneamente em Marte.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Indra fecha acordo com Agência Espacial Europeia

A Indra fechou um acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA) para gerenciar e operar o Centro Principal de Processamento e Arquivo de imagens da missão Sentinel-2, a partir de suas instalações em San Fernando de Hanares, em Madri. Este contrato reforça a posição da multinacional em consultoria e tecnologia como operadora de centros de processamento de imagens de satélites, consolidando sua carteira de soluções e serviços no setor espacial. A empresa é líder no desenvolvimento de segmentos terrenos na Espanha e possui uma vasta experiência em sistemas e aplicativos de observação da Terra. Os satélites Sentinel são parte do programa Copernicus, anteriormente denominado GMES (Global Monitoring for Environmental and Security) com o qual a Europa se dotará de capacidade de observação da própria Terra. O centro de processamento e arquivo entrará em operação em setembro de 2014, coincidindo com o lançamento do Sentinel-2A. Esse centro poderá ser ampliado posteriormente para gerenciar os dados do segundo satélite, o Sentinel-2B, que será lançado ao espaço em 2016. Estes satélites, de órbita polar, captarão imagens de alta resolução em 13 faixas de forma visível e em infravermelho. Sua vida útil será de aproximadamente sete anos, embora estejam preparados para uma vida útil de mais cinco anos. A equipe especializada em observação da Terra da Indra será responsável pelo gerenciamento e operação completa do centro, incluindo processamento das imagens e sua distribuição aos usuários. A Indra também se encarregará da armazenagem de dados a longo prazo. A cada ano, serão arquivados até mil terabytes de novas imagens. A empresa armazenará esta informação em seu avançado Centro de Processamento de dados de San Fernando de Henares que, atualmente, conta com 5 mil metros quadrados e oferece um percentual de serviço sem interrupções de 99,8 %. O papel da Indra como gerenciadora e operadora do Centro de Processamento e Arquivo de Sentinel-2 coloca a empresa em uma posição superior no que tange o fornecimento de novos serviços personalizados a seus clientes, a partir de dados de qualquer satélite Sentinel da Agência Espacial Europeia (Sentinel-1 e Sentinel-3 e, futuramente, Sentinel 4 e 5). Com base na informação extraída das imagens, a Agência poderá oferecer serviços de alto valor agregado aos usuários que necessitem de dados relacionados com o meio ambiente, agricultura, uso do solo, emergências, gestão da água, atividade florestal, entre outros.

domingo, 22 de janeiro de 2012

EADS mostra bom desempenho em 2011

A EADS registrou um ano de crescimento ímpar e seu desempenho melhorou notavelmente em 2011: O Grupo alcançou um número recorde de pedidos, aproveitando o cenário positivo para aeronaves comerciais – especialmente a excelente receptividade do mercado ao A320neo – e o forte desempenho da Astrium, Cassidian e Eurocopter. Durante a coletiva de imprensa de início do ano, realizada em conjunto com a Airbus, Louis Gallois, CEO da EADS, afirmou que “o número recorde de pedidos e a posição forte em caixa líquido refletem a solidez e visibilidade do Grupo. A EADS é uma companhia em constante crescimento. Agora,precisamos aumentar a rentabilidade. Seguindo o exemplo de 2011, pretendemos contratar cerca de 5 mil funcionários fixos e 4 mil temporários em 2012”. No entanto, a EADS continua acompanhando atentamente o cenário macroeconômico e pretende aumentar sua competitividade global por meio dos programas de otimização implementados em todas as áreas do Grupo. Para apoiar a Visão 2020, plano de metas estabelecido pela EADS, o Grupo realizou aquisições importantes de empresas de serviços ao longo de 2011. A Airbus adquiriu a empresa dinamarquesa Satair A/S e a americana Metron Aviation, enquanto a Astrium adquiriu a Vizada, da França, e a Eurocopter adquiriu a canadense Vector Aerospace. “Essas aquisições representam avanços importantes que fomentam o nosso crescimento internacional e ampliam a oferta de serviços”, enfatiza Gallois. Além disso, a EADS mantém seu plano dinâmico de inovação. Em 2011, a A320neo demonstrou a capacidade da Airbus de desenvolver a tecnologia de um produto maduro para satisfazer as necessidades emergentes do mercado. A Eurocopter revelou seu novo modelo, o EC145 T2, atingiu velocidades recordes com o X3, iniciou testes de vôo de um helicóptero híbrido de demonstração, o AS350, e lançou o programa X4.  No setor espacial, a ESA contratou a Astrium para projetar, construir e operar o European Data Relay System (Sistema Europeu de Retransmissão de Dados). Com isso, a Astrium passa a oferecer o sistema de comunicação espacial mais avançado do mundo. Além disso, o segundo Automated Transfer Vehicle (Veículo de Transferência Automatizada) chegou ao espaço, representando um dos cinco lançamentos bem sucedidos do Ariane 5 em 2011 e totalizando 46 lançamentos consecutivos exitosos. No setor de Unmanned Aerial Systems (Sistemas Aéreos Não Tripulados), a Cassidian assinou acordos de cooperação com a Alenia Aeronautics e a TAI na área dos drones e comemorou o lançamento do programa transatlântico Eurohawk. A área de defesa entregou o 300º Eurofighter. O Grupo ampliou seus negócios globais em Segurança com o programa de “Segurança de Fronteiras da Arábia Saudita”.