Venezuela compra aviões comerciais da China

Segundo fonte no setor, a China firmou um acordo para venda de aviões regionais para a Venezuela. Embora a notícia tenha sido veiculada em abril por diversos veículos de imprensa sul-americanos, apenas agora existe uma confirmação que o acordo teria sido oficializado.  

O projeto do governo venezuelano é criar uma nova empresa aérea, já que o país atualmente dispõem de uma precária rede de linhas domésticas. A nova empresa aérea, chamada de Línea Aérea Bolivariana Socialista, deverá contar com investimentos de US$ 300 milhões apenas para compra de aviões.

Embora o projeto demonstre claramente a insensatez do presidente venezuelano Hugo Chavéz, ele representa um importante passado na consolidação da indústria aeronáutica civil chinesa, que vem ampliando sua presença em países da África e América Latina.

O presidente da AVIC II (2º China Aviation Industry Corporation), Zhang Guangjian, afirmou que o acordo é “muito importante” para a relação entre ambos os países e demonstra o potencial da indústria chinesa.

Assim como previsto, a AVIC II não divulga nenhuma informação sobre que tipo de avião foi vendido e o número total. Fontes no setor acreditam que devido ao valor do contrato, o acordo seja para os arcaicos turboélices Y12E, com capacidade para até 19 passageiros.

Desde o inicio do governo Hugo Chavéz, a aviação civil venezuelana foi desmontada e deve ressurgir com aviões chineses, com foco apenas no mercado regional e sem o menor embasamento de mercado.

A330-200F recebe certificado de tipo da EASA

A Airbus anunciou que o A330-200F recebeu o certificado de tipo da EASA (European Aviation Safety Agency), após completar com sucesso as mais de 200 horas de voos da campanha de teste. Os voos de homologação contaram com dois aviões, sendo um equipado com o motor Pratt and Whitney PW4000 e outro com o motor Rolls-Royce Trent 700.

Por ser um avião derivado do A330-200, o certificado foi concedido através de uma emenda ao já existente, outorgado à Airbus em 1998, reduzindo assim o número de horas de ensaios necessários para a homologação. O certificado de tipo da FAA (Federal Aviation Administration) também será complementar ao já existente e deve ser emitido nos próximos dias.

"Depois de uma campanha voos muito boa e bem-sucedida conseguimos a certificação de acordo com nosso planejamento. Além disso, graças a otimização do projeto, a capacidade de carga passou para 70 toneladas, uma tonelada mais do que se previa inicialmente", disse Christian Favre, engenheiro-chefe dos programa A330/340. "Com o mercado cargueiro já dando sinais de recuperação, tendo aumentado 20% apenas neste inicio de ano, temos agora uma grande aeronave para oferecer aos nosso clientes", concluiu.



Por possuir uma fuselagem mais larga do que seu concorrente direto, o Boeing 767, o A330-200F conta com um volume interno 30% maior, o que proporciona maior flexibilidade para transportar uma grande variedade de tamanhos de paletes e contêineres.

Segundo estudos da própria Airbus, o mercado de carga aérea demandará mais de 3.400 cargueiros nos próximos 20 anos, para atender a uma taxa de crescimento médio anual de 5,2%.

Quarto protótipo do Sukhoi Superjet realiza 1º voo

O quarto Sukhoi Superjet 100, protótipo SN95005, decolou do aeroporto de Komsomolsk-on-Amur com destino a Zhukovsky, cidade onde a Sukhoi Civil Aircraft possui seu centro de testes. O novo avião se junta aos outros três atualmente envolvidos na campanha de certificação.

O exemplar será utilizado nos testes de validação de equipamentos de bordo, e de segurança a falhas nos sistemas, este último também realizado pelo terceiro protótipo.
Além disso, o avião também realizará os testes de proteção contra incêndio no tanque de combustível. O Superjet é o primeiro avião russo a contar com o sistema de combustível por inércia, onde sistema de proteção enche o tanque com nitrogênio conforme o combustível vai sendo consumido. Sua aplicação permite evitar incêndio e explosão dos vapores de combustível. Este sistema é obrigatório para homologação do avião pelas autoridades européias e americanas.

"Hoje toda a empresa está focada nas campanhas de certificação e de produção das aeronaves. Estamos mantendo um ritmo dinâmico, não só em termos de campanha de vôo, mas também nos testes de fadiga. Já foram realizados mais de 4.950 ‘vôos de laboratório’, sendo 6 mil até o final do mês.” Comentou Vladimir Prisyazhnyuk, presidente da Sukhoi Civil Aircraft Company.

O Superjet é o primeiro comercial avião russo após a queda da URSS, e deverá disputar o cobiçado segmento de aviação regional, hoje praticamente nas mãos da EMBRAER.

Brasil estuda nova disputa com o Canadá devido subsídios

[caption id="attachment_231" align="alignnone" width="570" caption="Imagem: Bombardier"][/caption]

Segundo artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo, o governo brasileiro a e EMBRAER consideram abrir uma nova disputa contra o Canadá, devido aos anúncios dos novos subsídios que serão concedidos a Bombardier para o desenvolvimento da família C-Series.

A diplomacia brasileira está observando atentamente a movimentação do governo do Canadá em relação a Bombardier, especialmente após políticos canadenses terem sido claros em anunciar que a produção dos novos aviões terá a ajuda financeira do governo.

O projeto orçado em US$ 3,4 bilhões, já conta com US$ 328 milhões em financiamentos prometidos pelo Canadá, além de mais de US$ 298 milhões do governo britânico, já que parte da produção deve ocorrer no Reino Unido.

A Embraer entrou em fevereiro com uma queixa contra a União Europeia por estar ajudando de forma ilegal a Bombardier, e agora  discute com o governo brasileiro para decidir quais serão os próximos passos da disputa. Ainda existe a preocupação de que um novo pacote esteja sendo usado.